Capítulo 4

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Mais um capítulo fresquinho para vocês.
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Então qual é o problema meu amor? — Emma agora a olhava preocupada. — Tem algo que não me contou? — Regina nega, mas Emma a conhece e sabe que algo está errado. — Eu sei que tem algo que não está me contando, mas quando estiver pronta, eu estarei aqui para te ouvir, ok? — Regina assente ainda com as mãos em volta do corpo, como se estivesse com medo ou alguma insegurança.

Existe inúmeras formas de acabar com a vida de uma pessoa, pois todas elas tem um ponto fraco. Muitas pessoas preferem morrer do que perder aquilo que tem de mais valioso. Eu não falo de dinheiro ou bens materiais, e sim de pessoas, pessoas que amamos e faríamos de tudo se fosse preciso. Era isso que Regina tinha medo, e creio que muitos também tenham. Imagina, você constrói uma família linda e em questão de segundos a perde, seria horrível, não?

Quando Regina era adolescente, ela tinha muito medo de cavalos, até que ela conheceu Daniel que a ensinou a não ter medo e saber a montar. Hoje Regina sobe em um cavalo sem qualquer medo, pois ela enfrentou o seu medo de frente. Pode até parecer meio bobo, mas para Regina era um medo que ela jamais pensou conseguir enfrentar.

A vida nos ensina muitas coisas, para no fim estarmos preparados para as pessoas que amamos.

Quando Regina era adolescente ela errou muito, mas ela ainda era muito imatura, então era bem provável que ela passaria por experiências para chegar até a pessoa que realmente ama. Não que ela não tenha amado as outras pessoas com quem ela esteve, mas não na mesma intensidade do que ama sua esposa.

Quando Regina começou a sentir algo por Emma, ela não começou a jogar as claras, diferente de Emma, que sempre deixou bem claro oque queria.

Regina tinha medo, ela nunca esteve com uma mulher antes, como as pessoas ao seu redor reagiriam sobre isso? Ela tinha medo. Regina sempre foi um exemplo na família, sempre fez tudo o que Cora mandou. Diferente de Zelena, que assim que completou seus dezoito anos, foi morar com sua namorada Ruby, elas eram jovens, mas como a família de Zelena tinha muita condição, o pai de Zelena foi a favor e deu o dinheiro que ela precisava para pagar um apartamento longe de Cora.

Claro que tinha à escola, isso era o menor dos problemas, pois o pai de Zelena mandava um motorista para buscá-las, isso até Cora descobrir, oque não tardou muito a acontecer.

Zelena sempre se sentiu segunda opção, pois a preferida das filhas sempre foi Regina, mas o que Zelena não sabia, era que para você ser a preferida não bastava ser somente a filha mais nova, e sim, ser exemplar na escola, ter que reprimir as suas vontades para fazer as de Cora e sempre colocar Cora em primeiro lugar. E isso por um todo era sufocante para Regina.

Quando Regina se descobriu e começou a namorar Emma ela escondeu seu relacionamento por um ano, e isso deixava Emma triste, apesar de entender que era uma situação complicada.

Dia seguinte. Atualmente.

— Amor, você ainda está dormindo? — Regina solta um resmungo e coloca o travesseiro em seu rosto.

Emma, que já avia se levantado, viu que a esposa ainda estava dormindo e aproveitou para fazer um café com Henry para Regina.

— Amor, se você não acordar, Henry ira usar seu super poder. — Emma sabia que Regina odiava cócegas, pois da última vez Regina acertou o pé no rosto de Emma e fez com que o seu nariz sangrasse. — 3... 2... 1... vai Henry.

Henry pula em cima de Regina fazendo a mesma começar a ficar agitada por causa das cócegas.

— Okay, okay, eu me rendo, por favor...

Henry vai parando com as cócegas e saindo de cima de sua mãe morena, mas Regina fica o olhando com uma cara de indignada.

— A ideia foi da mamãe. — O garoto falava com um olhar inocente. — Ela que falou pra mim usar meu super poder.

— Mentira amor, foi o Henry que deu a ideia, eu não tenho nada a ver com isso.

— Hey — Agora Henry a olhava indignado. — Foi você.

— Foi você! — Emma dizia apontando a língua para Henry que retribui com o mesmo gesto.

— Vocês dois parecem duas crianças, nem parece que você é minha esposa, você está brigando com nosso filho Emma.

— Mas a culpa foi dele. — Emma olhava para esposa com um falso olhar de indignação.

— Não fala assim do meu bebê. — Regina disse trazendo Henry para seu colo. — Ele é um anjo, não é meu bebê? — Henry concorda fazendo carinha de inocente olhando para Emma.

Depois do ocorrido começaram a tomar café e assim que terminaram, Regina se arrumou e levaram Henry para o colégio e partiram para empresa.

— Você ainda não tocou no assunto, o que está tramando? — Emma pergunta dirigindo em direção a empresa.

— Eu pensei, e depois da nossa conversa de ontem a noite eu... quero dar uma chance a ela. — Emma se espanta, mas consegue esconder em suas feições. — Não digo que vamos ser amigas, mas que eu vou agir profissionalmente eu irei, até porque é o que mais presamos em nossa empresa. — Emma vê sinceridade em suas palavras. — Mas eu vou deixar bem claro: Uma chance! Se ela ficar de gracinha pra cima de você... eu vou presa, mas eu mato aquela vad-

— Opa! Eu já entendi. — Emma a interrompe. — Obrigada amor, por entender. — Emma disse estacionando o carro e saindo de dentro do veículo se virando para esposa. — Eu só peço que tenha paciência. Ela não é a sua melhor pessoa, mas ela agora é nossa secretária. — Emma a beija e elas entram na empresa.

Assim que elas entram na empresa elas se deparam com imagem de Lilith as esperando. Pontualidade. Eu diria que Regina estaria contente pela nova secretária ser pontual, isso se ela não fosse a pessoa que conheceu no passado.

Regina sempre preza pelo bem de seus funcionários, e com Lilith não seria diferente, mas como Regina disse "vou agir profissionalmente" ou seja, nada de amizade. O que Regina quis dizer com essa frase foi basicamente, que não quer nenhum tipo de relação que não seja profissional. Isso também serve para Emma, ela espera que Swan tenha entendido, pois Emma e aquele doce coração dela é bem capaz de perdoar aquela mulherzinha.

— Olá, Lilith. — Emma a cumprimenta. — Me encontre em minha sala daqui meia hora. Por enquanto você pode se acomodando logo ali na frente, e colocando os seus pertences. — Lilith apenas assente e anda na direção em que Emma avia dito, olhando rapidamente para direção de Regina soltando um sorriso prepotente.

                                          SQ

Lilith não pensou que Emma ainda estaria casada com Regina, quando ela a viu foi como se seu coração tivesse se quebrado novamente, assim como quando era adolescente.

Sua raiva subiu. Queria que fosse ela, mas infelizmente a vida insiste em jogar na cara dela que ela nunca será Regina.

Esses anos todos Lilith não avia esquecido Emma. Não ouve um minuto sequer que Lilith não se perguntava como Emma estava, mas pelo visto estava com aquela mulher ainda.

Mas talvez ela ter vindo para New York seja o destino, e ela só precisa mexer algumas peças para fazer funcionar.

Minha esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora