Conhecendo o corpo dela

265 13 3
                                    

(Julia)
Todos estavam cansados do dia, depois de tanto trabalho, menos a Simone que queria por tudo comer um sushi. A Leila do vôlei disse que precisava malhar porque no outro dia não teria tempo, a Eliziane não poderia porque tinha marcado de pregar em uma igreja local, Baleia Rossi muito menos, queria ir pro hotel tomar um banho e dormir, no final, sobrou apenas nós duas. Eu, apesar de odiar sushi, topei, não poderia deixar a oportunidade de passar um momento só com a Simone.

Simone falou que precisava passar em casa antes mas que seria rápido, entramos no carro e o motorista seguiu até a casa dela. Me senti muito poderosa andando naquele carrão com motorista enquanto ela falava com a família ao telefone e eu admirava a paisagem, eu estava tão neurótica que as vezes, tinha a impressão que ela estava olhando para os meus seios, com camisa social ficavam mais avantajados. Fiquei lutando contra os meus pensamentos e tentei disfarçar, até chegarmos no apartamento dela em Brasília. Ela fez questão que eu subisse para espera-la lá dentro, sem jeito eu fui. Uma menina de Pirenópolis toda desajeitada conhecendo o apartamento da senadora mais querida do Brasil, pra mim aquele era o momento mais épico da minha vida.

O apartamento era lindo, cheio de espelhos, lustres, móveis antigos e fotos das filhas, ela amava as Marias mais do que tudo. Fiquei no sofá vendo vídeos sobre espiritualidade enquanto ela tomava banho e se arrumava, só de pensar que ela estava no comodo ao lado totalmente nua e molhada, me fazia ter febre de tanto tesão. Ela saiu do quarto já vestida mas de cara limpa, sem maquiagem, fui notando a presença dela lentamente, como em um filme em que aparece uma miragem no meio do deserto. Meu deus, ela era linda, que pele perfeita, rosada, cada linha de expressão do rosto dela só dava mais charme ao olhar encantador e ao sorriso mais branco que já tinha visto na vida, sem falar daqueles lábios rosados que a todo instante pareciam um convite, ainda mais quando ela fazia aquele biquinho charmoso e fofo. Tudo nela parecia um convite para permanecer nos seus braços pra sempre.
Ela falou algo comigo mas eu não lembro exatamente o que foi porque estava hipnotizada, só acenei com a cabeça e falei:

Julia: Ta pronta? Podemos ir?
Simone: Lá vai ter muita gente? Posso ir assim? Não tá muito básico?
Julia: Imagina! Tá ótimo! A essa hora não vai ter ninguém lá...

Chegando lá ela pediu um combo de 10 peças de Hot Tradicional e eu pedi um coca cola com ceviche na taça, já que era mais temperado, dava pra comer. Não demorou muito para a comida chegar, afinal só tinha nós duas no restaurante inteiro. Enquanto comiamos ela falava sobre a saudade das Marias, mostrava fotos da sua família e intimidade familiar. Cada risada dela parecia que me confortava e meu coração ficava quentinho. Eu só conseguia pensar em como era bom ter ela por perto mesmo que ela talvez nunca chegasse a ser minha...
Não demoramos muito lá, eu como sempre falei pouco, comentei superficialmente sobre meus pais e sobre uma possível faculdade, na minha cabeça a Simone não teria muito interesse na vida de uma menina comum como eu e só falei porque ela perguntou.

Chegando no meu hotel eu me despedi dando um abraço, agradeci pela atenção e fui logo saindo do carro, quando me virei ela me chamou e falou:

Simone: Julia...
Julia: oi...
Simone: Que tal se você pegasse suas coisas e dormisse lá em casa hoje? Eu não queria dormir sozinha e fica até melhor porque eu viajo amanhã para uma cidade vizinha a Pirenópolis, posso te dar carona... (Me convidou meio apreensiva)
Julia: Ta bom... Pode ser ... (Nos encaramos por 3 segundos e eu me virei pra por ordem na minha mente)

Naquele momento, eu falava pra mim mesma não me empolgar e não ver coisa onde não tinha... Parecia bom demais pra ser verdade, mas eu não podia ficar me iludindo pra depois sofrer, achando que teria alguma coisa. Porém, assim que entrei no carro, senti um clima diferente, eu não sabia explicar mas ela não estava me tratando como sua "filha" ou como a tia gente boa, tinha um ar de desejo obscuro que eu não sabia exatamente como explicar. Ao entrar no apartamento dela já notei...
Ela falou que o quarto de hóspedes tava ocupado, cheio de bagunça e que eu iria dormir no quarto dela, a cama era king e caberia nós duas, me levando ate o quarto e deixou que ficasse a vontade pra me trocar.

A Jovem SenadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora