- Eu não gosto de quebrar minha palavra - Callie sussurrou quando colocou Arizona deitada em sua cama e ficou por cima dela.
- Eu não ligo. Não agora - disse ofegante e buscou a barra da camisa de Callie para tirá-la, o que só conseguiu com ajuda da morena.
Quando Arizona colocou os olhos no seios de Callie, cobertos só pelo sutiã, sua boca aguou, sua mão formigou, apenas querendo tocá-la, e seu íntimo deu novo sinal de vida.
- Uau - não conseguiu dizer nada além disso por alguns segundos e Callie riu.
- Gosta do que vê?
- Eu estou achando que morri e vim parar no paraíso - disse contemplativa e Callie deu uma nova risada.
- Acho que isso é um sim, então - quando terminou de dizer isso, Arizona inverteu suas posições, ficando por cima, sentada em seu quadril. Ela queria muito mesmo tocá-la. Callie se surpreendeu com a atitude e ficou feliz com o olhar ainda mais contemplativo da loira para si.
A luz ambiente era baixa, mas suficiente para enxergarem cada detalhe uma da outra.
- E-eu posso tocá-los? - Arizona perguntou com certa luxúria e Callie sorriu, guiando as mãos dela até seus seios. O sutiã abria pela frente e a morena não hesitou em abrir o fecho. Queria tanto aquilo quanto a outra.
Quando sentiu as mãos, um tanto geladas da loira, não evitou um gemido e Arizona nem tampouco. Alguns segundos de exploração depois, Callie levou as mãos à nuca dela e a puxou para um beijo enquanto as mãos da mulher ainda se deleitavam em seus seios.
Arizona não tinha dúvidas de que nunca quis tanto alguém como queria Callie Torres. Chegava a ser ridículo. E agora que estavam ali, ela sentia-se como quando deram o primeiro beijo: nas nuvens e prestes a se jogar.
Ainda em meio ao beijo, Callie buscou tirar a blusa de Arizona.
- Não gosto de ficar em desvantagem - sussurrou com a voz ainda mais grave que o normal e Arizona soube na hora que aquele era seu tom favorito. Lhe causava coisas inexplicáveis.
A morena jogou a blusa em qualquer canto e não resistiu passar as mãos e um pouco das unhas curtas no corpo à sua frente. Arrepio era eufemismo para o que Arizona sentia com esses toques.
- Calliope... - murmurou quando Callie passou a beijar seu pescoço. Ouvir seu nome nessa situação estava causando coisas inexplicáveis na latina.
Aos poucos, explorando cada etapa desse processo, elas foram se livrando das peças de roupa que restavam. A luz ambiente, que vinha da rua e do corredor, era suficiente para enxergarem tudo que queriam. E estavam deslumbradas.
Dado momento, Callie também se sentou, ainda com Arizona em seu colo enquanto trocavam um beijo lento e acalorado. Apesar da vontade de explorar tudo de uma vez logo, sentiam que não precisavam ter pressa.
- Posso tocar você? - Callie perguntou baixinho, com a voz incontrolavelmente grave, sobre a parte do corpo ainda intocada, quando interromperam o longo beijo. Arizona apenas sinalizou com a cabeça, ansiosa. Sentia-se incapaz de verbalizar. Estava entregue.
A expectativa criada com a movimentação da mão da morena era tamanha que parecia irreal. Nunca quis tanto ser tocada por alguém. Nem sabia que poderia querer nesse nível.
Quando sentiu o tão desejado toque, apertou firmemente os ombros de Callie com as mãos e não conseguiu evitar um gemido mais alto e nem tampouco jogar a cabeça para trás com os olhos fechados e a testa franzida de prazer.
Não pôde ver, mas Callie abriu um grande sorriso vendo o efeito que causava em Arizona sem nem ter feito muita coisa ainda. Mas meu Deus. Sentia-se no paraíso com a loira ali.
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Wildfire
FanfictionTrinta e seis perguntas e uma intensa troca de olhares poderiam ser capazes de iniciar uma história de amor?