Capítulo 7

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Uma luz forte que vêm direto no meu rosto, me faz acordar e quase gritar de tanta dor, pois queria dormir mais

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Uma luz forte que vêm direto no meu rosto, me faz acordar e quase gritar de tanta dor, pois queria dormir mais.

— Bom dia, flor do dia. — Karen diz, enquanto abre as cortinas.

— Que horas são? — pergunto, resmungando.

— São exatamente... — Karen olha para o seu relógio no pulso — Onze e meia.

— Espera, o que? — quase caio da cama quando ela diz, pego meu celular que está na mesa de cabeceira e vejo que ainda são 8:00 e ela estava somente brincando — Aí, Karen. — coloco minha mão sobre o peito - Quer me matar de susto ou o que?

— Anda logo, você ao menos sabe que dia é hoje? — Nego com a cabeça — Hoje é o dia da festa. — ela sorri, mas  nota que mesmo assim não entendi — A festa proibida, de noite, que só podem pessoas selecionadas. — me recordo de ela comentando sobre.

— Ah, então é isso. — me jogo na cama novamente, querendo dormir mais.

— Aí Layla, levanta logo. — Karen puxa minhas cobertas me fazendo encolher na cama — E você ainda tem que fazer aquelas coisas que a escola pediu, lembra?

— Nem me lembre. — resmungo, batendo a mão na cara.

— Eu ainda quero saber porque você levou uma advertência, sabia? — ela dobrou minha coberta e a jogou do meu lado — Você não é o tipo de pessoa que fica conversando em sala de aula.

— Nem eu sei. Acho que estava com saudade da cara do diretor. — crio coragem para me levantar e me dirijo ao banheiro. — Talvez maluca também. — ironizo.

— Maluca? Por que? — Karen coloca as duas mãos na cintura.

— Não sei, talvez porque você me acorda todos os dias com uma energia de 10 brutamontes. — ela rir enquanto joga uma toalha na minha cara.

— Vai tomar um banho, já vou descendo pois também tenho umas coisas para fazer. — ela manda um beijinho e pega sua bolsa.

Já me arrumei e estou indo para a academia, vou ter que dar um jeito na bagunça que aqueles caras fazem lá, tudo isso por ter conversado com aquele idiota. Toda vez que me lembro disso me da vontade de me esganar.

Cheguei, estou parada em frente à porta de vidro que da acesso à academia. Eu deveria entrar, pois eu estou atrasada para as aulas, porém tem algo me impedindo. Vergonha.

Meu Deus, eu havia esquecido sobre o fato de que a academia é cheia de homens, só homens. Suados, sem blusa, e o pior, todos me olhando. Não é normal que uma garota ande pela academia, principalmente sozinha.

— Eai, vai só observar os tanquinhos ou tocar também? — um garoto que faz academia aqui, pega em um dos meus ombros por trás de mim. — Gostaria de entrar, se me permitir.

— Você sabe que a porta de vidro é grande né? Não precisa necessariamente passar justamente onde eu estou. — respondo, em tom de deboche.

— Desculpa aí, queridinha. — ele levanta as duas mãos em sinal de trégua — Só foi uma piada. — ele solta uma risada mas logo outra coisa chama sua atenção, vem de dentro da academia.

— Ei, deixa ela em paz. — uma voz familiar soa, e eu me viro em sua direção, dando de cara com Shouta.

Ele está com uma blusa regata preta que definitivamente deixa ele mil vezes mais atraente, também está com o cabelo molhado de suor, enquanto usa um fone de ouvido e um short de academia que se eu olhar demais provavelmente vou conseguir observar algo marcando.

— Mulheres são umas frescas mesmo. — o garoto diz e passa pelo lado de Shouta.

— Agora estou curioso, o que faz aqui Latina? — ele cruza os braços, curvando uma das sobrancelhas.

— Esqueceu? Tenho que arrumar a bagunça de vocês, por sua culpa. — reviro os olhos.

— E o que está te impedindo de de fazer isso? — ele sorri de canto, tirando sarro da situação.

— Vai se ferrar. — passo direto por ele,  ignorando sua pergunta, entro na academia, mas por algum motivo eu travo quando percebo que de repente todos os olhares estão em mim.

Fico paralisada e sinto meu rosto esquentar, alguns garotos me olham confusos, outros soltam risadas e falam alguma coisa nos ouvidos um dos outros. Não sei se minhas pernas ainda funcionam, sinto que vou desmontar nesse chão nesse exato momento e vou ter que ser carregada por algum desses caras musculosos.

Engulo fundo e dou meia volta para trás, eu ainda preciso definitivamente criar mais coragem.

— Precisa de ajuda? — Shouta ainda parado no mesmo lugar, mas agora do meu lado, pergunta.

— Eu só preciso respirar. — digo ofegante e vacilante. 

— Você parece que acabou de correr uma maratona, tá toda vermelha. Você realmente está bem, ou precisa que eu te leve à enfermaria? — ele rir enquanto aponta para o meu rosto.

— Ha ha ha, muito engraçado, ok? — dou um tapa na mão dele que faz ele parar de rir.

— Se você entrar lá dentro com essa sua carinha de cachorrinha indefesa aí sim que eles vão ficar te olhando mesmo. — sua expressão fica séria novamente — Em poucos meses você vai ser conhecida como a garota tarada da academia.

— Vai se ferrar, de novo. — ele respira fundo em resposta.

— Vêm, eu te ajudo a entrar. — ele diz enquanto me oferece sua mão. — Segura aqui.

— Desculpe querido, posso ter essa carinha, porém não significa que vou começar a chorar à qualquer momento só por ver uns adolescentes sem blusa. — olho ele de cima a baixo.

— Primeiramente, a academia tem turnos para cada idade, e a da manhã é somente de maiores de 18. Segundamente, eu nunca disse que iria. E espera um pouco, não sabia que estava pensando em ver caras sem blusa. — ele sorri de forma que me faz ficar vermelha, o que faz ele rir mais ainda.

— Vamos logo. — seguro a sua mão com raiva.

O Meu Maior Problema Onde histórias criam vida. Descubra agora