Capítulo 57

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"Para qualquer um que tenha se apaixonado profundamente, o profano é sagrado."

Deepak Chopra


— Bom dia. — Derick disse com a voz leve e terna, enquanto se mantinha deitado na cama, com o olhar vidrado em Kyra, que agora abria os olhos e acordava de maneira preguiçosa.

— Hmm... bom dia. — A oriental respondeu com um sorriso nos lábios, remexendo-se na cama para se esticar e se espreguiçar, e logo ela se ajeitava deitada de lado, olhando para o homem que a observava atento. — Está me olhando dormir a quanto tempo?

— Não sei... Já faz algum tempo. — Derick respondia. — Queria ter certeza de que não iria fugir de mim de novo. — O mais velho brincava, arrancando de Kyra uma risada gostosa e divertida.

— Não posso julgá-lo, porque tenho histórico de fugir, não é? — A jovem sorria, arrastando-se na cama para chegar um pouco mais perto de Derick, e assim, ela usava uma de suas mãos para tocá-lo no rosto.

— E é praticamente impossível de te encontrar. — Ele dizia, franzindo a testa antes de sorrir, usando a própria mão para envolver a de Kyra, guiando-a até a própria boca, para que depositasse um beijo terno sobre o dorso daquela parte do corpo dela. — Não quero ficar longe de você nunca mais.

— Não vai ficar, você disse que é meu agora... E gosto de ter o que me pertence bem juntinho de mim. — A voz convencida de Kyra carregava diversão, fazendo Derick sorrir para ela. Logo em seguida, ele se movia na cama, posicionando-se em cima da jovem oriental, quando girava o corpo dela para que ela voltasse a ficar de barriga para cima. Um dos braços se apoiou no travesseiro, enquanto o outro se moveu para que sua mão pudesse tocar Kyra na cintura, numa caricia provocante.

— Vou adorar ficar bem juntinho de você. — O sorriso no canto dos lábios de Derick carregava uma malicia evidente, e não precisava de muito para que ele cedesse a vontade de beijá-la novamente, mergulhando novamente no prazeroso mundo dos desejos e prazeres que apenas a mulher que ele amava conseguia elucidar.

Os movimentos dos lábios unidos, era caloroso, tanto quanto as línguas entrelaçadas, que se moviam uma contra a outra com uma necessidade quase desleal. Nem parecia que os dois haviam transado várias vezes ao longo da noite, mas, certamente todo o desejo acumulado de meses, precisava ser colocado para fora, e agora que ambos haviam revelado os sentimentos que tinham guardado por um longo período, parecia justo que eles aproveitassem ao máximo todo o prazer que os dois corpos poderiam compartilhar juntos.

Derick foi direto ao ponto, literalmente. Não demorava muito até que seus dedos se arrastassem até o meio das pernas de Kyra, encontrando o ponto sensível do clitóris, aonde iniciava uma massagem leve, ao pressioná-lo e esfrega-lo com a ponta de dois de seus dedos. Quando os lábios se separavam, a boca de Derick tratava de se dedicar a beijar a pele do pescoço de Kyra, traçando um caminho paciente até a audição da jovem oriental, que ainda o abraçava com ambos os braços, e mantinha os dedos de uma de suas mãos entrelaçados aos fios de cabelo escuros, enquanto a outro apertava um dos ombros de Derick.

— Você é tão gostosa... Eu nunca vou me cansar de fazer amor com você. — A voz rouca e grave fazia Kyra ofegar baixo, e essa reação conseguia enlouquecer o bilionário, que àquela altura, já estava suficientemente excitado.

As coisas pareciam caminhar exatamente para onde o casal queria: uma foda quente e gostosa, antes mesmo do café da manhã. Parecia uma maneira incrível de se começar o dia. No entanto, o telefone de Kyra agora tocava, tirando os dois do momento de quase transe sexual na qual se encontravam.

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