Nayeon descobriu uma forma de lidar com pensamentos intrusivos, ela encontrou em todas as noites o conforto nas estrelas do céu, e sua maior preocupação quando sol se escondia no horizonte, seria se um dia ela poderia alcançar as nuvens cinzentas ou...
Algumas semanas se passaram para Nayeon tão rápidos quanto um cometa no céu, Hoseok está incluso em todos eles. Ele se juntou a Nayeon para observar as estrelas, o local na margem do rio Han era algo que eles chamavam se seu. Vez ou outra eles também caminhavam até o bosque no meio da floresta, de forma inesperada Nayeon não sentia mais medo da floresta e seus habitantes, pois ela sabia que Hoseok nunca largaria a sua mão toda vez que entravam ali, e em alguns dias ela sugeria que pudessem ir até lá apenas para segurar a mão do mais velho. Para ter seus grandes e elegantes dedos entrelaçados aos dela. Todas as noites, Nayeon se sentia tonta com a ideia de aprender alguma coisa nova sobre Hoseok. Ela sentia todo aquele calor se apossar de suas maçãs do rosto em um tom profundo de escarlate sempre que ela avisitava a silhueta de Hoseok sentado na encosta gramada, seu coração disparava no segundo em que Hoseok acenava para ela, e então ela caminhava até ele com um sorriso bobo nos lábios.
Injoo segurava a filha pelos ombros enquanto penteava os longos cabelos negros, herdados da mãe.
Nayeon permanecia sentada, suas mãos descansando em seu colo. Ela estava pensativa. Ela só amamou duas pessoas em toda a sua vida. Ela se questionava se o que sentia por Hoseok era o mesmo que amar.
Foram três semanas de piquenique ao entardecer na margem do rio. Dias de muita risadas, conversas, felicidade e todas as vezes lutando para dizer adeus no final de cada noite, cada despedida se tornando mais difícil que a anterior. Nayeon não queria mais ter que se despedir.
- Como é amar? - Nayeon perguntou, olhando pelo espelho o reflexo de sua mãe atrás de sí.
Injoo encara a sua filha, seus grandes olhos se abrindo sutilmente com a pergunta da mais jovem. Injoo ficou pensativa, seus olhos cintilante ao lembrar do marido falecido. Memórias invadindo seus pensamentos, uma nostalgia tomando conta de sua mente. Ela abriu um sorriso melancólico, penteando o cabelo da filha.
- É a coisa mais maravilhosa e terrível que pode acontecer com você. - afirmou com simplicidade. - Você sabe que encontrou algo incrível e quer levá-lo para sempre consigo. E um segundo depois de ter aquilo, você fica com medo de perder.
- Bem... Então, eu acho que amo alguém.
Naquela noite Injoo sentiu uma grande alegria em seu peito, uma alegria que não sentia a muito tempo. Melhor ainda, ela sentia-se feliz pela filha pode presenciar algo extraordinário.
O tão extraordinário: amor.
- Posso saber o nome dessa pessoa especial?
Nayeon assentiu, tentando controlar um sorriso ao pronunciar o nome do amado. - Jung Hoseok.
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Repetidos barulhos na janela, fizeram Nayeon abrir os olhos, assutada, e levantar abruptamente. Sentada sobre o colchão macio, ela olha ao seu redor, demorando alguns segundos para entender que ela realmente estava no seu quarto dentro de casa. Por um segundo pensou que havia adormecido com a cabeça na mesa do restaurante como outras vezes. Ainda era o meio da tarde, duas horas e o sol ainda estava alto no céu limpo e azulado.
Injoo deu a Nayeon uma folga do trabalho hoje. Taehyung prometeu que a ajudaria se Nayeon ficasse em casa. A jovem menina não estava muito disposta essa manhã.
Após o almoço Nayeon se recolheu e depois de muito criar cenários sonhadores sobre como podia estar com Hoseok, acabou pegando no sono, antes de ser acordada por que parecia que iria derrubar a janela de madeira do quarto a qualquer momento.
Ainda se sentindo um pouco atordoada, ela se levanta e caminha até a janela, afastando a cortina apenas para ver Hoseok parado do outro lado com a mão cheia de pequenas pedras, com uma feição determinada.
- Achei que não fosse aparecer nunca! - Ele diz esfregando as mãos para limpar a terra depois de jogá-las no chão.
Nayeon estava um pouco confusa, como ele soube aonde ela morava? Ele havia quebrado o protocolo de se encontrar somente anoite, mas ela amou a sua imprudência.
Ela abriu a janela e colocou a cabeça para fora. - Como chegou até aqui?
Ele se aproximou da calçada, colocando a mão na testa na tentativa de cobrir seus olhos do sol.
- Olha... Sua família é muito famosa nesse bairro. - ele diz. - Soube que o tteokbokki da sua mãe faz um sucesso por aqui.
Nayeon soltou um riso nasal baixo, assentiu. Ela sabia da fama de sua mãe, todos eram apaixonados pelos pratos da Min mais velha.
- Pode descer um instante, eu tenho uma surpresa para você.
No momento seguinte Nayeon calçou os sapatos, agarrou o casaco fino encima da cama e se viu correndo escadas abaixo. Hoseok sorriu galanteador para ela quando abriu o portão.
Ele sorriu ainda maior quando ela parou a sua frente com aquela beleza inocente, ele pega uma das suas mãos, a beijando rápido.
Atônita, Nayeon recolhe a mão quando Hoseok a soltou, tapando o lugar que seus lábios tocaram.
- Eu tenho uma surpresa para você, Nayeon - ele pausa analisando as expressões da garota. - Você quer vir?
