capítulo 25

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PEDRO NORROGUE

Eu gostaria de dizer que não me importava com Morena, ela estava bem, mas neste mesmo momento, estou correndo para sua casa. Talvez ela me odeie, ou talvez ela só não goste de mim, mas não me importo - vejo as pessoas me olharem torto, eu corri batendo minhas pernas na neve, quase tropeçando e caindo, mas me ergui. Até o encontro de sua rua, seu prédio. Implorei para que o segurança me permitisse entrar.

"Senhor, por favor eu preciso entrar, sou Pedro, amigo de Morena, diga a ela!" Eu tossi levemente, com o tanto ofegar do ar. O segurança colocou os dedos no telefone chamando, demorou por uns minutos, entretanto até ela atender o chamado, mais alguns segundos em silêncio. Sentindo meus nervos explodirem, meu suor por mais que estivesse frio escorregando em meu rosto.

"Ela permitiu." Respondeu. O sangue de minhas emoções se alegram, com enorme largo sorriso que inundou meu rosto, o segurança parecia ainda desconfiado, mas ainda sim me permitiu entrar, eu corri para dentro, corredores de um lado do outro, eu apenas segui um e por sorte achei as escadas, subi o mais rápido possível colocando minhas mãos nas barras entre enferrujadas, subindo até seu andar, aonde encontraria o número de sua porta que dália contou.

Achei seu estabelecimento, arrumei meu próprio cabelo, puxando meu casaco de tecido fino, pondo para trás meu cachecol, erguendo minhas mãos, encostando meus dedos na porta de madeira. Mas, ouvi um destrancar para dentro. - arqueei minhas sobrancelhas, confuso e desnorteado, ela abriu primeiro a porta antes de eu bater, por dentro havia um tipo de escuridão imersiva, como se sua própria casa estivesse abandonada por dias. A porta seguiu seu caminho, mostrando os fios de cabelos finos na frente da face da garota, lisos.

"Minha nossa senhora." Disse. "O que houve com seu cabelo?" Eu inclinei meu pé para dentro de sua casa, movendo minhas mãos.

O cabelo de Morena estava liso, totalmente liso. Como se ela tivesse acabado de ter saído de um banho frio que deixasse seus cabelos enfraquecidos.

"Ah, por favor." Ela revirou os olhos, apenas se afastando e deixando-me na porta. Ela se sentou na cama. Havia um cachorro, um pouco grande. "Se vier me cobrar, estou quebrada." Disse ela, evitando mostrar sua face.

"O que? Claro que não, sua imbecil." Eu fechei a porta, indo até a garota de marrom, andei até me ajoelhar em sua frente aonde ela se apresentava sentada em sai cama. toquei em suas mãos levemente, mas na verdade segurei os fortemente, tentando ajuda-la em um momento difícil como aquele. Eu não havia tempo.

"Morena você não pode ficar na Rússia." Afirmei. Levantando meu olhar, arredondando seu rosto. Ela se manteve em silêncio, podendo ouvir apenas sua respiração na sala.

"Realmente." Finalmente quebrando o silêncio, ela se livrou de minhas mãos, se levantou, indo até a janela, virando suas costas para mim, colocando seus dedos sobre o vidro. Parecia tentar apaziguar a situação, mesmo olhando para baixo, vendo a cidade.

"Morena você não tem emprego aqui, você não vai ter nada." Ainda continuei a dizer. Observei ela naquela janela, tamborilando seus dedos e seu olhar baixo, disfarçando qualquer face sua. Me permiti olhar para seus cabelos, ela os alisou, parecia inacreditável. Ela amava seus cabelos dóceis e ondulados, o por quê ela mudaria agora?

"Seus cabelos estão realmente lisos." Disse, apertando meus lábios, tirando meus olhos das pontas e observando suas costas.

"Eu sei." Ela bagunçou seus próprios cabelos. "mas se for para ir pro brasil," pausou, se virando lentamente. "Aonde Rio vai ficar?" ela se preocupou mesmo com seu cachorro, que estava sentado nós olhando. Olhei de volta, observei. isso seria o máximo para um cachorro como aquele pelo menos entrar num avião? mas ele já era grande, não poderia entrar.

Roman partizan and 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora