E para mim?

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A tarde no cinema com a Janja foi ótima, me acalmei mais, nós conversamos muito, e ela me fez entender que o Lindbergh estava certo, não que eu achasse que ele estava errado, é só que eu ainda não consigo controlar todos os meus hormônios.

Janja me chamou para jantar lá e disse que o presidente já havia chamado Lindbergh, eu não sabia com que cara iria olhar pra ele, eu estava me sentindo super mal comigo, então tomei a decisão de ignora-lo.

Chegamos e fomos direto para o banho, Janja me emprestou uma roupa, quando desci dei de cara com ele na sala, não disse nada, desviei o olhar rapidamente pra não ter que falar algo. O jantar transcorreu bem e mudo da minha parte, aí final o presidente disse que eu estava muito calada e eu disse que era indisposição da gravidez mas na verdade eu só queria ir pra minha casa. Nos despedimos e como pro carro, peguei meu celular e vi as liações de Lindbergh, o também que tinham várias mensagens mas não abri, continuei em silêncio, chegamos em casa, tomamos banho, nos deitamos e ele disse que depois conversaríamos eu apenas disse ok.

A real é que eu não sabia o motivo de estar assim, eu amava meu marido, não o culpava pelo que aconteceu mais cedo mas eu estava chateada comigo, estava me sentindo incapaz, me sentia culpada, eram tantas sensações, tantos sentimentos e ao mesmo tempo eu não queria que meu bebê achasse que era por ele, meu Deus, eu nem lembrava que a gravidez era assim, vinha um filho e vinha o termo culpa junto da mãe, sem que ele notasse eu comecei a chorar baixinho.

"Essa noite eu notei que você demorou pra dormir
Caminhou pela casa, ligou a TV eu ouvi
Você sussurrando, chorando baixinho pra não me acordar
Se tiver precisando de amigo pra desabafar
Se for alguma coisa comigo vamos conversar
Eu não quero correr o perigo de um dia você me deixar
Escolhi você pra ser minha mulher
E sou tão fiel à nossa relação
Pelo amor de Deus se for insegurança
Tira do teu coração

Já é tarde vamos nos deitar
Se quiser conversar na nossa cama
Porque sei que tudo isso passa
Você me abraça e a gente se ama
Eu não vou te trair com ninguém
Meu amor você tem minha palavra
Porque tudo que um homem precisa eu tenho em casa"

Acordo de manhã e Lindbergh não está na cama, sinto falta dele, me sinto mal por esse clima ruim entre a gente, levanto, vou ao banheiro, tomo banho e faço minhas higienes, coloco uma roupa confortável para ficar em casa já que ele disse que iria ficar em casa decidi ficar também, quero me resolver com meu marido.

Desci as escadas e pude enfim sentir o cheiro de café, Lindbergh estava na cozinha, isso era bom já que eu estava faminta é ruim já que o clima não estava bom. Mesmo insegura eu desci e fui até onde ele estava.

Gleisi: Bom dia.

Lind: Bom dia.

Gleisi: a gente vai conversar agora?

Lind: eu prefiro tomar café primeiro.

Fomos pra mesa e eu ia levantar pra pegar um suco na geladeira já que não podia tomar muita cafeína, quando eu ia levantando Lindbergh fala.

Lind: não vai comer?

Gleisi: vou só pegar um suco, não posso tomar cafeína.

Lind: eu fiz descafeinado pra você poder tomar.

Gleisi: obrigada!

Sorri de canto pra ele e não fui retribuída, eu sabia que a conversa não seria fácil, a julgar pela postura dele e o modo como estava falando comigo, automaticamente meus olhos enxergam de lágrima e eu deixei umas duas derramar mas logo limpei, não queria ter uma crise de choro no café da manhã então tratei de controlar aquele sentimento.

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