Draco e Harry, dois adolescentes britânicos em uma escola só para meninos.
Draco está no segundo ano do médio, enquanto Harry está no primeiro.
Quando se conhecem numa turma interclasse, eles rapidamente se tornam amigos e acabam se envolvendo em u...
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Draco POV
O dia com Harry me lembrava passar o dia num parque de diversões quando eu era criança. Quando eu ainda não entendia muito daquele lugar novo e cheio de coisas, mas aproveitava cada momento cheio de adrenalina e diversão.
Estar na companhia de Harry me deixava calmo e animado ao mesmo tempo. Era um tipo de amizade tão aberta e confortável, que eu nunca tinha experimentado nem mesmo com Blaise ou Pansy. Harry me fazia rir alto, sem me importar como soaria. Me faz perder hora, querer deixar as tarefas de lado, ir para qualqurr lugar que ele sugerisse. Eu confiava nele de olhos fechados, e tão rápido, porque eu não conseguia ver um pingo de maldade nos olhos daquele garoto.
Passamos o dia todo juntos na casa dele, sempre ocupados com algo e sempre com assunto. Jogamos, tocamos bateria (Harry tocou bateria e eu apenas assisti), fizemos tarefas, jogamos mais ainda, comemos e conversamos. Tudo fluía perfeitamente bem, mais do que qualquer coisa na minha vida.
De noite, após comermos pizza com seus pais e sua irmã, que eram tão incríveis quanto ele, apesar de Astoria me assustar um pouco, decidimos ver um filme antes de dormir.
O que só funcionou até a metade, pois Harry dormiu antes mesmo do ápice da história.
E ele dormia tão serenamente, tão confortável. Era o sono de alguém que nunca passou um mal bocado na vida, coisa que Harry ja tinha passado e muito, na verdade. Mas mesmo assim, ali estava ele, dormindo como uma criança após uma longa viagem de carro.
Ele estava apoiado no encosto do sofá, a sua cabeça virada para mim e suas mãos largadas ao lado de seu corpo, em cima do cobertor vermelho que ele usava.
Tão sereno e fofo. Como podia uma amizade me trazer tanta paz e admiração?
Harry ali daquele jeito, parecia de alguma forma... inalcançável.
Não sabia porquê ou como, mas simplesmente parecia.
Inalcançável.
Eu não entendia o que era aquilo.
Mas entendia que tinha algo a ver com Harry. Harry Potter. E a forma serena que ele dormia, ou o jeito engraçado que ele virava o rosto disfarçadamente ao ficar timido.
Para mim, Harry Potter era inalcançável, e eu nem sabia por quê meu cérebro e meu coração queriam alcança-lo.
Sua mão ali repousando ao meu lado, de palma virada para cima. Sua boca semi aberta. Seus cabelos bagunçados. Seu óculos quase caindo do rosto. Sua cicatriz discreta na testa.
Por quê?
— Hm... eu dormi? Já acabou o filme?
A voz de Harry me chamou para a realidade.
Meus pensamentos fizeram com que até mesmo eu perdesse o filme, pois a TV ja estava até desligada.
— Ah é, mas eu não quis te acordar, você parecia estar tendo um bom sono.
