XXI. Inanição

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De tanto estar paralisado
Meus ossos congelaram
Inerte, sem nenhuma ação
Que me leva à inanição

Pálido, estéril
Meu corpo a definhar
Corpo largado aos vermes
Lentamente a devorar

Minha carne como ceia
Meus ossos a enterrar
Minha canção a abafar
Como a morte da sereia

Ser sempre invisível
Destinado ao esquecimento
Ao meu caixão, sem lamentos
Além do suprassensível

Alegorias e Versos - Tomo VOnde histórias criam vida. Descubra agora