Capítulo 9

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1 mês depois:

Angelina caminha calmamente pela rua observando as montras das lojas. Apesar de ambas as mãos estarem repletas de sacos ela não conseguia controlar-se, apenas queria comprar o máximo de roupa possível.

Quando se preparava para entrar, alguém grita o seu nome de forma irritada, diria até furiosa. Quando se vira para trás para encontrar o dono da voz, as suas mãos soam e a sua pele arrepia-se de medo e nervosismo. A última que ela precisava era de encontrar Joe. Já não o via há mais de cinco meses, desde que obtera um ordem de ordem de afastamento contra ele. Durante os dois anos de namora ele havia-lhe feito a vida negra e quando ela decidiu terminar a sua relação, se é que se pode chamar de relação, ele passou a persegui-la que nem um louco durante quatro meses. Por conta disso ela teve de mudar de casa duas vezes, há quase dois meses ele parou, mas por conta do destino que parecia divertir-se a gozar com a cara dela, ele voltava a encontrá-la. 

- Joe o que é que estás aqui a fazer? - pergunta aflita.

- O que é que eu estou aqui a fazer? É só isso que tens para me dizer, Ange. Afinal já se passaram o quê, seis meses?  Não tiveste saudades minhas? - pergunta cínico.

- Afasta-te de mim seu louco doente! - digo alto, algumas pessoas ao nosso redor observam a situação mas nada fazem. 

- O que é que é que foi que me chamaste!? - indaga enfurecido. 

- Foi exatamente aquilo que ouviste seu doente! AFASTA-TE DE MIM DE UMA VEZ POR TODAS! - grito furiosa.

- SUA VADIA! - grita levantando a mão pronto a bater-me.

Fecho os olhos já esperando o golpe forte no meu rosto, mas ao invés disso ouço um estrondo e um grito de dor do Joe. Não entendo o que aconteceu, até abrir os olhos e encontrar o homem que me atormente os sonhos mais íntimos no último mês. Erik está de pé  numa pose de homem das cavernas, os seus punhos fechados e uma expressão de raiva no seu belo rosto masculino, o que só o deixa mais bonito do que ele já é.

- Erik... - murmuro.

O idiota geme de dor e surpresa. - Fizeste-me sangrar seu filho da mãe! - indaga. - Mas quem és tu afinal? - pergunta ainda sentado no chão, com a mão sob a sua boca.

- Sou alguém com quem tu não te queres meter! É bom que te lembres disso cada vez que penses na minha mulher! - grita apontado para mim.

As suas palavras chocam-me mas não de raiva, indignação, mas sim de pura surpresa. A forma como ele me chama "minha mulher" foi tão primitiva e convicta que se tornou extremamente sexy. Sem perder mais tempo caminha até mim pegando alguns sacos das minhas mãos, e com a mão livre segura a minha mão desocupada e começa a caminhar levando-me para longe dali, o maldito grita  enraivecido "isto não vai ficar assim!".

Mas eu não me queria importar com isso, neste momento só quero conversar com Erik e agradecer-lhe por me ter defendido.

As Leis Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora