Capítulo 15

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acharam que não ia ter hoje né

perdão porém trabalhei e saí bem tarde

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Rosé mordeu os lábios enquanto os segundos passavam se arrastando na sala de aula.

Lalisa estava mais intimidadora do que jamais estivera, seu olhar atravessava cada aluno daquela sala. Era quase possível sentir o cheiro do pânico pela sala de aula, tamanha era a surpresa e o choque de terem a professora de volta inesperadamente. A senhorita Jennie arrumou a postura e respirou fundo.

— Muito bem, bom dia a todos. Como perceberam, a senhorita Manoban retornou hoje para o cumprimento do horário e das normas da escola. A pedido da mesma, toda e qualquer matéria dada pelo professor substituto deve ser esquecida e apagada do caderno. Ela irá recomeçar de onde parou.

Jennie disse secamente, fez uma reverência, deu as costas e saiu. Rosé, Jisoo e Solar se entreolharam. Todas haviam notado algo estranho em ambas. Lalisa deixou a pasta sobre a mesa e caminhou pela sala devagar, observando cada detalhe de cada aluno. Os olhos frios da professora pousaram em um pobre coitado com acne e ela se inclinou na mesa dele, que se encolheu apavorado.

— Chen, não é? — O menino assentiu. — Onde está o trabalho que passei na aula de matemática?

— N-na minha mochila, s-senhora.

— E está esperando o que para me entregar? Todos vocês, andem!

O garoto imediatamente começou a procurar, de forma atrapalhada, o tal trabalho que a professora havia ordenado. Rosé pegou dela com pena, observando o restante de sua turma. Lalisa parou em cada mesa para julgar todos. Nenhum estava bom o suficiente, nada era bom o suficiente para o diabo de Celine.

Jisoo entregou seu trabalho sem olhar para a professora, que ergueu as sobrancelhas, mas não falou nada. Ela sequer olhou o de Solar, revirando os olhos, mas é claro que com Rosé, alguma coisa iria acontecer. A menina loira ergueu os olhos, um tanto temerosa, quando a mão da professora se estendeu a sua frente. Receosa, entregou as 28 folhas de trabalho que conseguiu produzir com muito esforço e pesquisas. Para sua grande surpresa, Lalisa leu tudo em silêncio, parada a sua frente. E por fim, lhe encarou nos olhos.

— Quais são as fontes do trabalho, senhorita Park?

— Estão escritas na folha, senhora. — Lalisa virou a contracapa, não parecendo muito impressionada enquanto lia.

— Não diria que está uma porcaria, mas também está longe de ser bom.

— Me desculpe senhora, eu-

— Não quero ouvir desculpas Park, está na hora de ter responsabilidade.

— Ela teria se a senhora também tivesse.

Lalisa parou onde estava. A sala inteira explodiu em cochichos quando Jisoo soltou aquela frase bombástica. Solar fazia diversos gestos desesperada, mas a Kim não lhe deu os olhos enquanto encarava a feição calma até demais de Lalisa.

— O que disse, senhorita Kim? — Perguntou enquanto se aproximava lentamente da mesa desta, que se intimidou um pouco, mas não recuou.

— Eu disse-

— Nada! Ela não disse nada, por favor! Falaremos com a senhora Jennie para ver o que podemos fazer, me desculpe.

Rosé falou depressa, fazendo com que as duas mulheres olhassem para ela. Jisoo franziu o cenho, Lalisa ainda estava cética e séria. Por fim, assentiu.

— Perderam 5 pontos na minha matéria, e isso inclui a senhorita YoungSun, que parece ter sérios problemas de se manter quieta.

Solar fez uma cara de ofendida, cruzou os braços e se emburrou. Jisoo ignorou esse detalhe para encarar Rosé sem entender.

— Pasta! O que foi aquilo?

— Eu perguntaria o mesmo, Soo. Mas temos que correr e preciso da ajuda de vocês.

— Com o que?

— Bem, é simples. — Ela espiou Lalisa, que falava com fervor sobre um trabalho mal feito de um menino na mesa da frente. — Tem alguma coisa de errada com a senhorita Manoban.

— Claro que tem, ela é esquizofrênica.

— Solar! — Jisoo ralhou. A menina se encolheu. — Prossiga, embora eu já queira recusar.

— Quando eu a encontrei no corredor, senhora Jennie parecia eufórica de tentar trazê-la ao que era antigamente. Aconteceu alguma coisa nesse tempo fora e nós precisamos descobrir o que é.

— E como exatamente você quer fazer isso? Aliás, o correto seria perguntar porque você quer fazer isso. — A coreana mais velha perguntou. Rosé mordeu os lábios e Solar ergueu as sobrancelhas, fazendo uma cara extremamente suspeita.

— Não me perguntem isso ainda, só me ajudem. — Ela corou.

— Eu sei que vou me arrepender. — Jisoo balançou a cabeça e suspirou. — Mas vamos lá.

— Não vamos a lugar nenhum! Vocês não me perguntaram o que eu acho e sendo assim, vou deixar vocês se virarem com essa doida para lá. — Solar falou, trazendo a atenção de suas duas amigas para si. — E sem remorso!

*

— Eu não acredito que estou aqui, Roseanne Park!

— Fica quieta, Solar!

A loira mais velha bufou, vendo suas duas amigas continuarem observando o corredor da diretoria. A menina bufou, cruzando os braços.

— Agora você pode explicar por que estamos parecendo as três espiãs demais ou as panteras? — Solar perguntou novamente, fazendo Jisoo lhe dar um olhar mortal.

— Confiem em mim! — Rosé pediu e correu discretamente até a secretaria quando o corredor ficou vazio.

— Aí você está pedindo demais.

— Cala a boca e corre, YoungSun. — Jisoo mandou, agarrando na mão da menina e a puxando até lá, onde Rosé tentava abrir a porta desesperada.

— Ok, e agora. Qual é o plano?

— A senhora Manoban diz que preciso melhorar, não é? — As meninas assentiram. — Senhora Jennie criou vários programas de incentivo ao estudo aqui. E senhora Lalisa está presente, mesmo quase não comparecendo. Em teoria, sou a melhor aluna dela, e por isso, ela não pode me negar o que vou pedir. Assim, vou conseguir descobrir o que é que está acontecendo, já que terei acesso constante.

— E do que exatamente você está falando!? — A morena perguntou estupefata.

— Amiga, sem fofoca pela metade!

— É bem simples. — Ela falou após conseguir abrir a porta. — Vou fazer a senhora Lalisa me dar aulas particulares.

A boca das meninas despencou.

— Em casa.

Teacher's Pet  • Chaelisa •Onde histórias criam vida. Descubra agora