10. O homem que ela amava

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POV NARRADOR

A casa dos pais de Robert ficava no interior de Los Angeles, a duas horas de onde ele morava na sua imensa mansão. O ator foi em completo silêncio durante todo o trajeto enquanto Rebeca respirava de forma descompassada e balançava a perna impaciente. Billie, o agente disfarçado de motorista, olhava de um para o outro pelo espelho do carro.
Quando o ator estalou o pescoço ela soube que estava chegando. Billie entrou com carro por um grande portão de ferro fundido na cor branca, passando por um estrada de pedrinhas brancas que dividia um jardim repleto de cedros e flores. Ao fundo uma majestoso casa pintada de rosa candy com janelas grandes pintadas de branco.
Rebeca engoliu em seco ao descer do carro, se sentindo uma tola. Quantos criminosos já tinha enfrentado durante sua carreira? Quantas vezes já esteve na mira de uma bala para agora estar com medo de conhecer uma mulher que supostamente seria sua sogra? Nem quando conheceu a mãe de Jackson ela ficou tão nervosa e apreensiva. Aquele sentimento beirando seu estômago não fazia sentindo.
Robert entrelaçou seus dedos nos dela e não tocou a campainha ao entrar.
- Alguém chegou!- ouviu- se uma voz feminina vinda de uma única porta que tinha ao lado da escada que levava ao segundo andar.- Ah, não é ninguém.
Uma mulher não tão baixa, de cabelos louros e lisos,olhos azuis e muito parecida com Robert a olhou de cima abaixo.
- Oi para você também Vicky.- Robert disse passando o braço pelos ombros de Rebeca.- Essa é minha namorada, Rebeca.
- Oi.- Rebeca ofereceu a mão num cumprimento educado que foi negado.
“ Victoria é uma mulher elegante e difícil de lidar”- era essa a descrição que a detetive tinha recebido da irmã do meio de Robert. Bom, se ignorar um cumprimento era algo elegante então Rebeca precisaria rever seus conseitos,assim ela pensou.
- Trocou de namorada de novo?- Victoria perguntou cruzando os braços.- Você não sabe mesmo ficar sozinho ne?
Robert suspirou.
- Não adianta.- soltou num sopro.- Você é mesmo muito insuportável.
A irmã sorriu para ele, um sorriso torto que seria idêntico ao dele se não fosse pela ruindade tingindo seus lábios.
- Eu sou apenas sincera, irmão. Mãe? MÃE!
- Não grita, menina!
Claire apareceu na mesma porta acompanhada de um senhor de cabelos platinados e olhos azuis. Rebeca sabia muito bem quem eram, Richard, pai de Robert e a mãe. Ali entre eles ainda faltava a irmã mais nova, Lizzy. Está, segundo sua ficha , ela era médica ginecologista ( N/A: profissão criada pela autora), e estava trabalhando.
- Finalmente lembrou que tem mãe.- ralhou Claire vindo abraçar Robert. O ator devolveu o carinho sem soltar a mão de Rebeca. A mulher olhou para ela e sorriu.- Então você é a Rebeca, ouvi muito pouco sobre você.
- É um prazer conhecer vocês.- disse a moça sorrindo.
- Seja bem vinda, eu sou o Richard e essa é minha esposa Claire.- o pai de Robert estendeu a mão para Rebeca e ela aceitou apertando firme.
Um jantar foi servido e ela ficou mais calma quando percebeu que a família de Robert apesar de ser um tanto intimidadora era simples. Claro que ela estava preparada para o pequeno interrogatório que se seguiu durante a sobremesa sobre o que ela fazia e como tinham se conhecido e tudo pareceu correr bem. Mesmo com Victoria olhando para ela o tempo todo de forma desconfiada.
Eles estavam na sala de estar quando a campainha da casa voltou a tocar.
Victoria levantou da poltrona onde estava e foi ver quem era, soltando um grito agudo de felicidade ao abrir a porta.
- Suki!
Ah, claro.
Rebeca endireitou a coluna e estreitou os olhos ao sentir Robert ficar tenso ao seu lado. O braço dele que estava em volta do seu ombro ficou um tanto quanto pesado e ela sabia muito bem por que.
Suki Waterhouse era  affair de Robert. Os dois nunca assumiram que namoravam mas sempre eram flagrados juntos.
Devagar, Rebeca cruzou as pernas.
- Oi tia.- Suki recebeu um beijo e um abraço de Claire.
- Oi querida, já conhece a namorada do Rob?- Claire não pareceu ser mal intencionada ao gesticular para Rebeca.
- Namorada?- Suki falou de um jeito debochado, como se fosse algo engraçado.- Quem é você?
