Can't Stop Loving You (Neteyam/Aonung + aonunete + netenung )

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Ao'nung's POV ~

Vejo Neteyam correr para longe de nós enquanto o acompanho com o olhar, logo voltando a encarar Ayuno que agora me olhava com ódio. Nunca gostei desse moleque, sempre soube que em qualquer oportunidade ele furaria meu olho e olha onde estamos agora. Pegando meu ex.

— Tá vendo o que você fez? – ele disse com raiva me fazendo rir.

— Eu não fiz nada, moleque. Pra começo de conversa não era nem pra você estar aqui. – murmurei e me aproximei dele.

— Ah, mas é claro. Quem deveria estar ao lado do Neteyam fez o que? Negligenciou e desprezou ele como se não fosse nada, agora você vem com esse papo? – Ayuno apontou o dedo em meu peito – Você é um bosta, Ao'nung. Egoísta, narcisista e egocêntrico. Você só faz o que te convém. Na primeira oportunidade, você descartou o Neteyam e agora vem com essa conversinha que ele tá me usando pra te esquecer? – ele riu em deboche e isso fez meu sangue ferver, se ele não calar a boca eu não respondo por mim – Você não merece o Neteyam, não merece nem pena.E pode ter certeza que eu vou fazer o possível pra ele tirar você de vez da cabeça dele.

Travei a mandíbula e fechei os olhos, tentei controlar a raiva mas não consegui, aquilo era demais. Abri os olhos e nem pensei direito, levei a mão em punho em direção a Ayuno, lhe acertando um soco no rosto o fazendo cair no chão. Me aproximei do seu corpo e apoiei o pé em sua barriga.

— Você quer assim? Então assim será. Eu vou reconquistar o Neteyam nem que seja a última coisa que eu faça na vida. – murmurei e tirei o pé de sua barriga, seguindo em direção ao meu uturu.

Se ficasse ali por mais tempo, iria acabar cometendo vários crimes.

Neteyam's POV ~

Já fazia um bom tempo que eu estava sentado perto da floresta. Queria ficar lá até me acalmar novamente e foi o que eu fiz. Precisava de um tempo longe do Ayuno e do babaca do Neteyam. Até hoje não acredito como fui me deixar envolver com um canalha, fodido e mulambento como o Ao'nung. Por isso eu sempre digo que não vale a pena dar local de fala pra gays.

Quando o sol estava se pondo, raspirei fundo e fechei os olhos apenas sentindo a brisa bater em meu rosto com um sorriso fraco. Amava o clima de Pandora, nem muito frio, nem muito quente. Na real, eu gostava de dias mais úmidos, me dá a sensação de melancolia e eu gosto disso. De certa forma isso me fez esquecer um pouco das coisas fora do recife.

Levantei em passos lentos para enfim sair da entrada da floresta, levando um pequeno susto quando olhei para algumas rochas e vi Ayuno sentado ali, dormindo de forma fofa. Não consegui segurar o riso que escapou, esse menino é a coisa mais fofa que existe. Andei até ele me abaixei em sua frente, levando uma das mãos ao seu rosto, ficando preocupado ao perceber que havia uma ferida em sua boca.

— Yuno? – acaricio sua bochecha, vendo-o acordar lentamente – O que tá fazendo aqui? O que aconteceu com a sua boca?

— Fiquei esperando você. Queria ter certeza de que você tava bem, mas respeitei seu espaço. Então fiquei te esperando e cuidando pra ninguém te incomodar. – murmurou de forma preguiçosa, fazendo uma careta quando sentiu meu dedo na ferida – Foi o Ao'nung. A gente brigou, falei umas verdades que ele não gostou e então, me deu um soco.

— Esse filho da puta me paga! – iria me levantar quando senti sua mão na minha, me fazendo o encarar outra vez.

— Não precisa. Só... Fica aqui comigo. Quero cuidar de você. — ele acariciou meu rosto – Neteyam... Eu. Eu acho que te amo.

Agora fodeu. Fodeu muito. E NÃO É DA FORMA COMO EU QUERIA!