Kaylee Morgan
— Agora só falta aqui... finalizado! — digo animada ao ver que o rosto de Bill estava completo de argila facial.
— Argila preta... muito eu — ele analisava seu rosto se olhando no espelho. — Agora senta aqui que é a minha vez — ele se levantou e me colocou na cadeira, virei meu rosto para cima e esperei ele passar a argila.
Logo sinto a mistura gelada em meu rosto, Bill passa a argila delicadamente com um pincel.
— Me diz... por acaso aconteceu algo com você antes de vir pra cá? Você parecia meio ansiosa e triste — sua voz estava calma.
Bill queria que eu desabafasse com ele, eu não tinha certeza se deveria fazer isso pois nunca gostei de me abrir para alguém, sentia que dessa forma eu estaria mostrando minhas feridas para a pessoa e entregando minhas fraquezas. Mas ao olhar para Bill eu percebia que ele jamais faria algo assim, que ele só queria me ajudar, Bill é uma pessoa boa demais para usar algo contra mim.
— Basicamente... tive uma briga com a minha família, é rotina — sorri fraco — Sempre que eu volto à aquela casa eu acabo irritando à todos só com a minha presença, falo algumas verdades e no final vou para a casa da minha avó — Bill se ajeita um pouco e olha para mim preocupado.
— Mas porque eles tem essa implicância toda com você? — o Kaulitz me pergunta.
— Na realidade não faço a mínima ideia. Minha irmã mais velha, Maggie, sempre foi a favoritinha e eu a odiada que faz tudo errado, desde pequena minha familia mal liga para mim. Minha irmã mais velha era obrigada à cuidar de mim e acho que seja por isso que ela me odeia. Meu pai bebe e minha mãe só liga para ela mesma, enquanto minha irmã é interesseira. Por causa deles eu sempre preferi ficar com minha avó, ela que me mostrou a parte feliz do mundo. — soltei um riso junto de uma lágrima que eu nem sabia que estava em meu olho.
— Bando de idiotas, são seus fãs, certeza — Bill tinha uma feição de raiva e concentração ao mesmo tempo enquanto olhava diretamente em meus olhos. Eu acabei rindo pelo seu jeito engraçado de se referir à quem ele nem conhecia e só passou à não gostar por eu ter falado mal.
— E de carteirinha — completei.
Passamos algumas horas eu conversando até que estava muito tarde e decidimos dormir, sai do quarto indo para a cozinha à procura de água, em plenas três horas da manhã. Eu andava devagar tentando não fazer barulho mas parecia que o mundo da madrugada não gostava do silêncio já que eu quase tropecei umas cinco vezes no escuro, inclusive bati o mindinho do pé na quina do sofá. Peguei um copo no armário e coloquei água. Trazendo o copo à boca, tomei um gole.
— Acordada à essa hora loirinha? — levei um susto e quase derrubei minha água, Tom estava encostado na parede olhando para mim, no escuro eu quase não conseguia vê-lo, mas dava para saber onde ele estava.
— Está aí desde quando? — pergunto vendo-o sair de seu canto e vir em minha direção.
Como eu estava bem onde fica o armário aéreo dos copos que fica acima de mim, Tom chega extremamente perto de meu rosto enquanto pega o copo, seu cheiro entra em minhas narinas e seu maxilar atraente bem na minha frente, sinto o calor de seu corpo, após pegar, ele sai calmamente para encher seu copo com água.
— Tempo o bastante para ver que você é linda até no escuro — posso jurar que ele tem um sorriso pervertido em seu rosto agora.
— Nada que eu já não saiba — eu termino de tomar minha água e subo as escadas.
— Kaylee — Tom me chamou baixinho para não acordar ninguém — se quiser dormir no meu quarto a porta está sempre aberta — ele fala dando um último gole em sua água, eu sabia o que ele queria, mas não entregaria.
— Então durma com ela bem fechada, assim se entrar um assassino na casa, vai ser difícil entrar pela porta — foi minha vez de dar um sorriso maroto — Boa noite — lanço um beijo no ar para ele e vou para meu quarto.
No corredor, prestes à entrar em meu quarto ouço passos vindo do final do corredor, era Bill. Ele estava com olhos fechados e falava sozinho, ele estava sonâmbulo,
— Deixa isso aí, já mandei você não pegar — ele dizia para o vento.
Chego perto dele e o balanço para o acordar.
— Bill, acorda — balanço seus ombros. Ele abre os olhos e olha um pouco assustado para mim.
— Ah, oi. Desculpa, eu te acordei? — faço que não com a cabeça com um sorriso gentil.
— Não, eu apenas tinha ido beber água e você apareceu mandando alguém deixar algo em algum canto — nós rimos.
— Acho que meus pesadelos estão querendo me dominar — ele coçava a cabeça olhando para o chão.
— Pesadelos? — pergunto preocupada.
— Sim, o Tom tava lá — ele vira indo de volta para o seu quarto — Boa noite BumbleLee.
— Boa... — o encaro estranho e entro em meu quarto.
Que doideira.
Hi guys
Explicando o meu sumiço, eu entrei em hiatus e deixei o aviso na bio do meu perfil.
E agora também estou no Instagram, o perfil é: blovess.dizx.
Beijooo
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That Smile || Tom Kaulitz
FanfictionKaylee Morgan, uma adolescente de 16 anos que é integrante de uma banda com outras três amigas e era a guitarrista, ela era a "popularzinha" da banda apenas por tocar guitarra. Seus fãs a shippavam com um garoto de outra banda, Tokio Hotel, ele se c...