capítulo 7

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EU senti todo aquele álcool arder em minha garganta. Eu apertei a taça de vidro em minha mão, enquanto os senhores estavam ao meu arredor. Era fácil se comunicar com eles, minhas palavras eram curtas, porém me diverti bastante com aqueles senhores aleatórios. O bar era gigantesco, havia mesas para fora na calça e, para dentro. Os vidros estavam com tecidos pequenos da neve, nada que importasse muito. Estando sentada na cadeira a frente do balcão.

"Bebe, bebe, bebe!" eles gritaram enquanto colocava tudo para dentro. Eu bebi tudo de uma vez, de uma forma até gulosa. Eu tinha vencido a competição de que beberia mais, como se eu fosse uma alcoólatra.

Estou bêbada demais, eu sinto meu corpo inteiro arder de calor.

"Merda." eu bufei, jogando todo meu corpo na mesa.

*

Os homens com o que eu bebi saíram da mesa, se despedindo de mim, com um 'Adeus, senhorita!'  Eu fui a única que restou ali, quase morrendo de tanto beber, eu tenho que parar de exagerar nas doses.

Um garçom se aproximou da minha mesa, retirando os copos faltantes. "A senhora já deveria ir." ele disse, em russo. "O bar vai fechar daqui a pouco." ele finalizou, se afastando com os copos na mão.

Fiquei ali por uns minutos, tentando não adormecer, mas eu precisava ir para a casa.

Eu me levantei da mesa a força, ainda sentindo os borbulhos da minha mente bagunçar minha visão.

"Merda.." sussurrei, ao estar na calçada da rua com aqueles postes amarelos iluminando o caminho, de uma forma assustadora. Eu sou um perigo bêbada.

Olhei aos arredores, sentindo a ânsia no meu estomago, o Deus, eu quero tanto vomitar, mas tenho medo disso. — ao mesmo tempo, eu soluçava, beber álcool não me ajudaria nisso, eu sinto minha cabeça doer e rodar, afinal, aonde eu estou indo? eu mesmo não tenho noção disso. O vento da Rússia era frio e cruel, fazia cócegas em meu rosto suavemente, mas fazia meu corpo estar com um frio imenso, não podia ser, estava sozinha naquela rua, eu tenho realmente uma alta chance de ser roubada? ou.. coisa pior?

Droga, eu...

Eu me direcionei, perdendo o equilíbrio e colocando minha mãos em uma parede de uma loja, eu vomitei, o suficiente para eu me sentisse bem pior. por favor, que eu não esteja morrendo.

Eu odeio beber, mas como eu perdi a linha? eu não sou alcoólatra.

O som de folhas se embaralhando alerta seus ouvidos. — Eu olhei para baixo, vendo uma sombra humana por conta da luz do poste, eu imediatamente me virei para trás em um susto.

A luz quase cegou meus olhos, mas se revelando, era um.. homem. Ele era alto, estava com um moletom cinza e uma camisa branca e um boné, mas, para trás.

"Ei, espere, eu conheço você." a voz grossa do homem surgiu. Franzi minha testa, pensando em quem me conheceria em plena Rússia.

"O que..?" eu susurrei. Os olhos daquele homem era azuis puro, ele parecia ser alguém mais calmo.

"Eu conheço você garota, Morena, não é?" ele afirmou.

Afirmei minha cabeça, eu ainda não conhecia, ainda mais por conta dessa dor de cabeça.

"Você parece que bebeu." ele afirmou.

"Desculpe, mas quem é você?" aquela dor de cabeça estava bem pior do que pensei.

"Oh, sim, eu ainda nem disse meu nome, é Dimitri." Ele colocou as mãos em meus ombros, parece que ele havia percebido que eu estava mal pra caralho. Ele suspirou fundo, piscando seus olhos, até que resolveu agir e colocar meu braço encima de sua nuca, me apoiando e com sua mão em minha cintura.

Roman partizan and 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora