Capítulo 4

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Após chegar a casa naquela noite a morena toma um banho demorado e arranja-se com todo a calma e preparo, fazendo um esforço para limpar a sua mente em relação a Eric, que por razões absurdas não para de voltar aos seus pensamentos. Após duas horas de preparo Angelina escolhe um belo vestido vermelho e preto e faz uma maquilhagem a condizer. Ao olhar o seu reflexo no espelho sente-se empoderada, "um mulherão" como diria a sua melhor amiga se estivesse aqui agora. Pegando na sua mala, telemóvel, carteira e chaves, sai de casa em direção ao seu carro.  Mal se senta recebe uma chamada de Elaine dizendo o nome do restaurante onde iriam jantar, colocando no GPS a morada segue caminho.

O restaurante "Euphoria"  ficava apenas a quinze minutos de distância de seu casa, ao chegar lá entra dizendo ao rececionista o seu nome, ao que  o mesmo assente e pede que o siga. Ao vê-la Elaine levanta-se com um sorriso animado no seu rosto, o seu belo vestido de cetim destaca-se, deixa-a ainda mais deslumbrante do que já é. - Finalmente temos um tempinho só para nós as duas. - diz, abraçando-a. 

- Nós vimo-nos na semana passada, e trocamos mensagens praticamente todos os dias. - diz retribuindo o abraço.

- Mas para mim isso é como se não nos víssemos á um ano. - diz afastando-se e sentando-se, a morena sorri e senta-se também.

- Eu pedi uns cocktails de cereja para ambas. - diz apontando para os copos sob a mesa.

As duas levantam os copos fazendo um brinde, em seguida pegam no cardápio e dão uma vista de olhos rápida. Logo o empregado de mesa de meia idade aproxima-se com o pequeno bloco e caneta nas mãos. - Boa noite senhoras. - cumprimenta. - Já sabem o que vão querer? - pergunta entreolhando-as.

- Eu vou querer as lulas recheadas e uma salada mista. - diz Angelina, fechando o cardápio.

- Eu vou querer o mesmo e salada é para as duas. - diz fechando o cardápio e entregando os dois para o empregado.

- Com licença. - pede, caminhando em direção ao balcão.

Mal se encontram sozinhas Elaine não perde tempo em iniciar a conversa. - Então conta-me as novidades sobre o novo caso. - pede juntando as mãos e apoiando a cabeça sobre elas.

A sua ansiedade era quase infantil e não deixava de ser engraçada. - Não há nada demais para contar a não ser aquilo que já te tinha dito. Ele está na prisão há doze anos e eu estive a rever o caso e as acusações contra ele não fazem sentido, aliás pelo que eu revi o antigo advogado dele nem se importou em investigar ou defendê-lo. - diz pegando o copo e dando gole da sua bebida.

- Porque estás tão interessada em ter este caso? - pergunta curiosa.

- Porque me faz confusão ver um homem tão jovem, com uma pena tão pesada, sendo que ele até pode ser inocente. - diz dando de ombros.

Elaine encara-a por alguns segundos. - Ele ao menos é bonito? - pergunta sorrindo maliciosamente.

A morena sente o seu rosto corar. "Sim ele é lindo, dá vontade de cometer locuras!". A sua mente maliciosa grita na sua cabeça. - Sim ele é bonito.  - diz tentando parecer desinteressada.

Mas para seu azar Elaine conhecia muito bem as suas reações fingidas e o quanto ela era uma péssima mentirosa. Sorrindo de lado apenas diz: - Eu vou fingir que acredito nesse teu desinteresse no prisioneiro gostoso. - diz rindo divertida.

Logo a comida chega, tudo têm um cheiro e sabor delicioso. Enquanto comem mudam de assunto para os negócios de Elaine, que a mesma relata com orgulho e entusiasmo. Ao menos dessa forma Angelina consegue por algum tempo esquecer o homem que lhe atormenta os pensamentos.

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