o mundo paralelo - Malila.

005

Maraisa narrando

Ninguém merece ser obrigada por sua família a vim em um baile.

A família perfeita.

Por que todo mundo esconde a verdade?

Eu queria estar em casa aproveitando a minha filha, porque ela é a única coisa de verdade que eu tenho.

O casamento perfeito.

minha vida não é perfeita igual na internet, é tudo uma farsa.

Eu estou presa em um relacionamento extremamente tóxico e abusivo.

Todo mundo acha que ele é perfeito, o loirinho do olho claro. Mas na real, é tudo mentira, eu não posso dizer não pra ele, se não, eu sofro as consequências.

Marisa, a mocinha perfeita.

Não.

Eu não sou nada do que eles falam.

Eles não sabem nem da metade da minha vida.

Nai: maraisa, que bom que você veio - Naiara vem e me cumprimenta.

- eu não iria perde um baile desses né - comprimento de volta.

Nai: eu vou ali e depois venho falar com você.

- vai lá - ela se afasta e eu me sento na mesa que a Maiara está.

Mai: coloca um sorriso nesse rosto, por favor isa. Se a mamãe te visse assim ela iria te xingar, e eu te quero feliz. Igual antigamente.

Depois de longos minutos, eu vejo Marília entrando no salão da festa. Ela estava acompanhada de uma mulher linda.

Mais ela...

Ela estava incrível.

Me levantei e fui até ela.

- Marília - digo sorridente.

Mari: senhorita Pereira - ela me cumprimenta.

- só maraisa, por favor.

Mari: ok. bom, essa é a minha irmã, Lara.

Lara: é um prazer te conhecer, maraisa. Marília falou super bem de você. - nessa hora, Marília deu um tapa no braço da irma. eu soltei uma risadinha.

- então, quer dizer que a Marília fala sobre mim?!

Lara; super bem.

Mari: fica quieta Lara.

- vem sentar com a gente - chamo elas.

Mari: eu não quero incomodar, Maraisa.

Lara: ah, eu quero - Marília olha de cara feia pra ela e eu dou risada.

- você não incomoda, Marília - trocamos olhares.

Mari: ok - vamos até a mesa e sentamos.

Ficamos horas conversando, parece que a gente se conhece a anos. Marília e Maiara se deram super bem, eu e Lara também.

Nai: oi meninas - dei um sorrisinho falso - isa, o marcos não veio?

Tá vendo ele aqui?!

- não, ele esta viajando. Só volta amanhã - naiara sempre teve ciúmes do meu namorado.

Amanhã ele está de volta.

Amanhã eu perco toda a minha "felicidade".

Vou até o barzinho e peço três shots, e viro tudo de uma vez.

Depois foi mais dois.

Mais dois.

Mais um.

Mais um.

Mais um.

Quando eu ia virar outro, Marília para a minha mão.

Mari: ei, já chega - quando ela solta minha mão, eu viro de uma vez - é sério, maraisa.

- eu tô ótima - a vontade de chorar estava chegando - eu juro.

Mari: levanta vai, vamos sentar lá na mesa.

Quando eu ia levantar, eu acabei perdendo o equilíbrio e fui direto pro chão. Marília me ajudou a levantar e me levou até o sofá que tinha ali perto.

Mari: eu vou chamar a sua irmā.

- Não, minha irmã não, pela mor de deus.

Marília saiu de perto, mas logo depois voltou com a Maiara.

Mai: maraisa - olho para ela - você bebeu muito?

- talvez.

Mai: e os remédios, maraisa?

- eu não estou tomando nenhum remédio.

Mai: oi? Você não esta tomando os seus remédios?

- não, eu vou volta amanhã só. Já faz umas 2 semanas que não tomo.

Mai: por que você vai volta só amanhã? Eu não estou acreditando nisso, maraisa.

- porque é amanhã que ele volta, maih.

Mai: maraisa, era pra você estar tomando tudo certinho. Você precisa desses remédios - Maiara diz desapontada.

- você não confia mais em mim né?! - dou um sorriso fraco.

Mari: vou deixar vocês conversar a sós – logo depois ela se retira.

Mai: eu confio, mas isa, você fez aquilo porque tinha parado de tomar os remédios.

- me leva pra casa.

Mai: maraisa a mam-

- me leva pra casa - eu quase gritei só não gritei porque era a Maiara.

Chegando em casa, fui para o meu segundo quarto, o quarto paralelo.

Mai: deixa eu ver suas coxas, isa?

- não.

Mai: por favor, eu quero saber se você está bem.

- eu estou ótima, Maiara.

Mai: então vamos amanhã na piscina?

- para, Maiara. Para, você não vai ver nada, eu não vou deixar. vai embora, por favor.

Ela deixa um beijo na minha testa e vai embora.

Me deixei chorar.

Mas foi ali que o inferno começou.