Tudo que Kali queria era trazer seus pais de volta a vida, depois de perdê-los em um trágico acidente de carro. Seu desejo parece ser possível de se realizar quando ela decide largar tudo e investir nas descobertas cientificas que havia feito com um...
"Eu tranquei a porta da minha própria cela E perdi a chave."
Green Day - Longview
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— "My cock is much bigger than yours. (My cock can walk right through the door). With a feeling so pure. (It's got you screaming back for). Cool, in denial. We're the cruel regulators smoking cigaro, cigaro, cigarro." — Cantei empolgada, e num tom de voz um tanto gritado, a música "Cigarro" da banda System of a Down. Balançando minha cabeça, e consequente meu corpo, quando me envolvia pela batida pesada e selvagem da canção, que foi bem popular entre os fãs de new metal dos anos 2.000. O entusiasmo em minha voz, no entanto, não me impedia de manter o olhar fixado as letras da papelada, que eu ainda analisava, as quase 3hs da manhã.
— Acho que isso não é uma música muito adequada pra uma mocinha de respeito e da alta sociedade ficar cantando. — A voz de Loki soou grave e com aquele típico tom de sarcasmo, me fazendo tomar um belo susto, que ficou bem evidente pelo sobressalto que dei na cadeira de meu escritório, antes de pausar a música em meu iPod.
— Caralho! Que susto, Loki. — Meu olhar não escondia minha surpresa em ver a figura masculina encostada no batente da porta, com os braços cruzados, me olhando de maneira minuciosa através do estreitamento de seu olhar azul. Loki tinha um sorrisinho discreto no canto dos lábios finos, não escondendo sua genuína curiosidade em relação a mim. Não poderia afirmar com certeza, mas, acho que ele já estava ali me observando fazia algum tempo, só espero que não tenha sido tempo demais. — A quanto tempo está aí?
— Você se assusta fácil demais. — Ele estalou a língua, se afastando de onde se escorava, para caminhar em direção a minha mesa de trabalho. — Tempo suficiente. — Ele disse, não me dando uma resposta satisfatória quanto ao tempo que eu posso ou não ter ficado exposta a seu olhar e as suas especulações a meu respeito. — Está aqui desde aquela hora? — Vi quando o Asgardiano franziu a testa, fazendo uma cara de incredulidade quando seu olhar se fixou no sanduiche em minha mesa, o mesmo de ontem à tarde, com a diferença de que agora ele tinha mais duas mordidas minhas. — Espera, você não comeu NADA, desde ontem à tarde?
— Eu comi um pouco do sanduiche, e tomei café. — Justifiquei como se não fosse nada demais, voltando minha atenção para a última página de contrato que me faltava assinar.
— Você está tentando se matar lentamente, ou algo assim? — A voz de Loki pareceu mudar repentinamente, tornando-se mais séria, enquanto ele realmente me olhava de maneira severa.
— É claro que não, porque acha isso? — O encarei com surpresa, sem entender o rumo que ele estava dando pra aquela conversa. Se não conhecesse o deus da trapaça, poderia jurar que ele estava preocupado com a minha saúde.
— Até onde sei humanos morrem de desnutrição. E você não se alimenta direito desde ontem.
