Tudo que Kali queria era trazer seus pais de volta a vida, depois de perdê-los em um trágico acidente de carro. Seu desejo parece ser possível de se realizar quando ela decide largar tudo e investir nas descobertas cientificas que havia feito com um...
Seus olhos são como de anjo, mas, seu coração é frio
Não é preciso perguntar Ele é um sutil conquistador Sutil conquistador
Sade – Smooth Operator
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— Essa postura perfeitamente correta vem de onde? — Perguntei, observando a jovem de descendência japonesa se posicionar de pé, com ambas as pernas ligeiramente espaçadas, uma posicionada um pouco mais à frente da outra, enquanto suas mãos se mantinham uma sobre a outra, na altura do tronco dela. — Humanos normalmente vivem curvados.
— Tenha sua avó como professora de etiqueta, e seu pai como professor de kenjutsu, e saberá porquê. — Kali brincou, ao direcionar o olhar em minha direção momentaneamente, sorrindo ao fazer isso.
— Vejo que não fui o único com uma criação extremamente exigente. — Respondi, a olhando e movimentando a cabeça positivamente, a influenciando a realizar a tarefa proposta: materializar algo e torná-lo permanente.
— Dos males de se ser parte da elite ou da realeza. — Ela brincou, materializando um pouco de energia entre as duas palmas, o tom roxo que emanava das mãos dela era belo e atrativo, quase hipnotizante. Era realmente satisfatório ver a evolução de Kali em alguns poucos dias.
— Males?
— Privação da liberdade de escolha, quando nos manipulam para ser o que eles querem ou precisam, não o que somos de verdade.
— Eu sou exatamente quem eu deveria ser.
— Uma serpente trapaceira?
— Você adora me chamar de serpente, eu deveria virar uma, e morder você.
— Hm... Se você virar uma serpente, vai ter as mesmas habilidades biológicas que uma serpente de verdade? — Ela parou o que estava fazendo e se virou para mim, com a sobrancelha arqueada, divagando sobre sua própria pergunta. — Digo, injetaria veneno em mim quando me mordesse? — Ela olhou para cima, pensativa. — Porque não seria boa ideia, já que se eu morrer você também morre. — Ela pontuou, voltando a me encarar. — Ou você não adquire todas as características daquilo em que se transforma?
— Que tipo de questionamento é esse?
— Você pode virar qualquer coisa ou pessoa, não é? — Ela perguntava e eu então afirmava com a cabeça. — Pode se transformar no Bucky Barnes? É meu macho favorito do seu universo.
— Bucky? — Meu tom de voz não escondia o espanto e o desgosto diante da pergunta dela. — O Soldado com braço de metal, amiguinho do Capitão América? — Franzi a testa, a encarando de volta. — Você jura que ele é o homem que mais te atrai no meu universo?
