My Little Suicide - Hooni X Leitora [Suicide Boy]

Capítulo 17 - She Looks Like an Angel

Lee Hoon Point Of View

Almoçamos e trocamos de roupa para passarmos a tarde caminhando em um terreno um tanto distante da casa dos Donovan. O local era tão grande que, de tanto olhar, meu ar sumia. O mais belo dali é o extenso campo de diversas flores, que se estendia até onde o olhar podia alcançar, contendo, aparentemente, tulipas, orquídeas e margaridas, mas onde estamos só havia um tipo de flor, que era levemente familiares.

Além de mim, S/n e Soorim, também estão conosco Samson, Iziya, Tenzi e, por algum motivo, Izumi. Enquanto os outros estão conversando, S/n está um pouco afastada, de costas para nós, olhando distante. Senti um leve arrepio, e percebi que é o Izumi me fuzilando com o olhar de novo. Ficando nervoso com a presença dele, resolvo me aproximar de S/n, mas ela nem se mexe ao me notar ali.

— Acho que seu primo não gosta muito de mim...

— O Izumi? Ele é do tipo complicado ao conhecer pessoas novas. — diz sem me olhar — Ele parece estar de cara virada até comigo. Relaxa, é só questão de tempo pra ele amolecer.

— Espero que você esteja certa...

— Ele não é muito sociável, ainda mais por preferir ficar jogando ao invés de sair de casa. Não sei que milagre foi esse que ele desentocou do quarto hoje e veio com nós para cá.

Dou uma breve risada, mas me arrepio novamente, ficando preocupado com o que ele pode fazer comigo só com aquele olhar. Ambos ficamos em silêncio por um momento, mas torno a puxar assunto.

— Sua avó parece ser bem nova. Ela é bem animada e cheia de energia.

— De fato. Não sei se é ela que sempre se cuidou ou é o dinheiro que realmente faz milagres... e olha que ela tem 72 anos.

— 72?! Caramba... Estou impressionado.

— Eu te entendo — ela ri.

Olho ao redor, observando o campo, deixando que o aroma das flores impregnasse nas minhas narinas. Então, me abaixo para observa-las mais de perto.

— Que flores são essas, S/n? Elas são o que eu tô pensando?

— São lírios-brancos. Geralmente usadas para funerais, além da lembrança, elas também representam a simpatia, a inocência e...

— A pureza... — completei.

Ela finalmente me olha, depois seus lábios se erguem um pequeno sorriso de canto.

— Você ainda se lembra. Estou surpresa.

— Como eu poderia esquecer? São as mesmas qualidades que você tem. Mesmo que as duas sejam lindas, você parece mais com o lírio-branco do que o lírio-da-aranha-vermelha. Ele é tão delicado... P-Pelos menos eu acho isso.

— Fofo, mas eu discordo. — tornou a olhar para o campo — Eu não sou quem você pensa. Não sou pura, nem delicada e muito menos inocente... 

— E se eu já souber disso...? Sua avó me contou algumas histórias.

— Pois é, né? Ugh, essa dona Ranysia, viu... Eu não consegui escutar muito da conversa, mas me diz que ela não foi tão afundo nessas histórias...

— Hã? Ela só contou sobre seu pai e o motivo de você ter voltado para a Coréia.

— Que bom...

— Então tem mais?

Ela me olhou novamente, com os olhos meio arregalados.

— A-Ah... É só uns arrependimentos. Não é como se eu pudesse voltar no passado também...