Destino inesperado

Capítulo X

Quando Harry e Sirius voltaram para a mansão Black, o julgamento e a inocência de Sirius já tinha saído no jornal e todo o país agora sabia da injustiça feita pelo ministério. No momento em que entraram, viram toda a ordem ali reunida esperando por eles, com Dumbledore na frente com aqueles olhos azuis desapontados, mas Harry não sentiu nenhuma culpa.

- Meu garoto, você foi muito impulsivo. Além de ingressar no Winzegamot sem preparação como Lorde, você arriscou a vida de Sirius o tirando daqui sorrateiramente. E se os comensais da morte o encontrassem? – Dumbledore falou naquele tom de avô que agora Harry achava muito irritante a hipocrisia do velho.

- Isso mesmo companheiro. Você mudou tanto esses dias. Não fala mais com a gente, não brinca mais, está completamente fechado. O que houve com você? – Rony que não via Harry por muitos dias, agora soltou a insatisfação. Ainda mais, porque recebeu uma carta de Gringotes que o dinheiro que recebia das contas do amigo tinha sido interrompido, e ele tinha uma dívida agora.

- Isso mesmo Harry. Você não devia se intrometer em algo que ainda não tem idade pra isso. Deve deixar tudo isso para as autoridades e apenas estudar bem. Termine com isso imediatamente. – Hermione falou com um ar feroz e dominador de sempre, tentando usar a lógica de sempre.

Quem não soubesse da situação, acharia que Harry era um cachorro estúpido que desobedeceu aos donos, e agora estava levando uma lição pelo tom de todos eles.

- Calem a boca todos vocês. Ao contrário de vocês que viram meu sofrimento e não fizeram merda nenhuma pra me ajudar, somente Harry me ajudou de maneira legal, e agora sou legalmente livre, sem precisa ficar me escondendo pro resto da vida. E lembrando disso, é culpa sua eu ter que sofrer durante todo esse tempo Dumbledore. Você tinha o poder na época para exigir um julgamento para mim, mas como eu era um empecilho para você manipular meu afilhado, achou mais conveniente me esquecer naquela prisão maldita. Todos vocês também. Acham mesmo que Harry não sabe que a ordem vem usando o dinheiro da família Potter durante todo esse tempo para suas operações inúteis, mesmo não vendo nem a sombra daquele que não deve ser nomeado? Estou farto de todos vocês nos dizendo o que fazer, e nos tratando como cachorros de caça, só nos mandando ir para cumprir alguma ordem. – Sirius finalmente estourou. Como ousam esse bando de merda ousar culpar seu homem, quando ele foi o único que o salvou da fossa profunda, enquanto todos eles apenas fazem tentativas inúteis.

- Sirius, fique calmo... – Lupin percebeu que seu velho amigo ia fazer uma besteira e tentou falar, mas percebeu que disse a coisa errada quando viu aquele par de olhos cinzentos o encarar com tanta frieza que ele tremeu.

- Calmo? Depois de tudo o que eu passei? Vou mostrar o que é calmo então. Eu, Sirius Órion Black III, como o Lorde Black, ordeno que além de mim, Harry James Potter-Peverell, e o elfo Monstro, todos estão permanentemente expulsos dessa casa e estão proibidos de colocar os pés de novo por toda a vida e morte. Que assim seja! – Sirius falou com um sorriso vingativo, e teve o prazer de rir quando toda a ordem foi expulsa do local e foram jogados pra fora da casa pela magia do Lorde Black.

- Muito bom Sirius. Você me poupou o trabalho de cortar a língua dos hipócritas. – Harry sorriu divertido, e puxou o homem pra baixo e o beijou profundamente sendo retribuído.

Monstro que apareceu depois de ver a cena, entendeu que seu mestre idiota finalmente era o Lorde Black, e parecia que era o amante do garoto Potter, e suspirou.

Com finalmente silêncio na mansão que parecia mais uma estação de trem, Harry pediu a monstro que jogasse as coisas de todos para fora da porta, e ao mesmo tempo chamou Dobby que surgiu, e conversou com ele, e logo Harry tinha o primeiro elfo Potter a seu serviço. Com Sirius e Harry ordenando aos dois elfos que limpassem completamente a casa, Harry e Sirius passaram a treinar magia de modo sério na sala de duelos, e Harry finalmente poderia colocar em prática tudo o que aprendeu com os fantasmas do passado que a pedra da ressurreição trouxe pra ele.

