Capítulo 15

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— Concentração, vai! — o treinador da sinal para começarmos a luta

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— Concentração, vai! — o treinador da sinal para começarmos a luta.

Estou um pouco nervoso ultimamente, e nem mesmo o cigarro está aliviando isso. Então prefiro descontar em outras pessoas e fingir que estou num esporte. É piada. Eu acho.

Gemo de dor quando levo um murro na cara, o que me faz cuspir um pouco de sangue, logo eu desvio de outro golpe e devolvo o soco.

Ultimamente tudo tem acontecido ao mesmo tempo, minha vida está uma bagunça. Não que ela já não seja, porém está pior. Ontem na festa quase arrumei problemas com a polícia. E isso nem faz diferença. O que faz diferença é aquele verme descobrir. Ele ama me infernizar, se descobrir o que rolou lá ontem...

— Jacobs, atenção! — o treinador grita e volto a luta quando eu levo um chute na costela, o que me faz cair no chão do ringue. — Parou!

— O que está havendo ultimamente, Jacobs? — cuspo e o treinador ergue uma mão para me ajudar a levantar. — Você nem parece que está aqui.

— Eu tô só aquecendo. — retruco. — Não se preocupe com minha vida pessoal, eu não dou a mínima para a sua.

Passo pelo professor sem nem olhar na sua cara, pois eu provavelmente só arrumaria mais problemas. E ele também não responde, pois sabe que não estou para conversa.

Vou em direção ao banheiro do vestiário, para jogar uma água no rosto.

— Não havia necessidade. — Estou molhando meu rosto quando vejo Shouta encostado no batente da porta.

— Não sei sobre o que está falando. — pego uma toalha e seco meu rosto.

— Não se finja de idiota, você foi um cuzão com o treinador. — jogo a toalha nos bancos e caminho em direção a minha garrafa d'água. — Ele só queria ajudar, você estava fora de si.

— Ele queria ajudar porra nenhuma. — perco a paciência e me viro para Shouta, ficamos frente a frente. — Estava se intrometendo na minha vida. Poderia muito bem ter dito somente para eu ficar mais atento.

— E o fato de você estar parecendo burro perdido naquele ringue? Você realmente não está bem. — Shouta fala, mas por algum motivo não sinto vontade alguma de revidar. Talvez porque no fundo eu saiba que ele está certo. — O que está acontecendo, mano?

— Diga ao professor que pedi desculpas. — Pego minha mochila e minhas coisas no armário. — Por hoje não vou mais lutar. — Estava indo porém Shouta segura meu braço.

— Por que mentiu? — questiona.

— Mentir? — finjo não entender sua pergunta.

— Por que mentiu sobre você ter ajudado a Layla na festa? — ele pergunta e eu me recordo do que havia dito hoje mais cedo.

— Não menti. Você levou ela para o dormitório segura, além do fato de ter observado ela. — respondo.

— Você quem ajudou ela. Eu só fiz um favor. — Shouta me olha com um olhar confuso. — E você ainda por cima se envolveu em briga séria, e arriscou sua reputação com seu pai, por ela. — Respiro fundo, e passo a mão sobre meu cabelo — Me diz, será que realmente fui eu que ajudei ela? — ele solta meu braço e fica na minha frente.

— Eu não queria que ela tivesse ideias erradas, como se eu tivesse feito isso por gostar dela ou algo do tipo. — sou direto e olho-o nos olhos.

— Você sabe que o motivo não é esse. Nós sabemos. Você precisa... — somos interrompidos por um garoto da academia que entra e fica por alguns segundos parado nos olhando.

— Ah, me desculpe... eu atrapalhei? — sinalizo não com a cabeça e ele saí novamente, uso essa deixa para me retirar também.

— Também diga ao treinador que não vou poder participar das apostas de hoje. — meu olhar para Shouta diz tudo, e ele só afirma com a cabeça.

— Só não acho certo ela não saber quem realmente à ajudou. — Shouta diz, mas me retiro do vestiário logo em seguida.

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