XVII. Águas de Março

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Não hei a tornar aos tempos
Que foi a juventude de outrora
Pois ao quebrar da aurora
Todos nós desaparecemos

No rio das águas de Março
Meu ritmo é sem compasso
Pois um coração vacilante
Perdeu o seu semblante

E se despede o verão
Com seu calor sereno
Que venha a chuva
Com seu clima ameno

Saudade que me parte
Que perfura com suas chagas
Um castigo tão severo
Que arde como as mágoas

Alegorias e Versos - Tomo VOnde histórias criam vida. Descubra agora