Capítulo 01 Soulmates

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Colocar um pé na frente do outro estava sendo difícil, não conseguia enxergar direito pelas lágrimas nos meus olhos, respirar era outra coisa que não tava rolando, descobrir aquilo daquele jeito, foi desumano, foi cruel. Não sabia quanto tempo estava caminhando, resolvi parar um pouco, estava molhado por causa da chuva que peguei mais cedo. 

Quando comecei a analisar a rua onde estava, notei que estava quase no centro da Cidade, e no meio da rua, não liguei muito para isso já que devia ser umas 3h da manhã e tudo estava deserto. Mas não pude raciocinar muito pois me virei quando vi um clarão, e a freada brusca do carro me assustou, e quando tentei sair do caminho e me jogar para longe o carro bateu em mim e quando cai no chão vi as pessoas do carro correm em minha direção, e a última coisa que pude ver foi um par de olhos azuis.


...

Aquele Bip.Bip.Bip e o cheiro que meu olfato sensível  sentiu eu já sabia que estava num hospital. 

"- Ótimo, além de sem teto e um indigente vou ter que vender meu rim para pagar esse hospital" 

Pensei comigo, odiava esse lugar, Estados Unidos era uma maravilha na vista dos cegos que moram nele, por isso economizava todo o dinheiro que eu fazia como meu "trabalho". Me mudar de país já era a minha meta, agora mais do que nunca.

— Vejo que você acordou. 

Olhei para o lado e vi um ômega loiro sentado na poltrona do quarto, mas logo reconheci. 

—Deidara? 

—Oi Sasu. 

Pensei que não tinha mais lágrimas para chorar, mas bastou Deidara chegar perto de mim e eu desabafo a chorar enquanto ele me abraçava. 

—Eu tô aqui pequeno. 

—Eles, e-les mentiram o tempo todo Dei, eles não eram meus pais... 

—Eu sei pequeno, eu sei. 

Me afastei do abraço dele na hora que escuto aquilo. 

—Como assim você sabia? Dei... Cadê o Sui? 

—Eu vou te contar tudo mas não agora, te prometo. Shisui não está aqui mas já liguei e ele disse que depois que você acordar era para fazer uma chamada de vídeo que ele quer te ver. 

— Eu tô confuso, muito confuso Deidara. 

—Vamos esperar a sua alta, seu médico disse que você estava bem só manteriam você aqui pelo seu tornozelo... e também que Naruto os ameaçou se não cuidassem de você direito. 

— Quem? 

— O cara que quase te pegou em cheio com o caro, meu irmão, ele ficou muito preocupado com você, coisa que não entendi muito já que ele é uma porta com todo mundo, hum, deve ser coisa de alfa lúpus, e essas asneiras. 

— Ser lúpus é uma droga. 

— A é, esqueci que você também é. 

Dei uma risada com o loiro me sentindo mais calmo, mesmo achando super estranho ele já saber sobre meus "pais" nesse momento eu queria e precisava de paz para poder raciocinar direito. Continuei a conversa com o ômega loiro, as enfermeiras vieram trocar meus curativos e informaram que o médico já viria para me liberar, quando uma batida na porta se faz presente e um cheiro incrível veio com tudo quando ela se abre. 

Sorte que estava sentado e hospitalizado, por que com certeza se estivesse bem eu teria ajoelhado para aquele homem. 

— Posso entrar? 

Ômega? Sim! Submisso? Talvez...Onde histórias criam vida. Descubra agora