No dia seguinte, Harry levou Sirius até a mansão Goyle, para encontrar seus ursinhos que ele sentia falta. Sendo recebido por Lorde Goyle, logo Sirius seguiu Harry, que ao ver os noivos oficiais do amante, não sentiu ciúmes depois de Harry explicar toda a situação que foram criados. Assim como ele, Harry se transformou na luz dos dois garotos rejeitados pelo mundo, e ele não se importava de compartilhar Harry com ambos, pois sabia que Harry também o amava.

Vincent e Gregory ficaram felizes por ver o noivo depois de lerem as notícias de abalar o mundo no profeta diário. Tinha até uma reportagem de uma foto de toda a ordem caída no meio da rua, com Dumbledore de ponta a cabeça quase mostrando as ceroulas por baixo do manto ao ser derrubado.

Quando Harry viu a foto, ele riu tanto que ficou sem fôlego. Sirius também deu uma risada de lobo, fazendo os dois garotos sorrirem. Vincent e Gregory só então perceberam Sirius, se entreolharam, e puxando Harry por cada mão até uma sala, os garotos sentaram e olharam diretamente para Sirius que ficou reto, como se estivesse sendo corrigido por um professor.

- Você ama Harry? – Vincent demorou para se concentrar no que queria dizer, mas falou devagar, mas seus olhos negros olhavam diretamente os olhos cinzas de Sirius.

- Eu amo com minha alma. – Sirius respondeu sem hesitar encarando o garoto grande e meio gordinho que parecia pronto pra lhe dar uma surra se ouvir a resposta errada.

- Você promete protege-lo, amá-lo e nunca trair a confiança e o amor dele? – Gregory perguntou e apesar do desconforto de encarar o homem à sua frente, mas ele tinha que perguntar, já que era em relação a Harry.

- Eu juro que vou amá-lo, respeitá-lo, e proteger a todo o custo da minha vida e magia até o fim de nossas vidas. – Sirius jurou e a magia entrelaçou os quatro criando um laço de amor e confiança entre eles.

Harry apenas sorria, com os olhos marejados. Ele nunca teve alguém que o amasse, mas agora tinha três homens que ele iria dividir sua vida e formar uma família.

- Eu também juro amar todos vocês, e protege-los com minha vida e magia. – Harry falou sério e logo viu seus dois ursos chegar no sofá onde estava sentado e cada um sentou uma perna sua e o abraçou com Harry sentindo os queixos dos dois em sua cabeça.

Harry, Vincent e Gregory estenderam as mãos a Sirius que sorriu emocionado e logo sentou no colo dos três garotos abraçado pelas costas por Harry que estava sentindo o calor e o amor de ser embalado por seus noivos, e beijou todos eles.

Para Vincent e Gregory, era o primeiro beijo deles, e Harry despejou todo o seu amor para cada um e seus sentimentos. Depois das conversas constantes por cartas, as visitas, e depois de entenderem um ao outro, Harry já os amava, assim como amava Sirius.

Os garotos ficaram vermelhos depois de receberem o primeiro beijo deles com o futuro marido, mas permaneceram juntos ignorando o mundo lá fora.

Os quatro não sabiam que existia um velho que apesar de estar furioso quebrando a fachada calma que vinha usando por anos em seu escritório, não sabiam que existia uma garota de cabelos espessos chorando pelos livros raros perdidos da conta do ex-amigo, e o ruivo estava furioso por seu dinheiro livre ter sido cortado. Todos estavam insatisfeitos que o cachorro sempre obediente tinha se rebelado e expulsado todos do conforto que era sugar tudo da família Potter para se beneficiar.

Naquela noite, na mansão Goyle, Harry teve sua primeira noite com Gregory, tendo o cuidado especial por ser a primeira vez do seu noivo, mas Gregory não reclamou, e apenas suspirou por não ter experimentado isso antes.

Vincent foi também depois de Gregory, com Sirius se juntando no final, criando um quarteto que Harry teve que satisfazer até basicamente ser drenado de todas as forças, mas ele tinha um sorriso feliz no final quando dormiu com seus homens ao seu lado na cama.

Faltava apenas dois dias para ele recomeçar a escola, e todos os problemas que viria disso.

Em outro local, Voldemort não conseguia parar de sorrir de desprezo vingativo ao olhar o jornal e ver a foto de Dumbledore de forma vergonhosa. Ser um parceiro do seu igual nunca ficava entediante. Das informações de Crabbe e Goyle, Potter estava aproveitando a vida com seus noivos e Sirius Black que parecia ter entrado na roda também.

Voldemort não podia deixar de ser curioso. O que tinha Potter que atraía tanto esses três que os fizessem aceitar o compartilhamento com calma e paz?