História: O espécime foi capturado depois da descoberta de um laboratório genético clandestino na floresta amazônica, na ocasião, o NHP estava com um irmão de características parecidas no prédio abandonado e se alimentava de pequenos animais. Diferente do irmão, o NHP se sente confortável e pouco agressivo na presença de humanos.
Características: veneno muito concentrado, observa aparência de cobra da cintura para baixo assim como língua bifurcada e pele escamosa em alguns pontos do dorso..
Foto para referência:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Eu tinha esse tamanho - o NHP levanta a mão a uma altura que calculo como um metro do chão.
- Cerca de quatro anos de idade, eu imagino. Alguma lembrança antes disso?
Rudá se enrola sobre o carpete até ficar mais alto que um homem adulto comum e olha pela janela do quarto, há grades maciças de ferro cobrindo-as, ainda assim é um lugar privilegiado, dá para ver e, dependendo do horário, sentir o Sol, pequenas linhas iluminadas aparecem em seu rosto quando uma nuvem se afasta, fazendo o vermelho brilhar mais intenso.
- Eu era como você, eu acho. Não me lembro bem.
- Com pernas - eu movo a caneta para minhas coxas, eu e Rudá estamos separados apenas pelo vidro reforçado, embora ele não tenha mostrado sinais de agressividade desde que fora separado do irmão.
- Sim, mas não tenho certeza. As minhas lembranças são todas com o corpo desse jeito.
- Eu gostaria de examiná-lo, se for conveniente para você.
- E se eu recusar? - ele desce desenrolando sua calda e rasteja até mim, nessa posição ele ainda é da minha altura, o que o torna impressionante com mais seis metros de calda tocando o chão.
Eu engulo as promessas vazias. Rudá é nitidamente um homem adulto, sua aparência sugere vinte e poucos anos, não dá para tratá-lo como se não entendesse de coisa alguma.
- Não vou mentir para você, caso eu não tenha resultados, outro médico passará a fazer o atendimento e nem todos os meus colegas vão se importar em pedir.
- Tá bem, que exames precisa fazer?
- Bem, vamos começar com um menos invasivo. Uma radiografia.
- Isso dói? - ele abaixa a voz e desvia o olhar, como se tivesse vergonha de sentir medo.
- Não, vamos deitá-lo em uma mesa de metal e tirar algumas fotografias internas, dos seus ossos. Se você nasceu humano, é possível que os ossos das pernas ainda estejam aí.