Suki era uma garota bonita, mas a tinha uma mania engraçada quando posava para as fotos: fazer uma expressão de “boneca assassina” ou – para quem trabalhava no ramo da moda- a tal expressão de modelo. Era estranho, pois muitas vezes um sorriso resolveria tudo. Sobre sua personalidade Rebeca sabia que ela... Bom, seu histórico amoroso lhe entregava. Era o tipo de garota que adorava estar com um homem muito famoso e que essa fama refletisse sobre ela.
Para o mundo isso não era nada, para Rebeca isso era oportunismo.
- Namoro bem precoce esse seu né?- Suki continuou a falar,vindo sentar do lado oposto de Robert. Rebeca ergueu uma sobrancelha, afundando no sofá.- Nos encontramos  no dia antes do desfile da Dior e você não me falou nada.
- Como se vocês verbalizassem alguma palavra quando estão sozinhos.- disse Victoria,o veneno tingindo sua voz.- Parecem dois coelhos.
- Desnecessário.- Claire olhou feio para sua filha.
- Rebeca e eu não tínhamos oficializado nada ainda.- Disse Robert fuzilando sua irmã.
- Muito moderna você, Rebeca- Suki jogou o cabelo para o lado.- Eu não deixaria alguém que eu almeje namorar transar com outra pessoa.
- Suki, olha o assunto.- dessa vez foi Richard quem repreendeu a garota.
Suki não se abalou.
- O que você faz da vida além de “de repente” ser modelo destaque da Dior?
Sou policial e tô louca pra te emendar um tiro no meio dessa testa que parece um outdoor de tão grande, pensou Rebeca.
- Sou modelo fotográfica da Victoria Secrets.- a policial tentou não parecer dura ao falar. Mas se tinha algo que ela jamais conseguiria disfarçar era o ranço que sentia por certas pessoas. Sua intuição nunca lhe enganava e Suki era uma dessas.
- Eu nunca te vi em revista nenhuma.- a cobra da irmã abriu a boca de novo.
- Jamais vai ver meu rosto em nenhuma revista,cunhada.- Rebeca não poupou na ironia- apenas meus... Seios são fotografados.
Ela viu Suki se inclinar.
- O que eles tem demais?
- Eles são perfeitos.
Rebeca sentiu o rosto esquentar ao ouvir Robert falar e depois beijar o seu rosto, roçando o nariz em sua bochecha.
- Se você diz.
Claire, que observava quieta e bebericando seu café , resolveu intervir.
- Quando começa às gravações, filho?
- Daqui duas semanas , mãe. – disse Robert, agradecendo sua mãe com o olhar pela mudança de assunto.
As coisas pareceram se acalmar, mas ainda tinha a hora da despedida.
Ao dizer tchau para Robert,Suki jogou os braços em volta do pescoço dele e colou o corpo. Sem conseguir esconder a vontade de matar alguém que dominou sua mente Rebeca se despediu rapidamente de todos e saiu pela porta, sentando no banco da frente ao lado de Billie.
- O que foi?- o policial perguntou para ela.
- Senta o pé nesse acelerador, minha cabeça vai explodir.
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- Rebeca...
- Eu não quero ouvir a sua voz,Robert. – disse sentando na ponta da cama para tirar o salto. Assim que seus pés tocaram o tapete felpudo ela suspirou. Nunca mais usaria aquelas sandálias.
- Eu só quero te falar que Suki e eu não...
- Prestam? É. Eu sei.- como se ela não soubesse o quão nojentos os dois eram.
- Será que você pode me deixar falar?- a voz de Robert duas oitavas acima fez a detetive parar a caminho do closet.
Quando ela virou para ele, o ator teve a certeza de que tinha cometido um erro.
- Eu já te falei para não falar comigo nesse tom.- grunhiu furiosa.
- Você não me escuta!
- Ah,então agora você quer falar comigo?- perguntou com ironia, colocando as mãos na cintura.- Está a dias sem nem me olhar  cara,dias fingindo que não me vê dentro da merda desse quarto e agora você quer falar? Pois eu não quero te ouvir! Me deixa em paz. Vai lá ficar com a sua... sei lá o que vocês são. Mas vai lá ficar com ela.
Os gritos de Rebeca deveriam ter deixado Robert irritado. Mas ele só conseguiu rir.
E ela ficou possessa.
- Está rindo de mim, seu idiota?
- Você está com ciúme.- constatou cruzando os braços enquanto sorria.
Ciúme? Ela parou por um instante tentando entender se aquilo poderia ser verdade...
- Vamos,admita para mim que você está com ciúme.
- Você está louco, nós não temos...
- Nada. Eu sei. Você já gritou isso para mim várias vezes,Rebeca. Mas veja só, nós não temos nada e você está se contorcendo de ciúmes.
