Sweater Weather-Guapoduo.

oito.

E naquele dia, o clima estranho já não era mais novidade para ninguém. Dormir sozinho, também não era uma novidade para q!Roier desde que Bobby morreu, mas era estranho. Ele se revirou em sua cama, sentindo-a gelada e se incomodou com aquilo.

Onde estava seu gatinho? Ele pensou enquanto se sentava, olhando para seu relógio.

2:00 horas da manhã.

Se bem conhecia o investigador, o mesmo estaria em seu escritório trabalhando até tarde e se não fosse pelo moreno, passaria noites ali, na mesma posição desconfortável e sem ver uma cama decente por dias. Se levantando de sua cama e colocando o primeiro moletom que via pela frente (sendo coincidentemente um dos milhares do homem aranha que ele tinha) pegou seus itens básicos de sobrevivência, e sua warpstone e em poucos segundos já estava na nova residência do loiro. Ele olhou no castelo primeiro, que ainda não estava pronto e ficou admirado. Os dois mau começaram a construir (q!Foolish e q!Cellbit) e já haviam feito tão grande progresso… mas ele não estava ali para observar o grande castelo gótico.

Vendo que o castelo estava vazio, ele se pôs a descer a montanha para o sopé da mesma, onde havia uma casinha escondida no meio das pedras que assim que você vê, não consegue mais fingir que não a viu. Ele bateu na porta com cuidado, não ouvindo o característico “Quem é?” do outro homem de imediato. Bateu de novo. Nada. Bateu de novo. Apenas um silêncio perturbador no ar que o deixou nervoso. O homem só não estava em casa ou passou mal depois de dias sem comer?!

Diversas possibilidades se passavam em sua cabeça, e ele abriu a porta com um estrondo encontrando o lugar totalmente abandonado. Uma lufada de ar passou por seu rosto deixando-o  de bochechas e nariz vermelhos de frio, e ele entrou na casa, como se fosse sua, e acendeu uma tocha colocando-a em um gancho,  enquanto  sentava-se na cama do outro homem, achando jogada na mesma um casaco do mesmo. Ele deu um sorriso doce lembrando-se do investigador e acalmando sua mente. q!Cellbit só deveria ter saído para explorar, e só voltaria tarde como de costume.

Mas q! Roier sentiu que mesmo que isso o acalmasse também o deixava um pouco triste. Há dias q!Cellbit estava lhe prometendo que iriam sair para explorar, juntos, e agora, o mesmo havia saído para explorar sozinho? Ele encostou-se na parede, quase abraçado com o moletom do outro homem a altura do rosto, aspirando o cheiro de grãos de café e café recém pronto que impregnava as roupas do investigador, e sentiu-se em paz. Todos os pensamentos que lhe perturbavam sumiram de sua mente quase como num piscar de olhos, e o mundo também.

Embora a casa sem o dono da mesma parecia vazia e fria, q! Roier ainda encontrou calor na mesma pensando em momentos os quais passou ali e fechou seus olhos, seus pensamentos não mais tão turbulentos quanto antes.

Seu gatinho logo chegaria.

E ele não se importaria de ter uma certa aranha dormindo em sua cama, não é mesmo?