primeira noite.

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Porsche estava tendo uma noite horrível. Tinha acabado de der despedido do seu emprego de barmen. Preocupado e bêbado, assim se encontrava ele. Seu amigo, como um gesto de "ajuda" ofereceram pagar umas bebidas para Porsche. Que logo aceitou, na tentativa de esquecer os problemas. E logicamente, o principal problema. Seu irmão, Porschay.

Porsche, um órfão. Que só tinha uma única preocupação, seu irmão. Cuidava do garoto desde jovem, praticamente sozinho. Sempre trabalhou muito para o menino ter tudo do melhor. Mas agora? Agora estava no fundo do poço! As brigas de rua não pagam tão bem para conseguir manter Porschay na boa universidade.

"Beber não vai me ajudar em porra nenhuma!" Jogou seu copo de cerveja longe, o barulho alto trouxe a atenção das várias pessoas do bar. "Caralho! Se não tivesse Porschay já teria me matado!".

Jom seu amigo, fechou a cara e deu um tapa forte na cabeça de Porsche. "Seu drogado do caralho, para de falar merda, cacete!" Porsche completamente bêbado só o olhou, e abaixou a cabeça. O silêncio ficou naquela mesa, mesmo com o som alto. Jom ficou com dó de seu amigo e chegou mais perto do moreno, o abraçando. E Porsche, jogou sua cabeça no ombro do amigo e começou a chorar.

"Ai, Jommmmmmm... Como eu pude falar uma coisa dessas?!" Falou alto o suficiente para outras pessoas escutarem. Mas aí, seu amigo, bêbado também. Começou a chorar, motivos? Não sabemos.

"Tudo bem, Porscheeee! Eu te xinguei e... E te chamei de drogado, você não é drogado amigo." Aposto que quem passe por eles, com certeza achariam que eram sim drogados.

Eles alí, começaram a chorar alto e claro. Chamando sempre atenção. E dessa vez, Porsche não chamava por sua beleza, mas sim, pela vergonha que tava passando.

"Olha bem, meu chefe mandaram vocês calarem a boca!" Um homem com cabelo pretos, e um rabinho de cavalo chegou. Porsche virou o rosto, limpou as lágrimas e o olhou de cima a baixo. Se levantou e continuou olhando nos olhos do homem.

"Vai se ferrar! Chega aqui falando na pior grosseria, sua mãe não te deu educação?!" Empurrou o homem de leve, apenas para dar um susto. Mas Big, não gostou nada daquilo. E já ia partir para cima de Porsche.

"Porra, Big! Você realmente não consegue fazer nada direito! Eu pedi para você falar educadamente com ele." Kinn entrou no meio da "briga". O seu guarda-gostas ficou confuso. Seu chefe tinha sido claro em suas palavras - Mande aqueles dois idiotas calarem a boca, Big! - Mas na real, Kinn viu a beleza de Porsche, e não perderia a oportunidade de ter uma noite com ele. "Me desculpa por ele, Senhor?"

"Tá doido, é? Que senhor o que! Você deve ser mais velho que eu. Mas pode me chamar de Porsche." Porsche... Aquele nome ficaria na cabeça de Kinn. Ignorou a forma nada formal que Porsche falou com ele.

"Certo... Porsche. Vou pagar uma bebida pela inconveniência." Porsche não pensou duas vezes e aceitou. Puxou seu amigo para a mesa ao lado e se sentou.

Mesmo bêbado, Porsche não pôde deixar de notar que o olhar de Kinn não saia dele. Obviamente se sentiu mais confiante, ele sabia da sua beleza, e também sabia que chamava muita atenção, inclusive a daquele homem. Provavelmente muito rico, pelo seu terno de marca e relógio caro já dava para perceber. - Porsche não perderia a oportunidade de ter uma bela noite. - Pediu licença e foi até o banheiro do estabelecimento. Abriu sua mini bolsinha e tirou um remédio, um remédio para ressaca. Se realmente ficasse com Kinn, não iria querer esquecer.

Voltou a sua mesa rapidamente e evitou beber. Já seu amigo, começou a beber sem parar.

"Oh, nem perguntei seu nome!" Falou Porsche, e Kinn sorrio sem desviar o olhar.

"Meu nome é Kinn."

"Kinn... Kinn, você não tem cara de que vem nesses bares... Estou errado? Não tô' tentando ser rude, sou, somente curioso." O mafioso em sua frente, percebeu que mesmo meio bêbado, Porsche reparava em pequenos detalhes.

"Oh, sim. Aceitei o convite de Big e Ken para vim aqui com eles." E Kinn não se arrepende, pois achava que no lugar, não ia ter ninguém para ele... Até ver Porsche.

Eles continuaram conversando, coisas bobas, mas que atraiam a atenção de Kinn. Porsche era muito boca aberta sobre o efeito de bebida, e acabou deixando escapar que tinha sido demitido e estava ferrado! "Sinto muito, Porsche... Mas sabe, eu estava precisando de um novo guarda-gostas." Pura mentira! O que não faltava a Kinn eram homens aos seus pés. Mas ele queria Porsche. Não sabia se ele sabia lutar, ou pelo menos pegar em uma arma, mas o queira. - e não só para ser seu guarda-gostas. -

Eles trocaram olhares profundos, Porsche sabia o que o homem queria, e sabia que essa proposta era da boca para fora, que Kinn só queria uma foda gostosa, e sim. Porsche daria isso pra ele.

"Kinn, pode me acompanhar?" O mafioso não demorou para aceitar a proposta indo para os fundos do bar. Um corredor aberto, onde só tinha uma moto. Porsche acendeu seu cigarro e deu uma tragada profunda. "Confia em mim, Kinn?" Porsche disse o nome do mais velho de forma sexy, e Kinn, sem medo nenhum, não pensou duas vezes e concordou. Concordou que confiava em um desconhecido, mesmo sendo conhecido e caçado, muitos pagavam caro pela cabeça de Kinn. "Espero que seus subordinados cuidem de Jom." Terminou seu cigarro e o jogou no chão. Pegou um capacete e entregou a Kinn. Subiu na moto e logo em seguida o outro fez o mesmo. Agarrou fortemente a cintura do piloto, que não demorou e deu partida para um lugar que ele não sabia onde era.

Porsche pensava que aquela seria a última - e primeira - noite deles, mas Kinn tinha certeza que aquela noite ia ser a primeira de muitas.








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