Em 1983!?...

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     Era uma tarde de verão, eu estava sentada ao lado do impala com o diário do meu avô John Winchester enquanto meu pai e meu tio conversavam com os sobreviventes de um ataque em um acampamento. Eu estava distraída, no entanto comecei a sentir uma presença estranha. Levantei e fechei o diário, olhei em volta a procura de alguém que pudesse estar por perto, quando me virei e fui em direção a floresta avistei uma figura misteriosa correndo mata a dentro. Segui a pessoa misteriosa até o meio da floresta, poderia ser perigoso estar ali se fosse um dos campistas.

     Chegando em um determinado ponto a figura misteriosa parou, murmurou algumas palavras e quando observei o chão sob meus pés pude notar alguns desenhos estranhos. Todas as laterais dele começaram a brilhar, antes que eu pudesse me afastar dele o suficiente para fugir, o brilho aumentou, tudo ficou branco, e de repente… eu estava em uma cidade… estranho… era uma cidade pequena, tipo de cidade que você vê em filmes dos anos 90, casas com cercas brancas e grama aparada… com certeza diferente de tudo que eu estava acostumada.

     Percebi que ainda estava com o diário do meu avô… estava tudo tão confuso… resolvi dar uma volta e tentar pedir informação, talvez alguém pudesse me dizer onde eu estava.
Fui até uma cafeteria próxima de onde eu estava, lá perguntei ao atendente que lugar era aquele.

— Com licença… pode me dizer que cidade é essa? 

Ele me olhou com uma expressão ligeiramente confusa.

— É Lawrence… no Kansas! 

Senti o chão sob meus pés sumir por alguns segundos… Lawrence… não podia ser!

     Olhei em um jornal que estava jogado sobre o balcão… eu mal pude acreditar no que estava vendo! De alguma forma estou em 1983… Como!? Porquê!?... Caramba, e como se já não fosse o suficiente as únicas coisas que tenho são um celular com 73% de bateria e alguns dólares na carteira, que a menos que eu descubra como voltar para o meu tempo em 2 dias, não vão durar muito.

— Você está perdida? — O atendente perguntou enquanto preparava um café para o homem que estava ao meu lado.

— Eu diria que cheguei aqui um pouco adiantada… — Respondi em um tom quase inaudível. Estava sentindo um pouco incomodada com essa situação, seja lá qual foi o feitiço lançado sobre mim, eu precisava descobrir como reverter.

A porta da cafeteria se abriu e um homem entrou.

— Hey Mike!! Como vão as coisas!? — O atendente perguntou a ele.

— Não tão bem, desde o incêndio… — Mike comentou com o atendente ao qual o nome estava em um crachá no seu peito, Ele se chamava Larry.

— É, imaginei! Como está John? — Larry perguntou, e isso imediatamente chamou minha atenção.

— Mal… você não faz idéia… — Mike respondeu enquanto mexia sua xícara de café.

     "John" será que eu estava certa? Esse tal Mike estava falando de John Winchester!?... meu avô… caramba! Tive um flash de memória, 1983, o mesmo ano em que minha avó morreu no incêndio. Não podia ser coincidência! Lawrence, 1983, incêndio… eu estava na cidade natal do meu pai.

Um mês no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora