Miai kekkon - Soukoku UA

Capítulo 1 - Assassinato

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Casa do Chuuya
29 de maio de 2020
Chuuya 22 anos

A vida do ruivo finalmente começou a entrar nos eixos, aos poucos o sofrimento estava passando, mas em seu pulso, eternamente a bandagem usada de Osamu estava amarrada.
Porém Chuuya Nakahara não era um garoto de sorte, entrou completamente cansado em sua casa após um longo dia de trabalho na empresa de Mori. Teve a pior de todas as surpresas que poderia ter em sua vida.

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Trecho narrador personagem

Ah… Bem me lembro, eu estava exausto do trabalho e quando entrei vi aquela coisa grotesca. Mori estava em cima de minha mãe com uma faca, seu rosto repleto de sangue olhando e sorrindo para mim, eu vi minha mãe perdendo a vida bem em frente aos meus olhos, aquela visão jamais irá ser esquecida.

C: - MÃE!?!? MORI?!?!? QUE MERDA É ESSA?!???? O QUE ESTÁ ACONTECENDO??? É ALGUM TIPO DE PEGADINHA??? - Não sabia o que fazer, apenas queria chorar e matar o homem em sua frente naquele exato momento.

M: - Sinto muito pela sua mãe, mas são só pessoas, uma hora ou outra irão morrer. - Mori disse com um sorriso debochado.

C: - VOCÊ MATOU ELA SEU MANÍACO! - Ele tentou ligar para a polícia, mas seu celular estava descarregado.

M: - Ah! Eu? Nunca! Eu era um extremo amigo de sua mãe desde pequeno e ela tem até um testamento me deixando a criação de ovelhas! Eu não a teria matado!

C: - EU VI COM MEUS PRÓPRIOS OLHOS! PENSA QUE SOU CEGO???!?!

M: - Eu juro que nunca fiz isso! Para ver como eu sou um homem extremamente bom… - ele jogou o celular dele para Chuuya pegar e ligar a alguém - Aqui está, mas apenas tenho créditos para uma única ligação, escolha com sabedoria… ambulância ou polícia?

O lábio de Nakahara tremeu, seu olho lacrimejou enquanto a mão trêmula e pálida apertou o número da ambulância para tentar salvar a mãe. Os médicos tentaram o máximo mas não conseguiram tirar a senhora Kouyou de seu terrível destino nos braços da fria morte sangrenta, o máximo que fizeram foi encostar na mulher removendo todas as provas que poderiam ser encontradas contra Mori.

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Cemitério
12 de junho
Chuuya 22 anos

Um silêncio, apenas um som, o som do caixão de sua mãe sendo enterrado.

Todos já tinham saído do local exceto Nakahara que chorava sem consolo algum, cabeça baixa e rosto molhado que refletia cada gota de seu sofrimento, ele chegou a uma conclusão.
"A partir do momento que alguém morre, ela não sofre mais em terra, mas causa sofrimento a todos os outros que lhe conheceram."
Passou a noite toda com aquelas roupas escuras e quando choveu cobriu o túmulo de sua mãe. Verlaine, seu irmão, trouxe um pedaço de bolo ao garoto que tirou a cereja, cereja era a fruta favorita de sua mãe então nada mais justo que deixá-la em cima do caixão para que sua mãe consiga degustar a fruta indiretamente.

C: - Eu só queria… mais tempo…

V: - Eu passei os últimos anos da minha vida estudando, não pude aproveitar minha vida com a mamãe… - Verlaine, ao contrário de Chuuya, estava em pé ao lado do caixão, sem derramar nem uma lágrima se quer.

C: - Eles não acreditam em meu testemunho, você acredita, certo?

V: - …

C: - Como eu imaginei…

V: - Mori é um cara bom, jamais faria isso - Verlaine fez um cafuné na cabeça do irmão mais novo.

C: - E eu jamais iria incriminar alguém falsamente.