Silent Cry -Minsung (provisório)

Cap 8 - Do you know Felix?

Boa leitura 🐈💌

Han Jisung

Eu estava confuso, muito confuso.

Mas ao mesmo tempo estava feliz, extremamente feliz.

Por três anos seguidos a minha vida foi um fracasso total. Tudo, qualquer coisinha que acontecia na minha vida dava errado, e eu posso citar.

Para começar, eu já fui abandonado pelo meu pai quando eu tinha apenas 2 anos. Quatro anos atrás a minha mãe desenvolveu câncer e vivia doente, fazendo assim, eu, com apenas dezoito anos, e o Jungwon com apenas quatorze anos, nos preocuparmos com ela vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Nessa época, direto eu e o Jungwon deixavamos de fazer diversas coisas para poder ficar cuidando dela, a gente nunca a deixava sozinha dentro de casa. E a três anos a minha mãe veio a falecer, fazendo com que meu mundo fosse destruído completamente. E nessa mesma época que eu me encontrava perdido na vida, ainda apareceu o Keeho. Naquela época ele me ajudou bastante, de fato, mas depois vocês já sabem de tudo que aconteceu.

Eu saí da minha faculdade, deixei o Felix, Seungmin e o Jeongin. Saí de casa, deixando meu irmão com apenas quinze anos para trás para ficar com o namorado dele, e eu nunca havia me sentido tão ridículo e fraco quanto naquela época.

Por sorte, o namorado do Jungwon é bom e sempre esteve ajudando ele, principalmente na época que a mamãe morreu. E o Jay nunca, nunca sequer cogitou em encostar um dedo no Jungwon na intensão de machuca-lo, nunca.

O Jungwon, mesmo sendo quatro anos mais novo que eu, é muito mais inteligente do que eu. Ele nunca se deixou ser humilhado, ele nunca deixou que o maltratasse, inclusive, quando ainda morávamos juntos e o Jay ia lá para casa, ele deixava bem claro que quem mandava na relação era ele, e o Jay simplesmente o obedecia porque o ama.

Mas eu, eu não.

Eu, sendo quatro anos mais velho que o Jungwon, sinto que eu deveria ser o mais responsável, sinto que eu que deveria ter o ensinado sobre essas coisas, sinto que eu deveria ter sido útil em o ajudá-lo.

Mas não, claro que não.

As únicas coisas que aconteciam no meu relacionamento era brigas, xingamentos, gritarias, humilhação, e coisas até piores.

Eu praticamente apanhei durante todos esses três anos, sofri em todos os momentos, me encontrava perdido e sem saber para onde ir, se deveria ir, ou como iria. Mas agora... Eu acho que hoje é o melhor dia da minha vida.

Está tudo dando certo hoje.

Consegui ir embora da casa do Keeho, e, mesmo que eu tenha apanhado durante aquele momento, não é como se fosse fazer muita diferença. Pra quem apanhava quase todo dia, aquilo não era nada, nadinha perto do que já aconteceu comigo.

Consegui receber ajuda de um empresário bonitão, que demonstrou se importar comigo e se preocupar com o meu bem-estar, que mostrou se importar com a minha opinião e as minhas decisões.

E ele é tão, tão bonito.

Seu rosto é fino, com lábios rechonchudos com o superior mais elevado, o nariz que tem a ponta mais afiada do que a de uma faca, suas bochechinhas de bolacha que ficam evidente quando ele sorri abertamente, aquele olhar que vai de compreensivo para intimidador muito rápido, e aquele sorriso, ah, aquele sorriso.

Aquele sorriso reconfortante, que mesmo que eu tenha vista por muito pouco tempo, tenho vontade de ver para sempre. Aquele sorriso que ele deu para mim, me fez me sentir confiante, e agora, eu não quero deixar de ver seu sorriso tão lindo.