Pequenas ilusões com personagens de animes, em diversos cenários.
Pronomes femininos e capítulos com gênero fluido.
conteúdo inclui:
- linguagem de baixo calão.
- gifs e fotos para melhor interpretação e pra quem não consegue imaginar algumas cois...
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"Não confie em mim."
Muito se falava sobre o desequilíbrio no mundo dos xamãs que o nascimento de Gojo Satoru causou, mas o stopim aconteceu quando ela nasceu. Duas crianças sendo perseguidas por adultos que temiam suas existências, a balança do universo estava quebrada e o mundo humano continuava bem. Satoru tinha 12 anos, ele caminhava pela rua sendo guiado pelo cheiro de sangue e pela energia amaldiçoada que subia ao céu como um sinal de fumaça, as ruas estavam calmas talvez pelo tempo tempestuoso, a sacola de doces em seu pulso batia na coxa por causa de sua mão no bolso, quando virou a esquina a encontrou. ___________ estava sentada de cócoras, cutucando um dos cinco corpos mortos no chão, havia sangue em toda a lateral do seu rosto grudando mechas de cabelo, estava escuro e o ar era tão denso que as gotas de chuvisco levitavam ao redor da pequenina. Gojo se aproximou da garotinha de dez anos, sentindo toda a força condensada ser suprimida de volta ao corpo dela. - eles estão dormindo.- ela murmurou, erguendo a mão para ele sem olhar em sua direção, os olhos azuis brilhantes recairam sobre os cadáveres, dois pareciam ter sido destroçados por lobos e os outros pareciam estar mesmo dormindo, depois ele olhou para a mão pequena estendida em sua direção.- pode acordar eles, Satoru?
Aonde quer que ela estivesse, ele estaria lá, ele faria qualquer coisa. Naquele dia, Satoru tirou seu casaco, então a levantou, ele limpou seu rosto com o tecido escuro do moletom e depois a vestiu erguendo o capuz, olhando para aquele rosto inexpressivo se perguntando se ela sabia o que tinha feito, se estava brincando com ele, se era consciente do que acontecia. Pouco importava para ele, ela ainda estava ao alcance de sua mão. - não. - o garoto respondeu e pela primeira vez ela o encarou, olhos calmos e sem medo de se depararem com os dele de igual para igual, aquilo o fez sorrir. - vamos embora. - disse, entrelaçando seus dedos ao dela quando deram as mãos para ir.
Mas em algum momento as coisas se tornaram hostis, como se gás inflamável sempre estivesse pairando sobre o ar, na espera de uma única faísca e nessa metáfora, eles dois eram isqueiros. Espantosamente dispostos a gastar seu tempo em intrigas. Mas as coisas nunca mais seriam as mesmas, porque jamais poderiam esquecer quando cruzaram os limites, pouco tempo depois de uma briga, ainda se recuperando do sermão que receberam eles foram enviados para investigar uma coisa. Já tinha idade o suficiente para fazer isso. - vão ficar aqui!- Getou disse no mesmo instante que o carro parou. - O que? Eu me recuso!!!- _______ foi a primeira a dizer, já se virando para sair. - eu também não quero ficar em um cubículo com uma chata.- Gojo comentou levando a mão até a maçaneta. - vocês vão ficar! - Getou mandou.- não destruam o carro. - disse tirando dois pirulitos do bolso, um ele jogou para Gojo que pegou com um sorriso e outro entregou com as duas mãos para ela, que sorriu ao ponto de seus olhos fecharem, Suguru abriu a porta e saiu, o motorista o seguiu e trancou o automóvel.
Eles estavam a apenas quinze minutos, os bancos do carro eram espaçosos e a película escura tão espessa que era difícil saber como o céu estava, Gojo mordia o palito de plástico enquanto tamborilava os dedos na porta, seus pés impacientes com os calcanhares batendo repetidamente, vez ou outra seus olhos caiam sobre _________ que tinha acabado de chegar na metade do seu doce, ela normalmente não seria paciente assim, mas aquilo parecia desesperar Satoru, o que tornava a ação um deleite. - você pode só morder!- ele espraguejou virando o rosto tão rápido que seu óculos desceu para a ponta de seu nariz, sua mão retraída bateu contra o banco. - cuida da sua vida. - ela cantarolou, tirando o doce e o girando, depois colocando de volta na boca. - morde logo isso e para de ser idiota! - ele parou, encheu a boca para soltar um sonoro.- sua pirralha!- ela odiava aquilo, aquele olhar superior, aquela forma de debochar. - você é tão idiota!- ________ se virou para ele também, sua perna tocou um dos joelhos de Gojo. Ele a observou por alguns segundos em silêncio e ela o sentiu percorrer seu rosto com os olhos, suas sobrancelhas franzidas, sua expressão de estresse, parando em seus lábios, enquanto tirava o óculos e o guardava, percebeu uma coisa. Ele adorava isso. - se você não morder, eu vou tomar de você! - ameaçou, suas palavras eram tão sérias que ela quase esqueceu o comportamento birrento e o absurdo de suas palavras. - ata.- foi sua resposta, o rapaz ficou mais alguns segundos a encarando em silêncio, como um predador procurando a forma mais certeira de tirar a vida de sua presa. Ele tombou a cabeça pro lado algumas vezes como se estivesse analisando seu comportamento, ela se afastou e se virou para a janela.