Nayeon descobriu uma forma de lidar com pensamentos intrusivos, ela encontrou em todas as noites o conforto nas estrelas do céu, e sua maior preocupação quando sol se escondia no horizonte, seria se um dia ela poderia alcançar as nuvens cinzentas ou...
O céu começou a clarear, a lua começando a sua jornada final atrás do horizonte para lugares que Nayeon só poderia sonhar em um dia visitar. Levantando-se do chão, Nayeon se espreguiçou, seus músculos doendo em protesto. Ela estava sentada no chão duro por muito tempo. A noite estava linda, mas não foram as estrelas que cativaram Nayeon. Era o estranho com o sorriso gentil.
Ao seu redor, o mundo parecia despertar lentamente; os pássaros uma vez se agitaram em seus ninhos, chamando uns aos outros estridentemente. A cidade fervilhava de vida, os que se levantavam com o sol corriam pelas ruas, preparando-se para o dia restante.
Desta forma Nayeon também fazia parte dos que acordavam com o sol, assim, ela se dispôs a caminhar pelas ruas até o restaurante, planejando que fosse apenas mais um dia qualquer da sua semana.
Entretanto.
Por mais que Nayeon tentasse, ela não conseguia tirar o sorriso de Hoseok de sua mente. Em sua cabeça a imagem dos lábios de Hoseok era reproduzida com uma frequência na qual a assustava. Seus dentes perfeitos ocupando grande parte de seus lábios finos, as pequenas rugas que se formaram ao lado de seus olhos e as linhas de expressão formando as tão adoráveis covinhas acima do lábio superior. Aquele sorriso seria capaz de pôr um fim a guerra. O calor de Hoseok parecia envolvê-la e Nayeon sentiu como se conhecesse o homem desde sempre. Esses sentimentos eram todos novos para ela, a jovem sentia-se como uma pena ao seu lado. Balançando a cabeça ferozmente no intuito de afastar Hoseok de sua mente, Nayeon enfiou as mãos nos bolsos de sua fina jaqueta de lã, encolhendo-se ainda mais no material para escapar do frio da manhã.
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- Terminei, mãe. Essa mesa foi a última. - Nayeon afasta o pano da mesa redonda de madeira, e leva as mãos até a cintura.
- Obrigada, minha filha. - A mais velha surge ao seu lado, colocando uma de suas mãos sobre o ombro da mais jovem.
- Acabamos por hoje? - Taehyung perguntou ao mesmo tempo que a mãe atravessa a porta que levava para uma pequena cozinha escondida. Ela carregava uma bandeja com três pratos fundos de bibimbap.
- Acho que sim. - Senhorita Min coloca a bandeja sobre a mesa, enquanto Taehyung e Nayeon sentou-se nas almofadas ao redor. - Comam um pouco, quero todos muito fortes e atentos para o turno da noite. - Ela limpa suas pequenas mãos no avental em torno da cintura.
- Ainda não desistiram da ideia da bebida, não é. - Taehyung resmunga sem humor, enquanto pega um dos pratos da bandeja.
Injoo se senta ao lado da sua única filha. - Foi ideia da Nayeon.
- Não tínhamos muitas escolhas, só bibimbap e tteokbokki não estavam nos dando um bom lucro. - Injoo observa sua filha pegar uma grande colher de arroz, falando de boca cheia, o que faz com que a mais velha a olhe com reprovação.
