Cap 5. Fim do dia

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Enid
Segunda-feira

— Mãe cheguei

— Filha, venha aqui. Estou na cozinha. — seu tom era sério.

— Que merda eu fiz agora, em? — falei para mim mesma enquanto caminhava em direção a cozinha.

— Filha — paralisei ao ouvir aquela voz

Análisei toda a cozinha e vi minha mãe sentada em um lado da mesa e meu pai do outro lado. Emma estava apoiada no balcão de mármore com os braços cruzados e me encarava assim como os outros que estavam presente.

— Minha filha, deixe-me lhe dar um abraço — Stefan pediu, com uma voz estranhamente gentil

— Não força a barra, por favor — pedi, ainda tentando entender oque ele fazia aqui.

— Meu raio de sol — insistiu o homem loiro dos olhos azuis, era incrível como eu parecia com ele, Emma só tinha a cor dos olhos em comum, mas eu era perfeitamente uma cópia dele.

— Não me chame assim, meu nome é Enid. É assim que você deve se referir a mim.

— Enid, por favor. — Minha mãe me olhou como se estivesse implorando para eu não complicar as coisas.

— Não mãe, não me venha me pedir para ser gentil com ele. Por que eu seria gentil com um homem que não esteve presente nos momentos em que eu mais precisei dele, o homem que perdeu mais de dez aniversários meu? Não faz sentido, não para mim.

Abaixei a cabeça e passei a fitar um ponto fixo no chão, coloquei as mãos para trás e me segurei para não chorar.

— Podemos conversar depois, não é? Você disse que não iria embora desta vez, então vamos ver até onde a sua paciência vai. — Emma falou e roubou a atenção de meus pais, que ate o momento estava totalmente em mim, so Deus sabe o quanto eu odeio essas situações. Eu dei um passo para trás e olhei discretamente para a escada que dava para o segundo andar e consequentemente para o meu quarto. Eu estava prestes a correr ate que Emma falou novamente.

— Quando Enid quiser conversar aí você volta, por enquanto faça oque ela pediu, não force a barra. — Emma andou até mim e parou ao meu lado.

— Irei subir, tenho um compromisso com os meus amigos. —
Falei para minha mãe que acenou com a cabeça em concordância.

Quando estava para sair totalmente daquele cômodo, ouvi a voz de Stefan.

— Posso lhe da uma carona, se quiser — vi Emma revirar os olhos

Parei e virei para encará-lo.

— Não força, serio. Isso só torna você mais patético do que já é.

Voltei a andar em direção a escada, só queria chegar no meu quarto e ficar longe de toda essa bagunça.

Entrei no quarto e me deitei na cama, estava tão cansada que não me importei com Emma vindo atrás de mim.

— Você está bem?

— Irei ficar

— Certo, para onde vai?

— Vou sair com pessoal.

— Entendi — sentir o colchão afundar no meu lado

— O que acha da volta dele? — Me virei e fitei Emma

— Eu não sei. Ele foi um péssimo pai para nós duas e isso não poder ser esquecido da noite para o dia. — Emma disse, senti sinceridade em sua fala.

— Achei que você estava do lado dele, sabe. Que ia se fazer de filha perfeita e ia dizer que ele merece perdão.

— Se eu fizer isso, você pode me bater. — Emma falou, me fazendo rir.

eu continuo sendo sua - wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora