IV Inferno

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Era uma vez um lugar que não era um lugar.

Ele tinha muitos nomes: Avernus, Gehenna, Tartarus, Hades, Abappon, Sheol....

Era um local de dor e chamas e gelo, onde, há tempos cada pesadelo havia se tornado real.

Nós o chamamos de Inferno.

A maioria de seus habitantes não o considerava um lugar agradável,porém, estando mortos, e estando lá, (Assim eles imaginavam) contra a vontade, suas opiniões contavam pouco.

E, na verdade, se o inferno fosse agradável, eles se sentiriam enganados: eles permaneciam lá por causa da dor, do sofrimento, do tormento. O que eles receberam em abundância.

Os outros habitantes desse lugar não eram mortos: mas também não eram vivos, em nenhum sentido biológico da palavra.
A humanidade os chamaram de demônios, mesmo sem compreender o que haviam batizado.

Havia pouco em comum entre a raça de demônios e as legiões de almas amaldiçoadas, com quem dividem os limites infernais. Porém todos concordavam em uma coisa.

Aquilo era tão ruim quanto possível. Não podia ficar pior.



Sonho reuniu seu povo, os preparou com sua possível morte, os delegou funções de e deixou Lucienne no comando.
Caim foi enviado até o leste do inferno avisando o soberano do submundo sobre a cheganda do Rei Dos Sonhos. Afinal Morpheus sabia que devido a sua marca, Caim não poderia ser morto e nem ferido.
Em forma de Corvo Morpheus voava até o inferno.


•Morpheus•

Há um vento soprando entre os mundos. Um vento frio.
Ele grita silenciosamente através dos lugares vazios. O vento do nada, viajando sem viajar, na desolação não criada. Sinto frio.

Aqui não é um lugar afinal. E entre lugares. É lugar algum.

Um breve pensamento: eu poderia permanecer aqui abandonar minha busca, flutuar eternamente no vazio, a salvo, frio e sozinho.

Não! Fazemos o que devemos. Espanto o pensamento.


E o vento já esta morrendo, indicando a transição de lugar algum para onde. As brumas começam a partir.

"Bem-vindo ao Inferno" digo a mim mesmo E tenho medo.

Bem-vindo ao Inferno.

Chego até os portões.
A paisagem do Inferno e mutável, se houver poder sobre ela. E eu tenho certa autoridade, mesmo aqui.

Com cautela procuro o lugar que busco

Nada está presa nos penhascos que circundam o NÃO-CHORAR numa cela cavada em pedra, forrada com finas e pontiagudas lascas de vidro vulcânico. Não há comida ou água naquele lugar

Ela deve estar Faminta há muito tempo. Presumo que ela esteja faminta.

Chego até a torre, entro dentro da cela e ela está absolutamente vazia.

Eu penso: Eles a levaram. Eles a esconderam de mim.

Eu pondero:Ha algo profundamente errado, mesmo para o Inferno, ha algo errado.

Eu ouço silêncio, puro e morto. Tateio,com minha mente ,Ninguém.

-LÚCIFER!.

Grito, vagando pelo inferno. Mas o avisto voando perto de um penhasco.

-Lúcifer! Onde está ela? O que você fez? Onde a escondeu?

-Olá, Sonho. -Sorriu. Tire esse elmo idiota e vamos conversar.

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