Sobre nós

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(2017) *final do sétimo mês de gestação da Helena*

Helena Reis;

Hoje será o chá de fralda do Theozinho e eu estou muito ansiosa. Fiquei quase uma hora procurando alguma roupa que entrasse em mim, pois minha barriga está, simplesmente, enorme e, no fim, acabei optando por um vestidinho simples e soltinho.
Eu estava terminando de me maquiar, quando vejo Filipe entrando no quarto. Ele se aproxima de mim e deposita um beijo demorado em meus lábios.

-Você tá linda, mi amore.

-Obrigada, mon chéri.

Termino de me maquiar e Filipe me ajuda a colocar meus sapatos, pois eu não iria conseguir colocá-los sozinha.
Descemos para o salão de festas do meu prédio, pois o chá de fralda seria lá. Eu estava ansiosa para ver como estava toda a decoração, pois minha mãe que havia se encarregado de cuidar da decoração do chá de fralda do Theo. Assim que entramos no salão, vejo toda a decoração e, quase como de imediato, sinto algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

-Você gostou, meu amor?- minha mãe pergunta, se aproximando.

-Eu amei, mamãe.

Nós nos abraçamos e quando nos separamos, ela limpa as lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto e deposita um beijo de cada lado do meu rosto.

-Fico feliz que você tenha gostado, querida.

Não demora muito para que os convidados começassem a chegar. Cumprimentei todos e logo começamos a fazer as brincadeiras de chá de bebê. Eu, simplesmente, não conseguia parar de rir.
Após fazermos algumas brincadeiras tradicionais de chá de bebê, tirei algumas fotos e fui me sentar.
Neste momento eu e meus irmãos estamos conversando e rindo muito, enquanto comíamos.

-Falta pouco tempo 'pro Theozinho chegar agora, graças a Deus- minha irmã diz sorrindo. Ela e o Miguel estavam, extremamente, animados e ansiosos para a chegada do Theo.

-Não vejo a hora de ver o meu bebezinho- digo acariciando minha barriga, que estava gigantesca.

-Vou mimar tanto o meu menininho- Miguel comenta, acariciando minha barriga.

Ficamos alí conversando e rindo por um bom tempo, até que Filipe me chama para um canto reservado.

-Aconteceu alguma coisa, amor?- pergunto preocupada.

-Não, querida- ele responde sorrindo. -Eu só queria ficar um pouquinho a sós com você, minha morena.

O abraço e deposito um selinho demorado em seus lábios.

-Estou morrendo de dor nas costas e nos pés, amor.

-Quer que eu faça uma massagem em você quando voltarmos para casa?- Filipe pergunta, acariciando minhas bochechas.

-Vou querer sim, minha branquela aguada- digo sorrindo, o que o faz rir.

-Ai, eu te amo, Helena Reis.

-Eu também te amo, Filipe Ret.

Nos olhamos e logo Filipe ataca meus lábios. Era um beijo doce e suave, repleto de amor e carinho.
Ficamos alí, aproveitando a companhia um do outro por um bom tempo, até que minha mãe nos chama. Voltamos para a festa e minha mãe pega o bolo para cortarmos.

-Quer cortar?- pergunto para Filipe.

-Eu não sei cortar, querida.

-Eu te ajudo, amor- beijo sua bochecha.

Lhe dou a faca e me posiciono atrás dele, para que cortassemos o bolo juntos. Filipe corta dois grandes pedaços de bolo -que seriam para mim e para ele- e eu deixo para que minha mãe corresse os outros, pois eu não estava mais aguentando ficar de pé.
Com a ajuda de Filipe, caminhei até uma cadeira e me sentei na mesma, logo atacando o meu pedaço de bolo.

-Você tá levando muito a sério a música do Patati Patatá- Miguel diz se aproximando. -Aquela lá, "comer, comer, comer, comer é o melhor para poder crescer".

-Cala boca, Miguel- o xingo rindo.

-Miguel, deixa sua irmã em paz- minha avó Cecília diz e dá um tapa na nuca de Miguel, que depois resmunga passando a mão no local. -Ela está gerando uma criança e você só tá gerando gordura e fezes.

Miguel não responde nada, apenas cruza os braços e faz um biquinho com a boca.

-Por que o idiota aqui tá com cara de criança mimada fazendo birra porque não ganhou o que queria?- Gabi pergunta, pouco antes de se sentar ao meu lado e colocar meus pés em seu colo.

-Porque a vó repreendeu ele- digo rindo.

-Ele tava enchendo o saco da minha bebezinha só porquê ultimamente ela vem se alimentando muito mais do que o normal- minha avó diz, enquanto acariciava meus cabelos, que estavam ondulados. -Mas ele esquece que ela está se alimentando por dois.

-Vó, se eu fosse você, eu dava uns bons tapas nele- disse Gabi. -A senhora pode, você é a vó dele.

-Eu já dei um tapa na nuca dele.

Ficamos alí conversando, enquanto comíamos nossos pedaços de bolo.

Assim que a festa acabou, peguei os presentes que eu havia ganhado e eu e Filipe fomos para o meu apartamento, pois eu não tinha mais condições alguma de ficar lá embaixo.
Tomamos um banho juntos e Filipe fez uma massagem nas minhas costas, nas minhas pernas e nos meus pés.
Depois de fazer a massagem em mim, Filipe desceu para o salão de festas para ajudar os outros a removerem as decorações. Enquanto isso, fiquei deitada no sofá da sala, assistindo supernatural.
Antes que Filipe pudesse voltar para o meu apartamento, acabei pegando no sono.

-Querida- Filipe sussurra, me chacoalhando. -Vem, vou te levar 'pro quarto.

Filipe me ajuda a levantar do sofá e me leva até o meu quarto, onde ele me deita gentilmente na cama. Ele coloca o edredom sobre o meu corpo pouco antes de entrar no banheiro do quarto, que era a única coisa que iluminava o quarto. E não demora muito para que eu acabe pegando no sono novamente.