-Quatro.

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Eles finalmente conseguiram se encontrar depois de tudo.

Depois de terem falsas esperanças, depois da morte de Bobby, depois da briga com q! Forever, depois de toda a bolha a qual escolheram viver explodir, após decisões serem tomadas.

q! Roier correu em direção ao homem, gritando-o “Gatinho!” em alto e bom tom para o mesmo escutá-lo e quando ouviu o “Guapito” quase inaudível ele sabia que nada estava bem, o mundo não estava bem.

  Eles se abraçam em silêncio e foi como se o mundo parasse ali, como se a vida acabasse ali. E no fundo de seus corações eles desejavam isso, desejavam que tudo acabasse e que pudessem apenas voltar no tempo, onde as coisas não eram difíceis, onde a vida era fácil.

— Guapito, eu preciso que você acredite em mim. —O cabeludo fala, segurando o rosto do mexicano com as duas mãos, seus óculos escuros que substituam agora seus clássicos óculos de explorador, foram retirados por q!Roier, que olhou no fundo dos olhos azuis, perdendo-se neles, como se estivesse à deriva num oceano que olhava de volta para ele.Eles falavam perigosamente perto um do outro, palavras sussurradas ao vento tão baixas que eles mal conseguiam ouvi. — Eu não tenho nenhuma evidência real por agora, mas eu estou… — Ele fez uma pausa. — Tentando entrar na federação.

E na percepção de q!Cellbit, o mundo ficou em silêncio por alguns minutos. Ele mordeu seus lábios tentando conter sua ansiedade, só existia ele e o mexicano neste instante. A forma que q! Roier iria reagir era tudo que importava para ele, saber se seu guapito iria apoiá-lo ou não era tudo que ele precisava saber, estava decidido a contar tudo para ele. Ele poderia mentir para todos, para seus amigos, para sua família, para q! Forever, menos para aquele a quem entregou seu coração de forma tão sincera.

— Sério? —q! Roier falou, parecendo surpreso, enquanto franzia suas sobrancelhas, ouvindo um “sim” baixinho vindo do homem cabeludo a sua frente.

— Talvez…eu consiga trazer Bobby de volta. É por um bom motivo, eu te juro. Eu só quero saber… se eu posso confiar em você? —Pergunta q!Cellbit, fechando seus olhos, se preparando para sentir o tapa, sentir o sentimento de rejeição, de saber que agora estava definitivamente sozinho.

Até que ele foi surpreendido por uma mão gentil que repousou em sua bochecha, o trazendo para perto. Um leve selar foi depositado em seus lábios, e ele abriu seus olhos quando q!Roier se afastou de si, não retirando a mão do rosto do brasileiro.

— Está bien, gatinho. Lo necesito. Necesito a Bobby de vuelta. Puedes confiar en mí al cien por cien, ¿lo sabías?
“Está tudo bem, gatinho. Eu preciso disso. Eu preciso do Bobby de volta. Você pode confiar em mim, cem por cento, sabes disso?” —Ele fala, fazendo um carinho na bochecha do outro, que sente as lágrimas começarem a rolar sem que ele percebesse. — Está bien gatinho. “Está tudo bem gatinho.”

— Não está tudo bem. Eu não quero te envolver em tudo isso. Eu não quero…ficar sozinho. —q!Cellbit fala, puxando o mexicano para si abraçando-o e colocando sua cabeça na curva do pescoço do mesmo.

— No estarás solo. Estoy aquí para ti y sé que tú estás aquí para mí, ¿está bien?
“Você não está sozinho. Estou aqui agora,  e sei que você também estará aqui por mim. ” —O mexicano fala, levando sua mão para fazer carinho nos cabelos do cabeludo que assentiu fungando, e apertando ainda mais seus braços no outro homem.

Ao longe, uma nuvem de chuva se aproximava, e o clima perfeito da ilha mudava. Estava ficando frio. E q!Cellbit nunca iria querer que seu guapito ficasse resfriado.

Sweater Weather-Guapoduo.Onde histórias criam vida. Descubra agora