Porsche sem alternativa, aceitou que Kinn fosse em sua casa. Del o olhou como se falasse "Que chatice!"
Não demorou muito para Kinn aparecer, foi bem mais rápido que o esperado. Ele olhou por toda a casa, até achar um homem alto, que com certeza não era tailandês, provavelmente coreano. Forte e bem bonito, com certeza mais novo que Porsche.
Kinn fechou a cara para Del, que o olhou confuso e deu um sorriso forçado.
"Che, eu vou ir comprar as bebidas! Vou com sua moto." Del saiu deixando somente Porsche e Kinn lá.
Del e Porsche se conheciam a mais de 4 anos, quando Del veio morar na capital da Tailândia. Eles criaram um laço forte, mas não negariam que já deram uns pegas, só que, nenhuma dos dois tinham sentimentos... Pelo menos, o Porsche não.
Del voltou ao seu país, pois sua mãe tinha ficado bem doente, ficou somente dois meses fora, e agora voltou.
Kinn começou a explicar mais sobre o trabalho quando o amigo de Porsche saiu. "Enfim, era só para explicar mais sobre a sua segurança... E aqui, seu terno. Bom, não sei se está exatamente do seu tamanho, mas vista, qualquer coisa darei mais ajustes." Porsche concordou e pegou a sacola com a roupa, sem questionar o porquê que ele já tinha seu terno, afinal, ainda não tinha aceitado o trabalho.
Se vestiu e voltou a cozinha, e Del já tinha voltado.
"CARALHOOOO, CHE! Você tá um puta gostoso!" Del falou, sem vergonha nenhuma, Kinn não se segurou e o olhou de forma irritada. Porsche fez um pose e soltou um beijinho no ar para o amigo. Kinn levantou e bateu as mãos na mesa, atraindo a atenção dos dois.
Porsche olhou para Kinn confuso, mas não assustado. Porsche não é besta, já tinha percebido os sinais, Kinn estava com ciúmes, mas por quê? Ele estava fudendo outro homem ontem! Por isso ele estava confuso.
O silêncio tomou o lugar, Kinn não falou nada, ficou somente parado. Até...
"DEL!" Porschay desce as escadas correndo, pulando nos braços de Del. Tinha saudade de Del também, afinal, eles se aproximaram. "Que saudade, Deldel." Kinn não escondeu sua raiva, Porschay também é próximo de Del, e isso não agrada a Kinn.
Mas ele sabia que não tinha o direito de ter raiva, ele e Porsche só tiveram uma foda, e aparentemente, tinha algo além de amizade entre Porsche e Del. Só de pensar nisso, Kinn ficou muito incomodado. Respirou fundo e suavizou sua expressão facial, ajeitou seu terno e sorrio para Porsche.
"Já vou indo, tchau, Porsche. Tchau, Chay." Não esperou eles responderem e saiu daquela casa.
...
Desde aquele dia, Kinn e Porsche não trocaram mais nenhuma mensagem, e já tinha feito uma semana, era a hora de Porsche dar sua resposta, se iria trabalhar para Kinn.
E ele estava Porsche, na frente daquela imensa casa. Ainda com dúvidas, mas também, com dívidas. E com um pouco de saudades daquele sorriso sacana do Kinn.
Não entendeu o motivo de não receber mais mensagens de Kinn, mas também não mandou nenhuma mensagem, achava que ele estava sobrecarregado pelo trabalho.
Um segurança levou Porsche até a mesma sala que teve a "reunião" com os Theerapanyakul.
Mas só quem estava lá era o Senhor Korn. Porsche olhou para todos os cantos da sala, nenhum sinal de Kinn. Se sentou e ficou aflito por estar "sozinho" lá.
Korn falou mais algumas coisas sobre o trabalho e entregou um contrato a Porsche, explicou mais sobre o contrato e lhe deu uma caneta. "A escolha é sua, Porsche."
Porsche ficou sem saber o que fazer, aquele trabalho com certeza ajudaria ele e Chay. Ficou alguns segundos olhando para a caneta em sua mão, até que a porta foi aberta... E lá estava Kinn, sorrindo para Porsche.
"Desculpa a demora, mas tinha assuntos pendentes. Enfim, qual foi sua escolha, Che?" Kinn andou rápido e se sentou ao lado de Porsche.
Porsche olhou para o papel novamente, e... O assinou. "Bom... Agora você é meu chefe, Senhor Kinn." Disse brincalhão e Kinn o deu mais um sorriso, logo depois um selinho, que pegou Porsche de surpresa e o fez corar, afinal, estavam na frente do Korn.
"Fez uma ótima escolha, Porsche. Buscaremos suas coisas ainda hoje." Korn sorrio e saiu da sala.
Talvez Porsche tenha feito a escolha certa, ou não.
