Capítulo 6 - A viagem

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"Question

(pergunta)

Tell me what you think about me

(Me diga o que você acha de mim)

I buy my own diamonds and I buy my own rings

(Eu compro meus próprios diamantes e compro meus próprios anéis)

Only ring your celly when I'm feelin' lonely

(Seu celular toca somente quando me sinto sozinha)

When it's all over, please get up and leave

(Quando tudo acabar, por favor, levante-se e saia)

Ao som de "Independent Women - Destiny's child" Joyce toma seu banho matinal mais animada do que o costume fazendo caras e bocas, imaginava-se arrasando na sua própria turnê. Até que despertada de seus devaneios com batidas de sua mãe na porta. 

— Olha a água!! Para de gastar. Seu pai não é o dono da agência de água. 

— OK

Claro que o problema não se resume ao fato de Ronaldo não ser o dono da agencia de água. O desperdício é algo gravíssimo que deve ser combatido! Mesmo após o banho a garota continuava imersa na música, agora ouvia "upgrade U" utilizando-se dos fones de ouvido. Foi assim que preparava seu café e terminou quebrando um ovo ao derruba-lo no chão. 

— Droga! — Exclama

Limpou a sujeira que acabara de fazer antes que sua mãe retornasse à cozinha. Não queria ouvir bronca a esta hora do dia. Depois de limpar tudo e jogar o papel toalha no lixo Raquel aparece. 

— Está realmente animada para esse show, né? Mesmo sabendo que fica a milhares de quilômetros de distância. — Diz entristecida

— Sim, mãe. — Suspirou sorrindo — Nunca imaginei que um dia isso poderia se tornar possível. 

— Queria que se dedicasse tanto assim para a escola.

— Talvez, um dia faça isso — Dá de ombros.

— Estou feliz por você... Embora, meu coração esteja entristecido. — estende o braço chamando-a para um abraço. — sempre será minha menina. 

 Eu vou voltar, Mãe — se encaixa no abraço —  Não se preocupe. São apenas dois dias, hoje e amanhã. Na segunda estou de volta. — sorri carinhosamente para a mãe.

— Tudo bem! Tudo bem! — afasta-se — Coma que o carro já já chega. — Sai deixando Joyce sozinha na cozinha.

Na sala alguém bateu à porta, era Vanessa animada e acompanhada dos pais. Bom anfitrião Ronaldo os convida para entrar. Assim que ouve a voz de Vanessa, Joyce surgi na sala com a boca cheia de comida acenando para a amiga, sendo repreendida pela mãe. Prontas, aguardam na sala o carro da rádio. O horário combinado foi as 8:10, porém os minutos começam a passar e nada do automóvel chegar, o que deixou as meninas tensas, ansiosas e preocupadas. Será que haviam esquecido delas? Será que algo tinha dado errado? Vanessa estrala os dedos das mãos só em pensar nessa possibilidade. Ao mesmo tempo Joyce não conseguia sentar-se. De tempos em tempos a jovem parava em frente a janela roendo as unhas.  

— Tem calma, Joyce. Eles vão chegar — Fala Raquel tentando tranquilizar 

— Eles devem ter se atrasado... Trânsito congestionado — sugeri Janete

— Ou simplesmente desistiram — solta João que é imediatamente repreendido pela mulher. 

 Joyce desiste de ficar em pé e senta ao lado da mãe. 

— Será que esqueceram? — Pergunta Joyce

— Não! — Vanessa vai até a janela — Eles não podem esquecer — Nenhum sinal do carro. — Deve ter uma explicação. Liga para eles. 

A loira liga. O telefone chama e cai na caixa postal. Frustrada abaixa a cabeça apoiando-as nas mãos. Já não sabia mais o que pensar. Vanessa também volta a sentar. Passam se mais tres minutos e um carro buzina. As meninas correm para a Janela, constatando ser realmente o pessoal da rádio, sorriem aliviadas. 

 João e Ronaldo levam as malas para o carro. Enquanto isso, as meninas juntamente com suas mães conhecem e cumprimentam Bárbara, a repórter encarregada de entrevistar as meninas a caminho do aeroporto. Ela pede desculpa pelo atraso e após tirar algumas dúvidas de Raquel e Janete, entra no carro com Joyce e Vanessa. Os pais vão em seus próprios carros.

Durante o trajeto, Bárbara faz uma live com as meninas no Instagram da rádio, apresentando-as e fazendo algumas perguntas, como, a quanto tempo são fãs de Queen B, quais são suas canções favoritas, etc. Longe dali, não só Wallace e Otávio como também algumas pessoas com quem estudavam acompanhava a live. Entre elas, Erica, que se mordia de raiva de tanta inveja de Joyce. 

Logo após 20 minutos no trânsito, o carro finalmente chega ao aeroporto. Cada uma anda em direção ao balcão de atendimento, precisavam fazer o check-in. Tudo pronto é hora de despacha as bagagens. Recebem o código de rastreio e é chegado a hora da despedida. Tinham que ir para sala de embarque, e só entra quem vai viajar. Assim próximo aos detectores de metais as meninas se despedem dos pais. 

— Toma cuidado, minha filha — Adverte Raquel abraçando-a forte — Não vá fazer besteira — olha em seus olhos — E obedeça a Cristina. lembre-se que não estaremos lá para te acudir — Alerta. Joyce sorri em sinal afirmativo. 

— Te amo, Vanessa — beija a bochecha da filha — Se comporte e tome cuidado. Tem muitas pessoas de má índole por ai. Não entre em carros de estranhos. Obedeça e esteja sempre perto de Cristina. 

— E o mais importante! — começa o pai — Não vá namorar! Cuidado para se iludir. Esses estrangeiros amam se aproveitar de Brasileiras. Acham que são bestas.* 

— Isso vale para você também, Joyce. Nada de se aventurar com estranhos. 

As meninas permanecem caladas. recebem mais um abraço e seguem para o detector de metais e, posteriormente, sala de embarque. Lá aguardam ansiosas para entrarem no avião rumo a realização de seus sonhos. 

 

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