Capítulo 1

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DEDICATÓRIA

Esse livro é para todas as fanfiqueiras que um dia já sonharam com aqueles romances "normais", mas hoje se perderam nesse lugar sombrio e tudo o que desejam é ter um romance louco, anormal, igual a mim.

Ass. Mais Uma Vítima Dessa Loucura.

——

Hoje é o meu primeiro dia de aula, admito que fiquei um pouco nervosa

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Hoje é o meu primeiro dia de aula, admito que fiquei um pouco nervosa. Mandei uma mensagem avisando que estou indo para escola para os meus pais que estão no Brasil, espero que eles não se preocupem comigo. Nesse exato momento eu estou me olhando no espelho arrumando esse meu cabelo que parece que não para quieto no lugar.

Ouço o som do meu celular apitando, indicando que meu uber chegou, logo pego minha mala e desço as escadas do hotel que me acomodei provisoriamente. Hoje foi meu último dia nele, vou passar a dormir nos dormitórios da universidade.

-

Em um piscar de olhos aqui estou eu, na porta da minha Universidade dos sonhos. Eu me esforcei bastante para chegar até aqui, não era agora que eu iria desistir e largar tudo para trás, mesmo estando muito nervosa e insegura.

Antes de dar mais um passo para entrar na Universidade, meu celular apitou com uma mensagem, minha mãe me respondeu dizendo que confiava em mim, e sabia que eu seria capaz de me formar.

Desliguei o celular pois ouvi o sinal indicando que todos deveriam estar nas salas, mas como era meu primeiro dia, eu deveria ir ao meu dormitório.

No caminho para lá eu senti que estava sendo observada, olhei para os lados e não vi ninguém, mas quando olhei para o estacionamento, perto das motos, vi um garoto que estava fumando e aparenta ter minha idade, 19 anos. Ele é alto e tem algumas tatuagens no seu braço direito, ele está junto de alguns outros garotos também, incluindo um que está me olhando. Acho que era ele que estava me causando essa sensação. Eu decidi ignorar por enquanto, seguindo caminho para os dormitórios.

Eu já havia conversado com a diretora ontem, então eu só precisava pegar a chave do dormitório que estava no meu bolso e depois arrumar minhas coisas no meu novo quarto.

Finalmente achei, quarto 235, 2º andar. Eu demorei um pouco, a escola era imensa e eu cheguei a confundir meu quarto com o depósito de limpeza. Como? Não sei.

Quando entrei vi um quarto lindo, ele tinha uma sacada com uma porta de vidro que dava acesso à visão do pátio imenso da escola. Eu percebi que haviam duas camas e um banheiro, o quarto não era muito grande, mas ainda sim era confortável.

Quando estava colocando minha mala em cima de uma das camas que notei que não havia nenhum tipo de material de outra aluna, acabei escutando passos de alguém chegando.

— Ah, então é você, certo? — ouvi uma voz feminina vindo de trás de mim, me fazendo virar.

Era uma garota parda que tinha cabelos longos ondulados, ela era linda. Ela está usando um cropped que aparentemente é do time de basquete aqui da escola, juntamente com uma calça jeans que realça sua cintura maravilhosa.

— Oi! Tudo bem? — percebi que ela me olhou estranho e depois notei que não havia respondido sua pergunta. — Sou eu sim, me desculpe por não ter lhe cumprimentado. — ela estava escorada na batente da porta, quando respondi ela se desencostou e andou na minha direção.

— Meu nome é Karen, prazer. — ela estendeu sua mão para um cumprimento, aceitei e ela deu um sorriso de canto e se sentou na outra cama do quarto. — Sou sua nova colega de quarto, você é a nova estrangeira do Brasil, não é? — perguntou.

— Sim, eu mesma. — ela se deitou na cama, ficando de bruços para mim. — Meu nome é Layla. — respondi me sentando na cama.

— Acho melhor você se organizar rápido, você também é da mesma turma que eu, à partir de hoje você vai conhecer seu novo professor favorito. — disse, num tom irônico. — Boa sorte. — ela se levantou da cama e se dirigiu até à porta, virando seu rosto para mim.

— Você vêm? — ainda perdida em meus pensamentos, rapidamente me levanto e vou com ela.

-

Ela disse que havia ido ao dormitório pegar alguma coisa, pediu para que eu esperasse aqui no corredor. Já tocou o sinal indicando que havia acabado o período de aula.

Eu planejava esperar por aqui mesmo, mas escutei sons de bola vindo da quadra. Lentamente caminhei até à porta, podendo ver um garoto que estava jogando basquete sozinho, ele parecia concentrado. Estava de costas, logo não consegui ver seu rosto, ele também era bem musculoso. Ele parou por alguns segundos e foi até uma mesa que havia no canto da quadra, lá ele pegou sua garrafinha e seu celular. Juro que depois de dar uma olhadinha eu tentei ir embora, mas eu percebi que ele parecia frustado com uma coisa que acabou de ver no celular.

Quando ele sentou na arquibancada, eu caí na real. Era o garoto que vi na entrada da universidade hoje mais cedo, não o tatuado, o que estava do lado dele. O que me olhava, para ser mais exata. Meu deus, eu não tinha percebido antes mas, ele é muito bonito. Provavelmente é coreano, tem traços de lá.

Eu poderia simplesmente ter saído aquela hora quando vi que não passava de uma pessoa jogando basquete mas, alguma coisa me prendeu ao ver ele com aquela cara ao olhar para seu celular, tinha vontade de ir lá e abraçá-lo e dizer que está tudo bem.

— Layla? — Escutei a voz de Karen juntamente com uma de suas mãos no meu ombro, me fazendo dar um pulo de susto.

— Karen! Cruzes, que susto! — coloquei minha mão no peito, ofegante. — O que foi?

— Bom, eu disse que iria pegar minha bolsa pra gente poder ir no café comprar algumas coisas pra gente comer. — ela dá uma leve pausa e me olha de cima a baixo. — Mas, pelo visto você já estava ocupada com outra coisa. — ela solta uma risada sarcástica.

— Eii! Não fala alto, ele vai ouvir!! — disse sussurrando, ela ria da minha cara enquanto eu olhava para trás para conferir se ele não estava nos ouvindo.

— Sério Karen, eu acho que já estou velha demais para sustos como esses. — ela estava rindo, mas rapidamente parou ao olhar alguma coisa atrás de mim.

Eu juro que orei para mais de dez deuses diferentes nesse exato momento, mas eu tinha quase certeza de que era ele.

— Posso ajudar? — escuto uma voz masculina grossa atrás de mim, e agora sim, é ele. Merda.

O Meu Maior Problema Onde histórias criam vida. Descubra agora