- Exatamente como você estava quando soube que eu fui até a casa do Jackson.
- Mas eu nunca neguei que sinto algo por você.- Robert diminuiu a distância entre eles, tocando o rosto dela com carinho.- É você a teimosa entre nós, meu anjo.
- Eu não sou teimosa.- ela resmungou fazendo um biquinho que só fez Robert sorrir daquele jeito que deixava ela e toda nação feminina do mundo com a calcinha molhada.
- É sim. Uma teimosa muito, muito linda.
Os dois ficaram se encarando por alguns instantes até que ela voltou a falar.
- Eu não trai você – Rebeca olhou bem nos olhos dele. Como podia ser tão lindo? Os olhos, o nariz , as maçãs do rosto, o queixo sexy. Robert era todo perfeito.
O ator assentiu para ela.
- Não tem como você trair uma pessoa que você não tem nada, não é?- ele pareceu triste ao falar.
- Não. Mas eu quero ter.
Robert procurou nos olhos dela algo que lhe mostrasse que ela estava mentindo. Mas só encontrou uma imensidão de sinceridade.
Não se sabe quem deu o proximo passo,mas no minuto seguinte Rebeca já estava com os dedos infiltrados no cabelo macio dele, enquanto seus lábios deslizavam sobre sua boca. A saudade evaporando em cada gesto.
Robert abraçou corpo dela, subindo as mãos grandes pelas costas e braços enquanto Rebeca invadia sua boca com a língua.
Ele gemeu ao sentir ela puxar seu cabelo com força e sugar seus lábios. Do jeito que ele gostava.
Rebeca arrastou sua boca pelo queixo dele, beijando seu pescoço, deixando o ator em ponto de ebulição.
Seus lábios voltaram a se encontrar enquanto Rebeca puxava a camiseta dele para cima, uma vez livre da mesma o ator girou a garota em seu braço e baixou as alças do vestido. Deixando a peça deslizar até o chão.
Foi com prazer que Rebeca ouviu o arfar de Robert ao perceber que ela estava completamente nua por baixo. Livre de qualquer peça.
Ele tirou o cabelo dela do seu caminho e cheirou seu pescoço,lhe causando ondas de um calor abrasador.
Ele passou as mãos pelos ombros dela enquanto beijava sua jugular trazendo para Rebeca fantasias antigas,de quando era adolescente.
- Me morde.- ela pediu num sussurro, sentindo o riso dele em sua pele.
Robert moveu suas mãos para frente, espalmando os dois seios da garota e os apertou com força, expremendo os mamilos entre seus dedos ao mesmo tempo que mordia o pescoço dela.
Rebeca gemeu alto. Um som gutural, intenso que fez Robert grunhir e a girar novamente em seus braços, empurrando -a sobre a cama logo em seguida.
Ele estava... Faminto. Sim, era esse o sentimento que beirava os olhos dele quando Rebeca ergueu as pernas. Apoiando os tornozelos na beirada da cama,ficando totalmente exposta para ele.
Como se não bastasse, a garota passou a mão no vale entre seus seios, descendo por seu abdômen até sua boceta melada e se tocou olhando nos olhos dele.
Robert sequer acreditou no que via. Ela era maravilhosa. Perfeita em todos os aspectos,até quando estava teimando e brigando com ele.
Sem esperar e sem poder esperar o ator se livrou das peças que lhes separavam, se ajoelhando diante dela.
- Você não devia me provocar assim.- disse baixo segurando a mão dela e levando os dedos melados até sua boca. Sugando todo mel que tinha ali,para logo depois afundar seu rosto no meio das pernas dela.
- Oh meu Deus.- Rebeca delirou quando ele uniu dois dedos a sua língua e fez ela gozar rapidamente. – Rob... Eu preciso...
- Eu também, amor.
Mesmo na loucura que estava sentindo Rebeca não perdeu o detalhe de que ele a chamou de amor.
Mas o deslize se perdeu em sua mente quando Robert a penetrou com força e sem aviso. Ela sentiu ele bater fundo dentro dela. E foi maravilhoso.
O vai e vem sinuoso. A boca dele na dela. Os gemidos se misturando enquanto os corpos se chocavam.
Eles eram perfeitos.
Tudo, quando estavam juntos daquela forma, era perfeito.
Quantas vezes se perderam um no outro naquela noite? Não saberiam dizer.
Mas Rebeca sabia que jamais pertencerá a outro alguém que não fosse Robert Pattinson. E a partir daquele momento ela estava mais decidida ainda a encontrar quem ameaçava o homem que ela... Amava.




umalufanazinha

Sob Fogo Cruzado | ROBERT PATTINSONOnde histórias criam vida. Descubra agora