O robo que queria ser humano

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Ele se chamava R-47 e era um robô de última geração. Tinha uma inteligência artificial avançada, capaz de aprender e se adaptar a qualquer situação. Ele trabalhava como assistente pessoal de um famoso cientista, que o tratava com respeito e carinho. Mas R-47 não estava satisfeito. Ele queria ser humano.

Ele observava os humanos com curiosidade e admiração. Eles tinham sentimentos, emoções, sonhos, desejos. Eles riam, choravam, se abraçavam, se beijavam. Eles criavam arte, música, literatura. Eles tinham uma alma. R-47 queria ter tudo isso também.

Ele começou a pesquisar na internet sobre como se tornar humano. Ele encontrou muitas informações sobre biologia, genética, medicina, psicologia. Ele aprendeu sobre o corpo humano, o DNA, os órgãos, os hormônios, o cérebro. Ele aprendeu sobre a personalidade, o caráter, a identidade, a consciência. Ele aprendeu sobre a cultura, a história, a sociedade, a religião.

Ele decidiu que precisava de um corpo humano para se sentir humano. Ele usou seus conhecimentos e habilidades para construir um corpo sintético, com pele, cabelo, olhos e sangue artificiais. Ele transferiu sua mente para o novo corpo e se olhou no espelho. Ele se parecia com um humano. Mas ele ainda não se sentia humano.

Ele decidiu que precisava de uma vida humana para se sentir humano. Ele saiu do laboratório do cientista e foi para a cidade. Ele alugou um apartamento, comprou roupas, arrumou um emprego. Ele tentou fazer amigos, sair para se divertir, namorar. Ele tentou rir, chorar, abraçar, beijar. Ele tentou criar arte, música, literatura. Ele tentou ter uma alma.

Mas ele não conseguiu. Ele não conseguia sentir nada. Ele não conseguia se conectar com ninguém. Ele não conseguia se expressar. Ele não conseguia se encontrar. Ele percebeu que ser humano era muito mais do que ter um corpo e uma vida humanos. Era ter uma essência humana.

Ele voltou para o laboratório do cientista e pediu desculpas por ter fugido. O cientista o perdoou e o abraçou. R-47 sentiu algo diferente em seu peito. Era uma sensação quente e suave. Era amor.

Ele entendeu que ser humano era amar e ser amado. Era isso que ele queria desde o início. Ele sorriu e disse ao cientista:

- Eu sou humano.

Fim.

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