Capítulo III

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Mais um dia na casa de Sirius, e Harry estava entediado por sentir que estava numa prisão. Apesar de ter aulas com a mãe de Sirius sobre as leis, regras, deveres e direitos dos sangues puros parecia interessante.

Uma coisa que o chamou atenção foi quando ele perguntou se podia se emancipar depois de explicar sobre o torneio do ano passado, e ela disse que desde que ele foi um campeão, magicamente ele era maior de idade e não precisava do rastreador, o que significava que quando ele usou o patrono contra os dementadores, ele era um bruxo maior de idade.

Agora ele tinha uma carta pra usar no julgamento fajuto que a merda do ministro covarde do caralho queria botar em cima dele. E se ninguém ia lhe defender, ele poderia fazer isso sozinho.

Nesses dias em que ele estudava os deveres de um herdeiro com a senhora Black, curiosamente Monstro se afeiçoou mais ele do que Harry esperava, mas ele percebeu o porquê. De todas as vezes que Sirius ordenava o elfo, nunca o tratou com o mínimo de gentileza para uma das criaturas mágicas mais poderosas que Harry já viu.

- Monstro, você poderia me levar ao gringotes hoje? Eu não me importo com a ordem de ficar confinado aqui. - Harry perguntou ao chegar na cozinha invisível com sua capa em forma de casaco, e falou com o elfo que estava acostumado ao seu novo jovem senhor andar oculto.

- Claro, jovem senhor Potter. - Monstro falou com um tom reverente e esticou a mão. Quando o elfo sentiu a mão do seu jovem senhor, aparatou pra fora de casa ignorando todos os feitiços.

Harry logo se viu diante do banco branco e agradeceu ao elfo, avisando que o chamaria quando terminasse. O elfo assentiu e desapareceu e Harry ficou visível de novo, mas o capuz cobria seu rosto ao entrar.

Não tinha muitas pessoas no final de semana, então Harry logo se aproximou do caixa onde o duende estava.

- Sim? - O duende falou com o tom ranzinza de sempre mostrando seus dentes afiados.

- Eu gostaria de ter uma reunião com o gerente de contas Potter. - Harry falou com calma e educação e levantou um pouco o capuz, em seguida o cabelo mostrando sua cicatriz, que no mundo mágico era mais eficiente do que uma carteira de identidade.

O duende não demonstrou surpresa e apenas acenou e falou na língua duende chamando alguém que o indicou para seguir através de uma porta, que Harry seguiu sem hesitar por um corredor até parar diante de uma porta.

- Aqui está senhor Potter. Seu gerente de contas o espera. - o duende falou formalmente e observou o salvador do mundo mágico.

- Obrigado. Que seu ouro continue a fluir. - Harry agradeceu acrescentando a frase que tinha visto num livro das aulas com a mãe de Sirius.

- E que seus inimigos caiam aos seus pés, senhor Potter. - O duende respondeu surpreso com uma espécie de sorriso e foi embora.

Harry respirou fundo e entrou, observando um duende que parecia mais velho de óculos atrás de uma mesa lendo alguns papéis e levantou a cabeça.

- Ah, senhor Potter. Finalmente você veio. - O duende falou meio irritado.

- Finalmente? Você tinha me chamado antes? Pois até uma semana atrás eu não sabia que tinha outra conta a não ser aquela que uso normalmente e nunca recebi nenhuma carta do banco. - Harry ficou surpreso, mas rapidamente explicou ao duende que parecia surpreso, que em seguida os olhos brilharam de fúria.

- Nenhuma única carta senhor Potter? - O duende perguntou descrente.

- Isso mesmo. Eu, Harry James Potter, juro solenemente pela minha magia que até o dia em que comecei a ter aulas de herdeiro e senhorio uma semana atrás, eu jamais recebi cartas a respeito do assunto e nunca fui informado de qualquer meio possível. Eu juro. - Harry fez um juramento, já que tinha aprendido que era a maneira mais fácil de dizer a verdade e puxou a varinha lançando um lumus silencioso.

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