Capítulo 12 : Lembranças do Passado

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Quando, Jennie, escutou gritos pelos corredores e viu uma fumaça, rapidamente pensou em se esconder. Egoísta, não? Ser uma doutora e não ir salvar seus pacientes, quem visse de fora, julgaria, mas naquele momento era apenas seus monstros do passado atacando.

Kim, encontrava-se encolhida em um dos cantos da sala de insumo, com as mãos tampando os ouvidos, enquanto chorava, ela estava frágil, se tentasse levantar dali, provavelmente cairia novamente, pois sentia suas pernas formigarem e uma câimbra.

Foi quando alguém arrombou a porta, mas precisamente um bombeiro, usando máscara de oxigênio, ele encontrou Jennie em posição fetal, e logo tratou de tirar o Gallet, colocando suas mãos sobre a doutora Kim, enquanto sussurrava: Jennie, ficará tudo bem

Jennie, se perguntou, como o bombeiro sabia seu nome, até olhar para aqueles cabelos lisos e castanhos, estatura forte que anos atrás era magro, e olhos cor de avelã. Rapidamente, lembranças daquela noite que não parecia ter fim, vieram atona.

— Jennie, olha só, sua babá tá te ligando pela décima vez — Um dos "amigos” de Jennie, Yeojin balança o celular, mostrando no visor da tela o nome "Rene”, e logo após solta uma gargalhada, achando a irmã mais velha de Kim trouxa, por se preocupar tanto com a jovem como se fosse sua mãe.

— Desliga essa merda, Yeo — Jennie, pede, visivelmente alterada pela droga que fumava. Todos no carro, estavam alterados, Yeojin, a namorada dele, Jinsung, Taehyung, e principalmente Kim, quem conduzia o carro.

Quando mais jovem, Jennie deixou se levar pelas más influência e seus amigos, que estavam mais para colegas, mas na adolescência ela não sabia identificar realmente com quem podia contar, além da sua irmã Irene, que tinha uma aflição excessiva com a irmã mais nova.

Seus pais só a davam sermões, na verdade, era mais seu pai, pois sua mãe havia desistido dela, era perceptível pelo modo desprezível que olhava para a filha, como se ela não tivesse mais jeito, porém, ela torcia para que as atitudes descabidas da filha, não afetassem o coração da adolescente.

Os jovens inconsequentes, estavam a caminho de uma balada em Itaewon, foi quando enquanto dirigia, mais uma vez o celular de Kim, apitou, e Yeojin leu a mensagem:

— Jennie, o GPS do seu celular tá ligado, sei pra onde tá indo, volte pra casa, você sabe a condição do seu coração. Jen, você não voltará não, né? — Yeojin, questionou rindo, aquela maldita risada estava incomodando a jovem que estava drogada.

— Cala a boca, Yeojin, — Kim, se exaltou, foi quando Taehyung, seu namorado, ao lado do motorista, apertou sua coxa.

— Jen, tá tudo bem se quiser voltar, talvez você devesse mesmo, você sabe… — Balançou a cabeça para o lado sugestivo.

— Não, vamos curtir — Jennie, então, aumentou a música do carro, e todos começaram a dançar, sacudindo o veículo. Mais a frente, vinha um carro, com o farol alto.

Kim, pode enxergar Irene no automóvel, junto dos pais dela que não tinham uma expressão nada boa, eles sabiam da condição de insuficiência cardíaca da filha e ficavam preocupados.

Mas, Jennie, já estava cansada de todos ao seu redor querendo ser zelosa com ela, como se não pudesse fazer nada que rapidamente o coração dela pararia, a tratavam como uma pessoa frágil.

Foi então, que no banco traseiro, Yeojin leu outra mensagem da irmã de Jennie:

— Jen, por favor para o carro, mamãe e papai estão preocupados, te queremos bem. Sua irmã é patética, né, Jennie?

Coração Batendo - ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora