Capítulo XXV - Tolices e Inseguranças

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"Eu não sinto meu rosto quando estou com você
Mas, eu adoro isso."

The Weeknd - Can't Feel My Face

A verdade era que eu não deveria ficar com todas as cenas e sensações da última noite e desta manhã na minha cabeça, se repetindo como se eu buscasse reviver aqueles momentos tão profundamente intensos

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A verdade era que eu não deveria ficar com todas as cenas e sensações da última noite e desta manhã na minha cabeça, se repetindo como se eu buscasse reviver aqueles momentos tão profundamente intensos. Mas, todas as marcas e sensações doloridamente prazerosas em meu corpo, não facilitavam em nada. Era fato que tudo tinha acontecido a apenas algumas horas, e ainda assim eu refletia e relembrava daquelas ações, me apegando a elas para provar que tudo o que aconteceu foi real, e não apenas fantasia.

No entanto, ao mesmo tempo em que eu suspirava por Loki, a ficha pouco a pouco ia caindo, sobre a grande cilada na qual eu estava me metendo. Ele não era um cara qualquer com quem eu sai, ele era o Loki, o deus da trapaça. Além disso ele não era humano e tinha vindo de outro universo pra bagunçar a minha vida, a minha cabeça e as minhas emoções. É obvio que essa palhaçada toda vai me ferrar.

Mas, agora eu talvez devesse tentar me distrair, especialmente porque esta era a 1ª vez que eu saia de casa durante o dia em semanas, e admito que é estranho, especialmente porque apesar de Loki me garantir que não havia qualquer risco, já que a pulseira que ele me deu tinha um feitiço poderoso para afastar os Raakshas, eu ainda me sentia insegura e tinha medo de que mais pessoas acabassem morrendo por minha causa, caso Devi desse um jeito de vir atrás de mim de outra maneira.

Por isso, eu ainda olhava para os lados, conferindo se nada suspeito poderia estar acontecendo ao redor, enquanto Rafael me seguia pelo estacionamento até adentramos o estabelecimento onde eu havia combinado de me encontrar com Camila. Ele ficou no balcão da cafeteria em um local estratégico para poder me ver mesmo estando afastado, enquanto eu me dirigia até a mesa aonde minha amiga já me esperava. Pra ser sincera eu não gosto muito da ideia de ter Rafael grudado em mim para "me proteger", porque nas atuais circunstâncias ele talvez não conseguisse me proteger como antigamente, afinal estamos falando agora de criaturas com magia, e talvez uma arma de fogo não fosse a maneira mais eficiente de lidar com isso. Mas, o próprio Rafael insistia, já que se sentia mal pelo evento com os Raakshas onde ele me deixou voltar sozinha e acredita que se ele tivesse me levado pra casa conforme o combinado, aquilo tudo não teria acontecido. Eu o entendo, e pelo apreço que tenho por ele, permiti que ele ficasse na minha cola quando Loki não estivesse comigo, apenas para aliviar sua culpa descabida e sem sentido. Isso infelizmente me faz lembrar da época desagradável onde tudo que eu fazia era monitorado e controlado, especialmente por minha avó. Admito que a única coisa boa advinda da morte dos meus pais, foi a não necessidade de continuar morando na casa de minha avó, coisa que meu pai não teve coragem de fazer mesmo depois de se casar com minha mãe. Ir morar sozinha e trazer Asami e Rafael comigo para livrá-los da elitista senhora Nakashima foi a melhor coisa que eu fiz desde que me tornei adulta.

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