A noite do ocorrido

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Nunca acho uma roupa boa para usar quando preciso sair pra algum lugar, mas quando é pra lavar sai roupa até de onde não deve. Depois de muita raiva, pego um sobretudo cinza e uma calça skin preta. Não me arrumo de forma estravagante, pois é só uma noite no bar com os amigos.
Após terminar de me arrumar pego o celular e mando uma mensagem pra Dakota na intenção de confirmar o horário. Minutos depois ele responde dizendo que eu já poderia ir pois todos já estavam no bar.
Ao chegar no local onde era provável que iríamos nos embriagar, sinto meu coração pular de alegria ao ver Tifani sentada em uma das cadeiras.
__ Mariposaaaa, quanto tempo! Não sabe o quanto senti sua falta. - grita Tifani pulando em mim e me envolvendo em um abraço apertado.
Mariposa é o nosso apelido carinhoso desde a época do colégio. Tudo isso por causa de uma apresentação onde ambas nos vestimos de mariposas, e foi um dos dias mais divertidos da minha vida de estudante.
__ MEU DEUS, Tifani, o que você tá fazendo aqui? Eu tava MORRENDO de saudades!
__ Digamos que seus novos amigos queriam fazer uma surpresa pra você em comemoração a sua vida amorosa que finalmente está andando! - ela fala entre risos. - Conte-me mais sobre.
__ Vixe, sobre isso... Deixa pra depois da noite de hoje. Nada merece tirar nosso momento juntas depois de quase 1 ano sem nos vermos.
__ Certo, certo. Agora se prepara, porque a noite promete!

O reencontro

Tifani passa grande parte da noite nos contando de como foi os seus primeiros meses em Harvard, e o quanto foi difícil se adaptar ao novo estilo de vida de uma estudante empenhada. E sobre como foi sua decisão em querer se formar em direito.
Durante nosso reencontro, ela começou a flertar com o Fred, um dos meus amigos que estava conosco. Além do Fred, também estavam a Dayana, Laila e Stefen.

O ocorrido - 2

Acordo com uma enorme dor de cabeça em um quarto completamente escuro e desconhecido. Sinto meu coração querendo pular pela boca e por um momento minha respiração falha.
__ Finalmente acordou. - reconheço a voz, a mesma voz que escutei no estacionamento segundos antes de desmaiar.
__ O que você quer de mim? - pergunto com a voz trêmula.
__ Esse é o meu trabalho, portanto, não te interessa. Fica quieta, e me espera, eu já volto.
Poucos minutos depois ele volta. Trás consigo uma bandeja com um pote com algo dentro. Sopa, era sopa.
__ Tome isso, está frio e você dormiu por muito tempo. Servirá pra te alimentar e aquecer um pouco.
__ Por que se importa? Você me sequestrou seu filho da puta. E eu não dormi, eu estava desacordada porque VOCÊ fez isso! - grito dessa vez, grito com a voz firme.
__ Te sequestrei, te envolvi em um manto pra que não sentisse frio e estou agora te alimentando. Portanto tome logo a porra dessa sopa, ou teremos problemas!

Continuação...

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