- Desmond, pare o carro! - Anne gritou enquanto tentava alcançar o volante do carro.
- Anne, chega! Nós vamos para casa e você vai tomar seu remédio para dormir, já está enlouquecendo. Seu filho está morto, seu filho está morto! Aquele homem queria nos assaltar! Seu filho é uma criança!
- Era meu Changbin! Você mentiu! - Bateu no ombro do alfa. - Meu Changbin sabe minha flor favorita. Eu me sinto confusa, Des. Me deixe falar com ele, sim?
- Tulipas! Pelo amor de Deus, Anne! - Gritou.
Anne o encarou por um tempo antes de cair no choro. - Ele não morreu, você o abandonou. Você o abandonou e você mente! Anos se passaram! Anos se passaram! Era ele! Era Changbin! Só ele sabe minha verdadeira flor favorita. - A mulher se agarrou ao estofado, se forçando a lembrar de detalhes dos anos que se passaram, se forçando a sair do espaço seguro em sua mente.
- Anne, eu vou te bater se você não parar com esta merda! - Rosnou, fazendo a mulher abaixar a cabeça.
Em um movimento rápido, Anne pisou por cima do pé do marido, fazendo o carro acelerar e bater com tudo em um poste de luz.
...
- Responsável por Han Jisung. - O médico chamou, fazendo Felix se levantar rápido e correr até ele. - Jisung está bem, a combinação da crise alérgica com o princípio de infecção fez com que seu corpo não suportasse. Fizemos uma lavagem estomacal e cuidamos da ferida. Um pedacinho de vidro estava impedindo a ferida de cicatrizar completamente.
- Acha que poderia ter sido evitado? Digo, no caso do caco de vidro. - A assistente responsável por Jisung perguntou ao meu lado.
- Com certeza. Afirmo com toda certeza de que a ferida tem alguns dias. É uma ferida pequena, se tivesse sido cuidada já teria até cicatrizado. O pedaço de vidro era pequeno mas bem visível, a pessoa que enfaixou nem ao menos analisou a ferida. Ele não tem hematomas pelo corpo mas parece não se alimentar direito a dias.
- Vou precisar do prontuário. - A assistente avisou e o doutor assentiu, se afastando para providenciar. - Não se preocupe, Jisung não vai voltar para a casa dos Seo. O processo não havia sido finalizado, então sua readaptação ao orfanato não será lenta.
- Ainda bem, não sabe como isso me deixa aliviado.
- Sei que quer entrar com o pedido de adoção, entendi tudo que o senhor e a senhora Meredith explicou, mas... - Suspirou e olhou para Minho, que estava agarrado a cintura de Felix. - Ele fugiu.
- Não fugi deles, ajudei Jisung a fugir! - Gritou alarmado. - Não culpe eles, por favor!
- Se acalme, Minho. Você salvou seu amigo e eu entendo isso muito bem, é uma situação incomum, mas não sei se o centro de assistência vai entender assim. Conversarei com o Conselho sobre toda a situação, mas não posso dar certeza de nada. Não sei como vão interpretar toda a história.
- A escola deveria ser responsabilizada. Eles saíram de lá e não de nossa casa, logo não fugiram de nós. Não podemos reverter de alguma maneira?
A assistente suspirou. - Tentarei conversar com a diretora da escola, tentarei abafar esse caso, apenas por ser incomum e tão delicado. Tenho certeza que o orfanato não vai entrar com acusação então... Podemos tentar reverter.
- Agradeço muito. - Felix fungou enquanto fazia carinho nos cabelos de Minho.
- Nunca mais faça isso, ouviu bem? - A assistente olhou nos olhos de Minho. - Se algo estiver errado, ligue, chame alguém mas nunca, em hipótese alguma, fuja de seus pais adotivos assim.
- Eu prometo que não vou mais fazer isso. Eu não fugi deles, nunca fugiria deles.
- Minho! Felix! - Jeongin chamou quando entrou na emergência. - Como está o Jisung? Alguma notícia?
- Como está o Jisung? - Sophia repetiu a pergunta.
- Está bem. - Felix sorriu para a menina. - Vai se recuperar e não vai voltar para os papais ruins.
- Você protegeu ele. - Sophia sorriu para Minho e levantou os dois polegares para cima. - Muito bem, meu irmão é um herói.
O celular de Jeongin tocou e ele colocou Sophia no chão para atender. Sua expressão se contorceu por alguns instantes antes dele sorrir. - Maravilha! Sim, sim, eu vou avisar. Jisung está bem, não se preocupe, ele vai viver. Estou com ele, Changbin, se acalme, ele vai entender. Tá, tchau!
- E então? - Felix arregalou os olhos. - Ele conseguiu achar a mãe dele? Conseguiu impedir Desmond?
- A mãe dele fez Desmond bater o carro em um poste. - Disse com um sorriso, fazendo Felix o olhar bravo por estar contente com a notícia. - Não morreu ninguém, se acalme, Lix. Desmond bateu a cabeça e desmaiou por alguns minutos, ficando fácil para a polícia prender ele. Anne não teve nenhum arranhão e foi mandada para... Hum... Um centro psiquiátrico. Changbin resumiu o que aconteceu para os policiais então ela foi levada para lá, mas ainda vão decidir o destino dela.
- Ela parecia estar fora da realidade, Desmond estava manipulando sua mente. - Felix suspirou. - Fico aliviado. Não é incrível mas tragédias foram evitadas.
- Vocês vão adotar Jisung? - Jeongin perguntou, fazendo a assistente se remexer desconfortável.
- É um processo que vai demorar. Não posso mentir para vocês, Jisung terá que passar por várias sessões de terapia, para superar tudo que aconteceu. O fato de estarem em processo de adoção também atrapalha. Veja, vocês já estão em um processo, para entrar com outro pode ser que prejudique a situação toda.
- Ah, olha só! Changbin vai ter que enfiar o pé na boca. - Jeongin cruzou os braços e sorriu, fazendo até mesmo Minho franzir o cenho sem entender. - Nossa família. - Enfatizou. - Eu vou entrar com o processo de adoção de Jisung. Não vou correr o risco dele ser adotado por outra família nesse meio tempo, também não vou deixar ele ficar naquele orfanato por tanto tempo. Será que o carinha do RH da minha empresa aceita ser meu noivo de mentira?
- Jeongin! - Felix pulou em seu colo e o abraçou forte. - Eu te amo muito!
...
Não acho que o final ficou muito bom, mas... Já foi escrita :/ O que posso fazer é adicionar alguns capítulos bônus :)
Comentários? Volto mais tarde :)
VOCÊ ESTÁ LENDO
I'll Protect You, Baby | Minsung + Changlix ✔
FanficJisung foi tirado de Felix, o ômega morador de rua que o acolheu ainda bebê, e foi mandado para um orfanato. Minho mora no orfanato desde os três anos de idade e já perdeu todas as esperanças de ser adotado, mas encontra refúgio em seus livros e em...