Capítulo XII

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No expresso de Hogwarts, Harry chegou acompanhado de Sirius, que andava orgulhosamente na frente de todos como um homem livre, e agora um homem nobre e importante de novo, apesar dele odiar toda a formalidade da coisa. Se não fosse para proteger seu cachorrinho dos abutres, ele nunca teria aceitado a tediosa tarefa de administrar tudo de sua família, e apenas teria aproveitado para gastar o dinheiro pelo resto da vida.

Harry parecia radiante andando ao lado do amante, que ninguém sabia que seria um de seus maridos no futuro. Quando chegou a hora de embarcar no trem, Harry abraçou Sirius forte que o beijou na cabeça.

- Se cuide cachorrinho. E se alguém lhe encher o saco, use aquela azaração exemplar, cortesia de minha querida mãe. Vamos ver se tem coragem de mexer com um Black no futuro. – Sirius falou baixinho no ouvido do amante, que deu uma risada, e afastou o abraço.

- Não se preocupe, ninguém vai me intimidar mais. Não agora. – Harry respondeu, e antes de entrar no trem, abraçou Sirius de novo e deu um sorriso provocativo. – Vou sentir falta de foder essa sua bundinha deliciosa almofadinhas. Se toque muito pensando em mim, ok? Amo você. – Harry falou no tom arrastado e grave que Sirius gostava e foi embora com uma risada ao ver o homem congelar e tremer, antes de se conter e olhar para ele fulminante enquanto tentava manter a máscara indiferente.

Harry entrou com um sorriso e olhou da janela para Sirius que ainda o olhava, e mandou uma piscada de olho que Harry sorriu e deu adeus, antes de entrar no trem com sua capa ativada o tornando invisível. Passando pelos compartimentos, ignorou completamente Rony e Hermione que desde que foram expulsos da ordem, todas as máscaras falsas tinham sido destruídas. Ele estava pensando em ir procurar seus dois ursos, quando ouviu uma conversa interessante.

- O que vamos fazer em relação a Harry, Hermione? Parece que ele sabe tudo a respeito do dinheiro, por isso cortou nossa amizade. – Rony reclamou ressentido, como se fosse uma ofensa que ele não pudesse mais receber o dinheiro que não era dele em primeiro lugar.

- Não comece com a reclamação de novo tão cedo Rony. Dumbledore terá alguma ideia em relação a Harry. Que absurdo. Como Harry ousou desafiar o diretor e assumir tudo sem ter ninguém para gerenciar? E além do mais, eu pensei que Harry não se interessava por isso. Malditos duendes. – Hermione reclamou indignada. Agora que nenhum deles tinha acesso aos cofres Potter, de onde ela conseguiria sua cota de livros raros que o diretor tinha prometido a ela desde o primeiro ano quando aceitou a fazer uma parceria com o menino-que-sobreviveu, mesmo quase morrendo a cada ano?

- Ele sempre fica com a fama e glória, além de ser rico. Ele também é um bastardo egoísta e ingrato. Quem ele pensa que é para fazer aquele idiota estúpido nos expulsar? Agora a ordem inteira fica na minha casa, que não tem muito espaço e fica com um barulho horrível quando eu quero dormir. – Rony reclamou ainda bufando não conformado. Desde que chegou a Hogwarts, Rony tinha se acostumado a ser o amigo do menino que sobreviveu, a ter galeões disponíveis quando ele quisesse, e gostava do domínio que tinha sobre o "amigo".

Depois de ouvir tudo isso, a pouca boa vontade que ainda existia no coração de Harry se quebrou por completo, ficando apenas o vazio. Então esses filhos da puta apenas o usaram desde que se conheceram hein? Não precisava controlar a vingança contra eles então.

Harry com um olhar frio silenciosamente lançou a azaração contra os dois, que imediatamente começaram a gemer de dor, e logo vomitaram um no outro, e parecia não parar. Com um sorriso vingativo, Harry saiu dali evitando o cheiro insuportável depois de eliminar os rastros da sua magia.

Chegando na cabine dos Sonserinos, Harry viu seus namorados guardando Malfoy como sempre, junto com Zabini, e Parkinson. Abrindo a porta, todos olharam por um momento, até que entenderam quando a porta se fechou. Surpreendente, Gregory lançou um feitiço de bloqueio e um para que ninguém prestasse atenção dentro da cabine.

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