Marília Mendonça

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Sn pov

Observei Léo se arrastando até a mesa e se sentando à minha frente. Eu tinha o visto chegar pela manhã da festa que tinha ido com um amigo, obviamente não lhe castigaria por isso como as outras mães, a ressaca por si só já faria isso por mim, sem contar que é típico de garotos da idade dele fazerem isso.

- Bom dia...- Murmurou bebericando o café preto em suas mãos.

- Sabia que você chegar tarde de festas faz mal para o pobre e cansado coração de sua mãe?

- Podemos dizer que cheguei cedo, eram cinco e algumas coisa quando cheguei, sendo assim, cheguei cedinho - Ri e ele ficou em silêncio por um tempo- Sabe mãe... Eu beijei o Ruan...

- Ruan seu amigo?- Ele concorda- E o que eu tenho a ver com isso?

- Ah sei lá... Achei que devia saber... É pra ser difícil assim msm?

Fiz que sim.
- O amor é fácil e difícil. Também foi assim comigo. Eu morri de medo.

- Por que tem que ser assim mãe? Talvez eu goste só de menina, levando em consideração de que eu só gosto do Ruan... E talvez eu só goste dele porque ele é o Ruan.

- Não pense assim, é uma péssima saída.

- Como pode ficar tranquila diante disso?

- Tranquila? Eu tô desesperada, filho. Passei por muito conflitos sobre mim mesma, mas eu me amava. Amava mais do que qualquer pessoa além de você e das suas tias- faço uma pausa- E sua mãe.

- A mamãe também?

- Só porque não falo dela não quer dizer que deixei de ama-la. Mesmo que estejamos em 2039 eu ainda a amo. Amo exatamente como disse que a amava antes dela nos deixar.

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