Chapter One

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Dias atuais

Freen Point Of View

Sentia minha garganta queimar, estava seca. Meus olhos doíam, incomodado com a claridade. Escutava vozes ao meu redor, mais não conseguir reconhecer nenhuma. Meu corpo doía como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão.

- Freen

Essa voz me chamava, eu tentava reconhecer mais não conseguia. Eu já estava ficando desesperada, precisava abrir meus olhos. Eu não sabia onde eu estava, mais sentia que tinha uma coisa errada. Aos poucos fui conseguindo abrir meus olhos, a claridade incomodava mais eu tentava mantê-los abertos.

- Filha – Escutei a voz da minha mãe ao meu lado, voltei meu rosto para olhá-la. Eu já estava começando a entrar em pânico. O que tinha acontecido? Onde eu estava? Cadê a Becky? Essas perguntas pairava por minha cabeça e eu simplesmente não encontrava resposta.

- Freen está nos ouvindo? - Escuto a voz de um homem ao meu lado – Sou o doutor Saint, consegue falar?

Doutor? Ouvir essa palavra me despertou completamente, flashes horríveis começaram a passar minha cabeça. A gente tinha sofrido um acidente, meu coração começou a bater mais rápido, minha respiração ficou descompassada. Eu estava nervosa, tinha lembrado de tudo e eu precisava saber onde estava a minha namorada. Abri meus olhos e tentei me levantar em desespero, o médico que estava ao meu lado me segurou.

- Calma, Freen – Diz – Está tudo bem, mantenha a calma

- Re ... Rebecca – Falei olhando para a minha mãe – Cadê a Rebecca?

Minha mãe trocou um olhar com o médico como se estivesse pedindo ajuda, alguma coisa estava errada. Uma sensação não muito boa se instalou em meu peito. Olhei para os dois em busca de resposta.

- Onde está a Becky, mamãe? - Repeti –

- Freen – O médico me interrompe – Você se lembra do que aconteceu? - Pergunta.

- S...sim – Digo – Sofremos um acidente de carro.

- Quem estava contigo? - Pergunta.

- A minha namorada, Rebecca Armstrong  – Minha voz estava começando a sair trêmula – Onde ela está? Ela está bem?

- Sente alguma coisa? - Me ignora novamente e isso faz com que eu perca a paciência de uma vez.

- Sinto – Elevo um pouco mais a minha voz – Sinto que tem alguma coisa acontecendo e vocês não estão me dizendo.

- Freen, primeiro eu preciso saber como você está – Diz sério – É minha prioridade aqui, depois você terá as suas respostas – Me olha – Vou repetir, sente alguma coisa?

- Não – Digo – Apenas com o corpo dolorido

- ótimo – Se aproxima – Agora deixa eu te examinar.

Me deito naquela cama novamente, enquanto aquele doutor me examinava. Eu olhava para a minha mãe e ela se encontrava diferente. Estava estranha, seu olhar estava triste e ao mesmo tempo nervoso. Eu sentia no fundo do meu coração que tinha alguma coisa errada, essa sensação me consumia.

- É pra alguém que sofreu um acidente tão grave como foi o seu e passou mais de uma semana desacordada, você está muito bem.

- O que? - Respondo assustada – Uma semana? Eu dormir por uma semana?

- Você chegou aqui com traumatismo craniano Sarocha, seu cérebro tinha criado um edema e você precisava de repouso. Você dormiu o tempo que precisava para sarar esse edema, você se recuperou até um pouco rápido ao meu ver, tem pessoas que ficam bem mais tempo que isso. Mas, em todo caso, você está se recuperando bem.

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