Capítulo 7 : Tentando reciprocidade

269 38 0
                                    

Do lado de fora, Park, conseguia ver a geada e nevasca pelo vidro, caindo em forma de neve, do grande prédio hospitalar, as pessoas passando pelas calçadas, com tocas, casacos, e em mãos café e caixa de donuts.

— Licença, Doutora Park, posso entrar? — Uma voz doce chegou até os ouvidos da ruiva, pela porta meio aberta. Decepcionou-se quando desvirou e avistou, Jennie, com um copo de isopor na mão, tampado por uma tampa preta e escrito: “Greem Cafe”. — Trouxe para você.

Se a doutora gostasse de café, talvez até aceitaria, se fosse do gosto dela. Também. Rosé, intercalou o olhar entre o copo que a doutora Kim, segurava na mão, e o copo em cima da mesa dela, cuja bebida que tinha dentro do conteúdo era um chá gelado.

— Não gosto de café — Respondeu ríspida, sentando na cadeira giratória, e tomando um gole do chá.

— Tá aí o porquê temos que ser íntimas, pra eu saber coisas como essa.

— Você tomar café não faz mal para o seu coração? — Desviou Park do assunto, mas também sem mostrar um pingo de preocupação pelo tom de voz penetrante.

— Não mude de assunto — Jennie se aproximou perto o suficiente para se debruçar na mesa, em posição elevada aos prontuários espalhados pela mesa. — Eu acho que não fui clara naquele dia, eu vou fazer você me operar, não tem o porquê não disso.

— Isso não vai acontecer, para de insistir, irei negar até a morte — A doutora Park cerrou os punhos, relaxando o corpo no estofado da cadeira.

— Você vai acabar cedendo, Rosé — Jennie, ficou com a voz em um modo sensual, principalmente quando citou o nome da cirurgiã.

Espera!, a mulher nunca disse o nome a ela.

Virando um pouco a cabeça pela mesa, Rosé viu que tinha uma plaquinha com o nome dela, presente de Lisa quando retornou. Maldita hora que aceitou!

— É hora de trabalhar, Hayun me disse que temos que averiguar um paciente — Kim falou, e como se soubesse que a doutora Park estaria com o prontuário, passou os olhos sobre a mesa, pegando rapidamente uma prancheta em mãos. — Joon, ele tem sete anos, nasceu com sopro no coração, pode ser fechado durante o tempo, porém particularmente acho melhor operar. — Esclareceu Kim, e pela forma que gesticulava e a coluna ereta, era perceptível o conhecimento dela sobre o assunto.

Jennie é uma profissional qualificada, portanto, Park não admitiria isso a ela, o ego da doutora não deixaria.

— Farei a operação com você — Explanou, e Park jurou ver as bochechas de Kim ficarem cor de rosa.

A cirurgiã, levantou-se da cadeira, e revirou os olhos, com a postura inclinada, colocando as mãos no bolso do jaleco.

Desceram de elevador, apesar de Rosé querer ir de escada, porém obviamente Jennie a seguiria e isso seria maléfico para seu coração, além de ficar cansada.

Droga!, por que Park estava tão preocupada assim? Não se importava com ela.

Coração Batendo - ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora